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Depois de se acalmar um pouco e deixar a sua paciência ser recuperada, Thomas suspirou. Olhou para os arquivos do caso novamente, lembrando do outro suspeito. Precisava confirmar o álibi do Sableye 1912, que estava traficando em alguma avenida cavernosa em Anistar.
Iria ser difícil entrar na gangue do Sablie, pois ele não era bem vindo lá e nem poderia os prender, eles ajudavam muito a polícia de Kalos denunciando outros traficantes, o que só diminuía a sua concorrência e fazia os oficiais de trouxas, na opinião de Thomas.
Ele puxou um dos papéis da pilha, pegando a sétima folha, onde estavam as informações básicas do Sableye 1912, ou Sablie. Ele balançou a folha, pigarreou e começou a ler em voz baixa. Achou finalmente a localização da sua gangue, que era o mais próximo de uma máfia em Kalos. Suspirou, pois teria que entrar ali.
— A vida de um policial não é fácil… — Refletiu Thomas.
O policial levantou-se, pegando a sua xícara de café e tomando um gole, seu último gole, aparentemente. Expressou novamente uma careta de nojo pelo gosto frio da bebida, em seguida girando a maçaneta da porta de sua sala, andando pelo extenso corredor da sede de polícia de Dendemille.
Chegando na recepção, Thomas passou as informações para Oliver, dizendo que iria sair e que já havia confirmado o álibi do Zillusion. O funcionário apenas desejou boa sorte para o seu chefe ao ver sair pela porta principal do departamento de polícia.
Thomas pegou de seu bolso, novamente, a sua “Ultraball”, que continha o seu já conhecido Honchrow. Libertou o pokémon citado anteriormente, que, ao pisar no chão, estava novamente ajeitando o seu chapéu, uma peça característica de sua espécie, mas ele parecia o adorar mais que os outros.
O policial sorriu para o seu pokémon, subindo em cima do mesmo. Honchrow deu um bater de asas inicial, levantando voo.
— Para onde vamos, Thomas? — Perguntou Honchrow, que não era muito de falar, com a sua voz seca e imponente.
— Siga para Anistar.
E foi exatamente isto que o pokémon fez. Voou o mais rápido que pôde para a cidade que o seu mestre o indicou, pousando numa área mais vazia do tal município. Thomas desceu de seu parceiro voador, o retornando para sua pokébola.
— É hora do show. — Disse o policial, puxando do bolso duas “Greatballs”, libertando os dois Houndoom, que andavam com olhares severos e amendontradores.
Thomas sorriu um pouco ao ver o fogo daqueles dois para investigar junto de seu treinador, andando para a tal rua onde ficava a sede da gangue de Sablie, sendo seguido por seus fiéis companheiros.
— É aqui. — Falou baixo, para não chegar como se estivesse querendo prender todos os criminosos, o qual não poderia, infelizmente.
Thomas foi andando, calmamente, seguido por seus cães flamejantes, até entrar no local. Um forte de cheiro de drogas e uma luz refletida em muitas jóias faziam o policial sentir enjôo só de estar ali, enquanto muitos pokémon de médio e grande porte utilizavam das tais drogas e carregavam pacotes contendo os mais variados tráficos de um lado para o outro.
— Boa tarde, meu nome é Thomas, eu sou da polícia. — Apresentou-se chegando perto de um Emboar, que olhou de rasteiro para o policial. — E bem… — Continuou o investigador, vendo que o pokémon não iria responder se não lhe fosse feita alguma pergunta — Na noite de ontem, por volta das sete horas, Sableye 1912, ou Sablie, estava aqui com vocês?
O Emboar abaixou-se e pegou uma prancheta, escrito com letras garrafais em cima: “Clientela”, com a data do dia atual logo abaixo. Ele virou uma folha e lá estava o mesmo título, mas agora com a data do dia passado.
— Ele saiu daqui de baixo para vender lá em cima, vendeu duas alianças de pérolas por 15000 PokéCoins para um tal de Mark. — Falou o Emboar, voltando a prancheta para o dia de hoje e colocando ela de volta de onde pegou. — Ele ficou mais ou menos uma hora fora, disse que demorou na negociação.
— Muito obrigado, senhor. Foi de grande aju- — Se auto interrompeu o policial, vendo um Venusaur com uma faixa azul e amarela no pescoço trazer quatro sacos pretos, aparentemente de um necrotério.
— Entrega para Sablie. — Disse o pokémon planta.
— Boa tarde, entregador, sou Thomas, da polícia, e o Sablie é suspeito num roubo milionário. Eu poderia ver estes sacos? — Falou o policial, já puxando os sacos das costas do pokémon.
— Tudo bem então… — Falou meio aterrorizado, vendo que teria um policial ali, andando para fora, esquecendo até de pedir que alguém assinasse a papelada.
Thomas não gostou nem um pouco do que viu. Eram quatro corpos, todos de conhecidos. Lukas, o policial de Lumiose parceiro dele no início do caso. Harret, o segurança do banco. Dylan, o médico do hospital que salvou o investigador. E, por fim, Mark, com a caixa das alianças que havia comprado.
Thomas serrou os dentes. Sableye, sendo alguém importante na gangue, deveria ter mandado matar todas as testemunhas de seus crimes, e o nosso policial poderia o próximo. O investigador encarregado do tal caso correu, correu muito, seguido de seus cães de fogo, que furaram os sacos pretos do necrotério com seus chifres e os traziam, correndo atrás de seu mestre.

Corpse's Illusion - Pokémon FanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora