Cena do Crime

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— Boa noite, oficiais. Sou Mark, médico legista de Lumiose. — Apresentou-se um homem, que também se aproximou de nossos policiais, para iniciar um diálogo com os mesmos.
O legista estendeu sua mão, que estava coberta por uma luva, suja de sangue, para os dois investigadores, que hesitaram de primeiro momento. Mark, devidamente constrangido ao perceber o que se passava ali, retirou uma de suas luvas e voltou a oferecer um cumprimento à Lukas e Thomas.
— Prazer, tenente no departamento de investigações de Dendemille, Thomas Clint. — Fala apertando a mão do médico.
— Policial da segunda divisão de homicídios de Lumiose, Skygard. — Falou pausadamente, apertando a mão do legista depois de seu parceiro.
— Bem, indo direto ao ponto, numa visão rápida dos ferimentos dos mortos, foram cortes. Cortes precisos, rápidos e no pescoço, todos exatamente no mesmo padrão. Ainda temos que levá-los para laboratório, assim poderemos observar com mais detalhes e saber sobre o assassino, pois não deve ser fácil o identificar apenas pelo rosto, já que, pelo o que eu soube, é um pokémon. — Mark finaliza a sua fala em um tom mais baixo, como se não quisesse assustar ninguém.
Thomas acena com a cabeça, agradecendo o legista. Lukas e seu parceito continuaram dialogando um pouco com Mark, até que este disse que precisava de algo.
— Bem, Dendemille é uma cidade de muitas montanhas. Vai ser difícil sair daqui, mais do que foi chegar. Nossos pokémon estão bem cansados e eles não irão conseguir nos carregar e carregar mais os corpos, para levá-los até o laboratório. Algum dos senhores teria pokémon extras? — Suplicou o médico
— Eu só trouxe meus dois Houndoom e meu Honchrow, infelizmente.
— Acho que posso ajudar. Por sorte, trouxe os meus dois Pidgeot. Se precisar, posso mega evoluir um. — Falou, ainda com o seu breve sorriso, Lukas, num tom suave.
— Perfeito, senhor Skygard! Muito obrigado! Vamos lá fora, assim já podemos alocar os mortos em seus pokémon, e ainda nos levar. — Falou empolgado, Mark, saindo do banco e fazendo um sinal para os outros dois legistas.
Os quatro, Lukas, Mark e os outros médicos, carregando os corpos em macas e sacos pretos, saem da cena do crime. Thomas acaba sozinho com alguns dos funcionários do banco e com um pouco de inveja do policial Skygard, ele sempre parecia feliz com tudo, saber de tudo e ser bom em tudo. Porém, este não era o foco do nosso protagonista neste momento. Ele precisava solucionar o caso.
Aparentemente, no tempo em que Thomas tomou para invejar Lukas, ele pôde escutar o bater de asas, aparentemente um enorme pokémon partindo e um monstrinho um pouco menor seguindo o primeiro. O policial de Lumiose fez o seu trabalho rapidamente, porém ainda não tinha voltado para dentro do banco. Mas, ele não se preocuparia com isto agora. Uma voz, vinda de suas costas, o atraiu.
— Boa noite, sou Harret, chefe da segurança deste banco. Espero poder ajudá-lo, senhor… — O aparente segurança terminou sua frase com um tom que deixava subliminar que ele esperava Thomas se apresentar.
— Clint. Thomas Clint. Mas pode me chamar apenas de Thomas, senhor Harret. — Fala o nosso policial protagonista, se aproximando do segurança.
— Prazer, senhor Thomas. Bem, vamos direto ao ponto. Aqui temos o computador central, onde todas as gravações das câmeras ficam salvas. — Falou o segurança, passando o ponteiro do “mouse” pela tela e abrindo alguns arquivos, logo após inserir uma senha.
Thomas não disse nada. Deixou o segurança abrir os arquivos. Após alguns segundos, Harret acha os arquivos das câmeras daquele dia. Ao chefe da segurança do banco selecionar um dos arquivos das gravações, que mostrava as sete horas e cinco minutos daquela noite, o policial de Dendemille sacou um bloco de notas, com um lápis em sua espiral, do seu bolso, para anotar tudo que via naquelas gravações.
Passaram-se cerca de duas horas de vídeo, aceleradas em quatro vezes, enquanto Thomas escrevia todos os detalhes, atrocidades, ferimentos daqueles terríveis crimes cometidos naquela noite. A cada milésimo de segundo que era passado, a sua alma parecia mais pesada. Tantas infrações a lei, pessoas inocentes, ou nem tanto, como o primeiro ministro, levadas a óbito, a tamanha agressividade do maldoso assassino, tudo isso destruía a fé na humanidade do nosso pobre policial.
No fim, Thomas havia até se esquecido do sumiço de Lukas e do estranho início da gravação, que pulava cinco estranhos minutos ao invés de se iniciar numa hora concreta. Porém, o nosso policial tinha trabalho para fazer. Ao fechar o seu bloco de anotações, ele pôs o lápis no meio da espirais deste e ajeitou a sua coluna, que estava levemente reclinada para ver a tela do computador.
— Muito obrigado, senhor Harret. Se for preciso, chamaremos alguns funcionários daqui, incluindo o senhor, para interrogatório. Bem, até mais ver. — Fala se despedindo, Thomas, enquanto anda vagarosamente para fora do local.
— Até mais, policial. — O segurança finalizou com um pequeno e bobo sorriso.

Corpse's Illusion - Pokémon FanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora