Eu me sentia tão feliz por estar de volta em casa que poderia ter chorado. Kishan levou nossa bagagem para dentro e rapidamente desapareceu. O Sr. Kadam também pediu licença para consultar alguns de seus contatos. Sozinha, resolvi tomar um banho quente e demorado e pôr as roupas para lavar.
De pijama e chinelo, fui até a lavanderia e coloquei um monte de peças na máquina. Não sabia o que fazer com as roupas de fada. Decidi pendurá-las na varanda durante a noite, só para ver se havia alguma fada no mundo real. Então percorri a casa tentando descobrir o que os outros estavam fazendo.
Encontrei o Sr. Kadam na biblioteca, ao telefone. Eu ouvia apenas metade da conversa. Ele olhou para mim e puxou uma cadeira para que eu me sentasse ao lado dele.
Sim. Claro. Entre em contato comigo o mais rápido possível. Correto. Mande tantos quantos forem necessários. Manteremos contato.
Ele desligou o telefone e se virou para mim. Brincando com meu cabelo molhado, perguntei:
Quem era?
Um homem que trabalha para mim e que tem muitos talentos extraordinários. Um dos quais é se infiltrar em grandes organizações.
O que ele vai fazer para a gente?
Vai começar a investigar quem trabalha no escritório na cobertura do edifício mais alto de Mumbai.
O senhor não está pretendendo ir até lá pessoalmente, está? Lokesh iria capturá-lo também!
Não. Lokesh mostrou mais sobre si mesmo do que descobriu sobre nós. Você notou o terno dele?
Para mim parecia um terno qualquer.
Não é. Seus ternos são feitos sob medida na Índia. Apenas dois estabelecimentos em todo o país se especializaram em ternos caros como aquele. Mandei meus homens descobrirem um endereço.
Sacudi a cabeça e sorri.
Sr. Kadam, alguém já lhe disse que o senhor é extremamente observador?
Ele sorriu.
Talvez uma ou duas vezes.
Bem, fico muito feliz por ter o senhor do nosso lado. Estou impressionada! Eu nem sequer pensei em olhar as roupas dele. E quanto ao criado?
Tenho algumas suspeitas sobre seu lugar de origem. Com base nas contas, no cabelo e na tatuagem, devo poder delimitá-lo amanhã. Por que a senhorita não faz um lanche e vai para a cama?
Tirei um bom cochilo no carro, mas um lanche vai cair bem. O senhor me acompanha?
Creio que sim.
Ah, quase esqueci! Trouxe uma coisa para o senhor!
Encontrei minha mochila no pé da escada e peguei dois copos e dois pra- tinhos na cozinha. Coloquei um prato e um copo diante do Sr. Kadam e abri a mochila.
Não sei se a massa ainda está comestível, mas o néctar
deve estar.
Ele se inclinou para a frente, curioso.
Abri os deliciosos pacotes dos silvanos e coloquei várias iguarias delicadas em seu prato. Infelizmente o pequeno pacote de biscoitos finos polvilhados de açúcar havia se transformado em migalhas. Mas os outros itens ainda pareciam frescos e deliciosos, como em Shangri-lá.
O Sr. Kadam avaliou os minúsculos petiscos de vários ângulos, admirando o trabalho artístico. Então provou cuidadosamente uma galette de cogumelo e uma diminuta tortinha de framboesa enquanto eu explicava que os silvanos eram vegetarianos e que adoravam coisas açucaradas. Tirei a rolha de uma cabaça alta e despejei o néctar doce e dourado em sua xícara. Kishan entrou e puxou uma cadeira perto de mim.