O Trabalho Começa

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Thomas, ainda bastante abalado pelas atrocidades que acabou de ver, empurrou a porta giratória do banco, saindo do mesmo. Olhou em volta e não viu um rastro de Lukas nem dos jornalistas. Afinal, já eram quase quatro horas da manhã. O Sol já estava a nascer, com alguns poucos raios a subir no meio das grandes colinas de Dendemille.
O nosso policial não pôde fazer nada. Lukas havia sumido, isso intrigava Thomas, mas também o animava. Poderia trabalhar sozinho, do seu jeito. O pequeno policial de Dendemille poderia finalmente trabalhar em um grande caso e sair na capa do jornal como o herói do caso, dando entrevistas motivadoras.
Ele, em apenas alguns segundos, pegou uma "Ultraball" de seu bolso, logo libertando seu inseparável Honchrow. Em apenas um pulo, Thomas montou em seu pokémon voador, que ajeitava o seu chapéu com a sua asa. O seu mais leal monstrinho não deixou o policial esperando muito, vendo a sua empolgação. Ele bateu fortemente as suas asas, pegando um bom impulso, sabendo da geografia de Dendemille, levantando voo e passando no meio e por cima das grandes montanhas.
Depois de alguns bons minutos voando em cima de seu pokémon favorito, Thomas chegou no seu departamento. Pousou o seu, mais do que transporte, amigo na frente da sede da polícia de Dendemille. Saiu das costas de seu monstrinho de bolso voador, no qual estava com um pequeno sorriso, ajeitando o seu chapéu. Com um sorriso parecido, nosso policial agradeceu ao seu real parceiro, que estava com ele e nunca o abandonou, o retornando para a sua "Ultraball".
- Senhor Thomas! Finalmente voltou! - Falou Oliver, vendo o seu chefe voltar e se adiantando para ir até o mesmo.
Olhando para o seu funcionário, Thomas sorriu de leve. Depois de algumas perguntas sobre o paradeiro de Lukas e o sobre o básico do que acontecera, pois a curiosidade também era imensa dentro de Oliver, o policial encarregado do tal caso se dirigiu até o seu escritório.
Voltando a se sentar em sua cadeira, agora não mais olhando para a chuva e sim para o nascer do sol, enquanto alcançava a sua caneca com a estampa de uma "Masterball", que estava cheia com um café novo e aquecido, para dar ânimo em seu trabalho matinal, Thomas suspirava pensando quanto trabalharia durante aquele dia. Iriam ser um longo dia, uma longa tarde e uma longa noite daquele infeliz dia, pelos motivos que irão descobrir a seguir.
Nosso policial protagonista tomou alguns goles de seu café expresso com dois cubos de açúcar, para se sentir mais confiante e empolgado para o longo dia que o aguardava. Para começar, Thomas pegou do bolso de seu casaco seu bloco de notas, onde anotou cada e mínino detalhe dos vídeos que viu no banco, quando estava neste.
Já mais calmo do que quando estava vendo as terríveis atrocidades que pôde ver na cena do crime, o investigador começou a digitar tudo o que estava escrito à mão no seu pequeno bloco de anotações, retirando todas as gírias e abreviações que escreveu, além de usar um vocabulário mais sofisticado e adequado para um documento oficial da polícia nacional, já que aquele caso atiçou até os oficiais de Lumiose.
Ao terminar a longa digitação de trinta e sete páginas do pequeno bloco bagunçado e dezenove páginas virtuais do programa de criação de texto, Thomas formatou o conteúdo e o imprimiu, tomando mais dois goles de seu café enquanto a, relativamente pequena para um caso tão grande e devidamente grande para um civil, quantidade de páginas que havia digitado.
Thomas apertou suavemente o botão que ficava em seu telefone, cujo se localizava em sua mesa, que convocava automaticamente Oliver, fazendo um toque no telefone deste, na recepção, logo antes das palavras de seu chefe.
[I]- Ei, Oliver, preciso de um favor. Venha até o meu gabinete. - Disse Thomas, por telefone, para o seu funcionário.
Em menos de um minuto, lá estava o tal convocado. Seu fiel funcionário apresentou-se na frente da mesa de seu chefe, fazendo uma pequena reverência com a cabeça.
- O que aconteceu, senhor?
- Vamos para o segundo passo, Oliver. - Falou sorrindo um pouco, Thomas.
Oliver sorriu de volta. Aparentemente "o segundo passo" era algum tipo de código entre os dois. Parecia que eles haviam combinado uma lista de códigos a anos atrás, mas nunca a usaram, ou nunca foi necessário. Continuando, num piscar de olhos, o subordinado de Thomas puxou um papel da mesa deste, onde continham os três suspeitos dos crimes.
- Mande para Lumiose, assim eles se viram para achar estes malditos. Diga que Lukas está conosco se eles perguntaram. Boa sorte. - Ele sorri de leve, olhando para Oliver.
- Claro, senhor. Estarei os trazendo para cá o mais rápido possível.
Ao sair da sala de seu chefe, Oliver andou rapidamente para a sua cadeira na recepção, colocando a folha na sua máquina de fax, que, por mais que esta já esteja ultrapassada, ainda era o mais eficiente. Digitou o código da polícia de Lumiose no pequeno monitor da máquina e inseriu o papel que pegou na sala de seu superior, enviando para a capital de Kalos.

Corpse's Illusion - Pokémon FanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora