Capítulo 10

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Auto controle é tudo haha, último caps da maratona, espero que aproveitem 😉


POV Camila

Está aqui. — Ela ampliou sobre a tela uma das muitas imagens do nosso sistema de segurança. Câmeras de vigilância apontavam para o elevador quando as portas se abriram.

Vazio!

Achei que ela pudesse estar escondida. Fechei o zoom, à procura de uma sombra, uma unha, qualquer coisa invadindo o campo de visão da câmera. Nada. Pera ai...

Algo cintilou no chão do elevador. Fechei o zoom ainda mais.

Um minúsculo disco dourado coberto de diamantes rebatia as luzes do elevador.

Uma aliança. E dentro daquela promessa de amor eterno, outra promessa: Uma bala solitária. Lauren estava dando o seu recado.

— Invasão do sensor térmico no perímetro — informou Jessie de repente. A tela do computador exibia uma reprodução tridimensional dos dutos do sistema de calefação — bem como a termo-imagem de alguém se arrastando através deles.

Todas nós ficamos apreensivas, meus olhos e os de Dinah se encontraram, ela apontou pra cima. Juntas, todas nós olhamos para o teto, à espera de algum ruído.

Riiiiiing!

Pulei de susto quando meu celular tocou. Atendi sem desgrudar os olhos do teto. Não precisava olhar para o identificador de cha­madas para saber quem era. Com o coração acelerado, eu disse friamente:

— Já disse um milhão de vezes que não gosto de ser importunada no escritório.

Primeiro e último aviso, Camila — disse Lauren, sem nenhuma cerimônia — Você precisa desaparecer. Agora.

— E por que eu faria isso?

Porque — ela disse — eu posso apertar o botão a qualquer hora, em qualquer lugar.

Não resisti.

— Querida, você não acharia o botão nem com uma lupa e um mapa. - Um momento de silêncio.

— Lauren?

Você está cinco segundos atrasada - Ouvimos uma pancada metálica no alto e seguimos o ruído através do teto, parede abaixo, até uma saída de ar...

Meu Deus, ela não estava blefando! Uma granada minúscula rolou para fora e continuou deslizando pelo chão. Parecia um brinquedo, uma granadinha da Barbie.

Mas eu sabia que aquilo não era brinquedo nenhum. A poucos milissegundos da morte, não havia tempo para que meu cérebro ordenasse às minhas pernas para correrem dali.

Bum! Você está morta — berrou Lauren em êxtase.

Um pequeno estalo, e um clarão intenso iluminou a sala. Fu­gimos para todos os lados, cedendo a um impulso derradeiro e inútil. E então, a granadinha da Barbie explodiu e eu vi que não estava morta. A granada cuspia uma fumaça vermelha e chiava. Era inofensiva. Pelo menos assim esperávamos. Mesmo que fosse, eu estava certa de que Lauren não mandaria ou­tro aviso. Nossa história logo chegaria a um fim, fosse de que jeito fosse. Do meu jeito, de preferência.

Plano de evacuação! — berrei para minha equipe. — Rá­pido!

Joguei-me sobre o primeiro teclado que vi e digitei um coman­do: o disco rígido foi completamente esvaziado. As meninas recolheram todas as pastas de arquivo, as de papel, e jogaram-nas numa urna de incineração. Sem titubear, Dinah lançou na mesma urna um dispositivo incendiário e — wuuufl — adeus arquivos.

Sra. e Sra. Jauregui - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora