Capítulo 3

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Heyo mais um caps pra vocês baby, espero que curtam 😉

POV Camila

Lucy havia dito que não dançava bem. Mas foi só eu começar a me mexer que ela aprendeu rapidinho. E nossa, essa mulher podia deixar qualquer um louco. Mais uma vez me peguei hipnotizada pelo balançar de seus quadris. Não conseguia evitar, eu sempre fui mais de pegar e não me apegar. A única coisa próxima de sentimento que eu uma vez sentir foi por Shawn, e não era nada comparado ao que eu sentia agora. Muitas das pessoas com quem dormi foi por que elas se sentiam atraídas por mim e eu estava bêbada ou entediada demais pra recusar qualquer coisa. Mas quando Lucy me tocava era como se uma corrente elétrica percorresse meu corpo, era desejo puro.

Eu queria esquecer tudo que eu fiz até agora, tudo o que vivi, meu trabalho, minha vida, tudo.... Eu só queria me entregar e foi exatamente o que eu fiz, me entreguei exclusivamente ao prazer do momento. Dançávamos feito loucas, coladas uma na outra, não havia espaço entre nossos corpos e me movendo lentamente fechei o espaço entre nossas bocas.

O beijo começou lento, calmo, estávamos apenas testando o território. Logo o ritmo foi aumentando – não sei como - minhas mãos foram parar na bunda dela. Eu esqueci onde estava, só me importava com quem eu estava e – não que eu esteja me gabando – eu estava com a mulher mais linda do mundo em meus braços.

- Precisamos sair daqui – ela sussurrou descolando sua boca da minha. De fato, precisávamos, eu vi o barman nos olhando de longe e me toquei que eu tinha escorregado minha pra de baixo do vestido dela. O bar tinha um código de vestimenta que deveria ser seguido: era proibido dançar sem roupa. E se minhas mãos continuassem a tomar liberdades por conta própria nós seriamos expulsas do bar.

Assim, chapadas de tanta tequila, saímos cambaleando pela noite e nos jogamos dentro de um táxi. O banco de trás era suficientemente espaçoso pra mim e Lucy sentarmos sem precisar nos tocar, mas, quando dei por mim, eu estava sentada no colo de Lucy e continuávamos a dança de onde paramos.

Quando chegamos ao hotel, joguei um bolo de dinheiro para o motorista e disse pra ficar com o troco, não sei quanto dei pra ele, mas ele saiu tão feliz que eu acho que deixei o homem rico.

Mal entramos no elevador e Lucy já tinha me prensado na parede. Quando nos beijamos pareceu sair faíscas, eu senti meu corpo pegar fogo, era frenético. Quase derrubei a porta do quarto, e quando consegui finalmente abri-la Lucy me ergueu me prensando contra ela. Tentei a todo custo arrancar o vestido dela, mas ela estava tão empenhada em me despir que acabava atrapalhando minhas intenções.

Ela me deitou na cama arrancando minha calça sem cerimônia, num movimento rápido nos virei me sentando sobre os quadris dela e comecei a beijar sua barriga. E com uma fome que nem eu sabia da onde vinha me desfiz das poucas peças de roupa restante e a devorei como nunca tinha feito antes com ninguém. A única coisa que me incomodou foi que Lucy me chamava de Veronica, (e eu odiava esse nome, queria matar Dinah por ter me dado ele) eu morria de vontade de fazer ela gritar meu verdadeiro nome. Mas eu não podia me precipitar, ela seria só mais uma entre todas as pessoas que eu usava pra tirar o vazio do peito.

Mais tarde, nós fugimos do calor escaldante do quarto, embrulhadas apenas em lençóis, subimos até o telhado e sentamos no beiral, balançando as pernas no ar. A brisa nos refrescava e as nuvens deram lugar a um caótico manto de estrelas. Quando Lucy envolveu-me em seus braços eu senti uma paz como a muito não acontecia. Eu queria ficar assim pra sempre.

Na manhã seguinte, eu acordei com a luz do sol em meu rosto, bocejei esticando minhas pernas. Sentindo dores por todo o corpo – depois do dia e da noite agitada de ontem-, me espreguicei, e suspirei profundamente agradecida por estar viva e mais feliz do jamais estivera.

Sra. e Sra. Jauregui - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora