A Aposta

Perigo!!

Alguns meses depois...

- Eu não vou fazer isso. Esse documento é abusivo. Meio milhão vai quebrar a empresa. Já estamos em crise e você ainda quer meio milhão?

-Gatinha. Eu sei que você consegue. Você é a secretaria dele e todos estão vulneráveis o suficiente.-Disse com uma cara psicótica .

-Eu já disse que não vou fazer ele assinar esse documento.-Respirei fundo tentando me acalmar. Eu não podia me estressar, pelos bebês.

-Poxa gatinha. Se você quer assim tudo bem. Se você não vai fazer por bem, vai fazer por mal.-Christian saiu andando me deixando desesperada.

Já era tarde e Shawn provavelmente não está em casa o que havia de tornado muito comum de uns meses pra cá.

Nós ficamos o mais distantes possíveis e falamos só sobre os bebês ou sobre a empresa que estava em crise. As vendas caíram e por isso tivemos que fazer um enorme corte de funcionários.

Shawn voltou a beber como um louco, voltava pra casa de madrugada bêbado e eu cada vez mais sofria por estar longe dele. Quando estava em casa e sóbrio, se trancava dentro do escritório. Como eu queria abraçá-lo e contar tudo a ele.

Busquei pelo número dele na minha agenda e quando achei liguei pra ele.

-Alô?-Ele atendeu meio enrolado.

-Shawn. Sou eu. Onde você está?-Perguntei pegando um táxi.

-Na praia querida. Por que? Está sentindo minha falta? Por que eu sinto muita falta de você. Volta pra mim. Por favor!-Ele falou gritando.

-Shawn. Eu vou te pedir uma coisa. Você pode fazer pra mim?

-Por você eu faço tudo.

-Você vai pegar um táxi e voltar pra casa. Você está com dinheiro?

-Acho que sim.

-Volte pra casa agora. Já está tarde.

- Eu Amo esse seu jeito de mandona.

Desliguei o telefone, desci do carro e dei o dinheiro para o taxista.

Cheguei no apartamento e Carla já não estava mais lá. Provavelmente estaria cuidando de Lorenna. Mart ainda não tinha saído do hospital, na verdade ele foi tranferido para um hospital especializado em câncer. Lindsey não saía de lá. Carla de ofereceu para cuidar de Lorenna enquanto Mart não pudesse vir pra casa.

Fui para meu estúdio de ballet. Me sentei no sofá, uma dancinha não faria mal. A doutora Bruna disse que eu não podia me esforçar muito.

Vesti minha roupa de ensaios, na verdade uma das poucas que ainda dava em mim. Calcei minhas maiores sapatilhas que ficaram apertadas no meu pé.

Coloquei Daimonds da Rihanna e comecei a dançar.

Meus bebês omeçaram a de mexer junto comigo. Era lindo como eles eram sintonizados.

Parei quando escutei o barulho de passos.

Shawn apareceu na porta todo machucado.

-Aí meu santo Cristo. O que houve com você?-Seu rosto estava todo vermelho, havia um corte na boca e na sombrancelha, seu nariz estava pingando sangue e seu olho estava roxo.

-Um cara chegou e me bateu enquanto eu estava vindo Da praia.-Tinha certeza que foi o Christian quem havia mandando baterem em Shawn.

-Você não conseguiu ver o rosto dele?-Perguntei enquanto o sentava no sofá da sala de ensaios.

-Não, foi muito rápido.-Peguei a caixa de curativos e me sentei ao lado dele.

- Eu sinto muito. Posso?

- Por favor.

Comecei a limpar os ferimentos e ele vemos a cada vez que eu encostava o algodão em sua pele. Coloquei remédio em todos os machucados e ele soltou um risinho.

-O que foi?-Perguntei guardando a caixinha de primeiros socorros.

-Mesmo com tudo eu ainda te amo desesperadamente.-Ele pegou na minha mão e com a outra passou na minha barriga.

Me levantei e guardei a caixa. Nesses momentos eu preferia ficar em silêncio.

Comecei a tirar minha sapatilha e os bebês não paravam de se mexer. Me sentei no sofá com falta de ar.

-Você está bem?-Shawn perguntou preocupado.

-Esses bebês são agitados.

-Sim.-Ele passou a mão em minha barriga e os bebês se acalmaram.-Estou louco pra ver se serão meninos ou meninas.

-E se for um casal?

-Te vou ama-los da mesma forma.

-Você vai ser um ótimo pai sabia?

-E você será uma ótima mãe.-Não tinha tanta certeza. Que mãe estaria privando o cara que ela ama de ficar perto dela?

Mas tudo o que eu estava fazendo era pra proteger Shawn.

E eu teria que fazer ele assinar o documento. Não queria ter a insegurança de receber um telefonema dizendo que Shawn havia morrido.

Algumas horas depois...

Shawn havia ido correr e eu já estava indo dormir quando a campainha tocou. Fui andando sonolenta até a porta.

Preferia nem tê-la aberto.

-O que você quer?-Engoli seco.

-Conversar.-Entrou sem pedir permissão.

- Eu não tenho nada pra conversar com você.- Tirei o porta retrato da mão dele.

-Em pensar que Eu posso matar esse otário a qualquer momento.-Christian tirou uma arma do paletó.

-Christian, Guarda essa arma. Eu já disse que eu vou fazer o que você quiser.

- Eu quero matar aquele babaca. E aposto como você não faria isso.-Ele apontou a arma para foto na parede.

-Me mata.

- Ah não gatinha. Você é o meu prêmio por matar aquele estúpido engomadinho.-Escutei a batidas na.-Quem é?

- Eu não sei. Deve ser o Shawn. Ele saiu pra correr a um tempo.

-Atende. Se tentar qualquer gracinha eu arrebento os miolos dele.

Balancei a cabeça positivamente e fui atender a porta. Shawn estava suado e entrou dando pequenos saltinhos para que o sangue não esfriar.

Ele parou assim que viu Christian sorridente.

-O que esse idiota está fazendo na nossa casa?-Disse olhando pra mim.

-Eu vim ter uma conversa particular com a minha gatinha.-Me abraçou de lado.

-Tira a mão dela agora.-Shawn partiu pra cima dele, eu so tentava apartar a briga.

Shawn caiu no chão desacordado e eu me joguei para perto dele. Logo depois senti uma dor na minha cabeça e minha visão começou a ficar escura.

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Eita merda.
Agora a bagaça tá ficando boa...
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Beijos...
Bia Gømes