Como o fim...

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Como o fim, você mudou o recomeço. Como o escurecer, você sumiu na noite. Como a lembrança, você apareceu, mas não reexistiu. Como cada momento, foi você e você sumiu. Como o último olhar, passou no pensamento, mas nada dito.

Como não dizer, é não ficar e sofrer. Como persistir, a dor aprendeu que ir embora não é uma opção. Como viver, é saber sonhar e realizar sem medo.

Como cada lágrima é regar o coração. Como cada angústia é se deixar ir. Coração leve. Como cada ataque, se desmonte. Acorde inteira. Como cada vez, essa é apenas mais uma. Infinitas vezes. Como a única vida, viver não é opção, é aproveitar o que lhe foi dado.

Eu queria ser mais despreocupada e não me preocupar com esse monte de besteiras. Queria não prestar atenção nesses pequenos pontos. Eu queria, mas não sou assim.

Eu me importo com cada bom dia, com cada beijo e cada abraço. Me importo se está aqui ou não, e você some, do nada e por nada. Me importo se eu consigo te fazer feliz, mesmo não conseguindo sempre. Me preocupo em ser cada vez melhor para que as discussões sejam menores. Me preocupo se você vai estar aqui amanhã, depois de amanhã, no próximo mês e daqui a trinta anos também.

Como amar, não é escolha. Acontece. É descuido da alma, é fuga da concentração, é mundo que cai, é vida que surge. Quem seriamos nós se não amássemos?



ALMA PURAOnde histórias criam vida. Descubra agora