Capítulo 6

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  Iupe, aqui vai mais um caps quentinho pra vocês e vamos um pouco mais sobre o casamento do nosso jovem casal 😉😘  

POV Lauren

Camila saiu da cozinha às pressas, sussurrava rapidamente, os telefonemas não tinham hora, lugar ou até mesmo data pra acontecer, podia ser nosso aniversário de casamento, se o telefone tocava ela atendia. Nem eu que trabalhava no que trabalhava atendia o telefone em datas assim. Era muito descaso da parte dela. Olhando para a travessa suja em minhas mãos, ouvi-a subir a escada apressadamente em direção ao nosso quarto. Onde poderia falar com privacidade. Mesmo assim fiquei de ouvidos abertos. Mas nada podia ser ouvido.

Depois peguei o prato sujo e joguei-o direto na porra da máquina. Sem enxaguá-lo antes. Um ato de rebeldia, nada demais. De repente ouvi um barulho estranho no andar de cima, como se alguém arrastasse um móvel — ou um corpo.

Apertei os olhos, pensando: "Que porra é essa agora?".

Eu não ligava, mas... talvez Camila precisasse de ajuda. Ela era tão pequena e se lago caísse em cima dela? Calmamente, como quem não quer nada, subi em direção ao nosso quarto. Já no corredor, pude ver que a porta estava entreaberta. O suficiente para que eu desse uma espiadela.

Camila, de costas para mim, tinha acabado de vestir o casaco. Ainda sussurrava ao telefone, mas pude ouvi-la dizer:

- Sei... entendi... na suíte do último andar. Estarei lá em quaren­ta e cinco minutos.

Suíte do último andar? O que ela vai fazer na suíte do último andar?

Ela desligou, e eu recuei. Mas ao toque do meu salto o assoalho rangeu um tantinho de nada. Camila se virou de repente e me viu parada à porta.

- Querida, você quase me mata de susto.

- Desculpa — eu disse com o máximo de displicência. — Só queria saber se não era nenhum problema.

Ela revirou os olhos e jogou o aparelho sobre a cama.

- Algum pateta fez uma burrice qualquer e arruinou o servidor de um escritório de advocacia na cidade. Sem servidor essa gente não faz nada. — Seus movimentos pareciam exagerados; a voz, um pouco alta demais. Ela estava escondendo algo. Ela encolhia os ombros, como se quisesse se desculpar. — Preciso ir até lá.

- Mas a gente prometeu aos Cowell que... - Subitamente rígida, Camila olhou para o relógio e disse:

- Volto em torno das nove. É só uma rapidinha. – "Só uma rapidinha" isso soou péssimo nos meus ouvidos. Ela sorriu. Eu sorri. Sorrisos de praxe, nada mais.

Eu não podia deixar de pensar onde ela ia, com quem e o pior fazer o que? Talvez ela também imaginasse o mesmo. Não sei. A tempos deixei de me importar.

Fui até a janela, os faróis do carro me iluminaram como um par de lanternas, e depois ela sumiu. Um relógio tiquetaqueava na lareira. De repente, nossa casa perfeita me pareceu grande demais, vazia demais. Felizmente eu tinha um pequeno compromisso também.

Meia hora mais tarde, eu atravessava a ponte de Queensboro com o meu chofer de aluguel — um cara chamado Yousef. Eu não sabia ao certo se Yousef estava contente ou puto da vida por estar me le­vando em seu táxi até a cidade àquela hora. Decerto um pouquinho dos dois. Eu sabia como era isso, ah, como sabia. O cara dirigia mal à beça.

Eu ainda estava com um vestido vermelho que marcava bem meu corpo e mostrava minhas pernas o suficiente pra deixar qualquer um louco. O táxi de Yousef estava lon­ge de ser uma Limusine: não tinha uma janela que funcionasse e muito menos um bar generosamente sortido. Remexi em minha bolsa.

Sra. e Sra. Jauregui - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora