Capítulo 3

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~No dia seguinte depois da aula

Carlos foi para sua casa e eu fui para a minha. Não parava de pensar naquela carta.
Resolvo então ligar para Carlos
-Alô?-falou
-Oi, Carlos vem pra cá agora!
-Tá, espera um pouco.
-Tá bom, até daqui a pouco.
-Até.

Carlos finalmente chega.
-Finalmente, Carlos eu não consigo parar de pensar naquela...-percebo que minha mãe me observa com cara de assustada por eu estar desesperada.
-Olá Emma, como vai?-falou Carlos.
-Eeer.. Oi Carlos, estou bem.-respondeu ela sem graça.
Ele dá um sorriso e subimos para o quarto. Já eram 14:00.

-Fala!-falou Carlos.
-Tá calma. É que eu não consigo parar de pensar na carta.
-Deixa eu ve-la denovo.
Dei a carta para ele e ele destacou o envelope nas laterais.
-Ei oque você está fazendo?
-Calma.
Quando ele terminou de destacar todo o envelope, deu pra ver um mapa de um bairro não muito longe daqui desenhado, e tinha um ponto marcado.
-Conhece este bairro?-perguntei.
-Não muito, já fui aí umas 2 vezes quando era criança.
Parei um pouco e fiquei pensando por que aquilo iria estar marcado.
-Coloca uma Calça e uma blusa.
-Ué, porque?
-Só coloca, anda logo.
Ele saiu do quarto.
Tirei minha bermuda e coloquei uma calça jeans, um moletom preto e calcei um tênis e deixei meu cabelo solto mesmo.
-Pronta?
-Sim, para onde vamos?
-Para este lugar.
-E como vamos?
-Vou pegar a moto.
-Tá louco? É do seu pai.
-Esqueceu que tirei carteira de motorista à um mês?
-É mesmo né?-falei sem graça.
Carlos tem 18 anos ja mas dirige desde os 16 anos, pelo menos assim me sinto mais segura.
Fomos até a casa dele e ele pegou a moto.
-Pronta?-falou colocando o capacete em minha cabeça.
-Pronta.-falei.
Fomos. Se eu estava morrendo de medo? Claro que estava, mas fomos assim mesmo.
Chegamos à um bairro não muito bonito, as casas eram bem desgastadas e havia muito lixo.
-Moço, será que você pode nos informar onde se encontra a rua Everton Macedo N.15?-perguntou Carlos para um senhor que parecia ter uns 43 anos.
-Essa rua se encontra perto de um bosque. Siga em frente e entre a primeira direita e você vai encontrar esse endereço.
-Muito obrigado.
-De nada meu jovem.
Continuamos até que chegamos ao lugar onde o senhor falou.
Naquela rua de um lado eram casas velhas e abandonadas e do outro lado era um bosque.
-Oque fazemos agora?-perguntei.
-Vamos entrar nesta casa.-respondeu.
Serio isso? Não acredito que vou ter que entrar numa casa velha em plena quarta feira!

 Serio isso? Não acredito que vou ter que entrar numa casa velha em plena quarta feira!

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-Você vem ou não?-falou Carlos já entrando pela porta da casa.
-Afs! Olha as coisas que você me faz fazer.
Ao entrarmos ouvíamos grunhidos do chão por ser feito de madeira.
-Carlos, estou ficando com medo.
-Calma nada vai acontecer.
Andamos mais um pouco.
-Hey olha isso!-falei apontando para uma das janelas.
O vidro estava riscado formando alguma coisa.
-Oque será que é?
Depois de um tempo tentando decifrar aquilo nos tocamos que aquilo na verdade formava uma seta.
-É uma seta. Esta apontando para o bosque. Acho que estamos procurando no lugar errado.-falou Carlos.
-Procurando oque exatamente?
-Não sei, mas vamos achar.
Saímos da casa e fomos a caminho do bosque andando mesmo, olhávamos para todos os lados mas não achávamos nada.
Tropecei em algo e cai.
O idiota do Carlos me ajudava a levantar enquanto dava risada da minha cara.
-Hahaha engraçadinho!
-Você está bem?
-Estou.
-Vamos continuar.
Assenti, já eram 17:30, daqui a pouco ia escurecer e nós dois não havíamos encontrado absolutamente nada.
Olhei para trás para ver o que havia feito eu tropeçar e era uma pedra branca. Uma pedra branca no meio do nada? Olhei aquilo direito e vi que na sua frente havia um outro envelope só que azul.
-Carlos, olha isso aqui.
Sentei no chão e ele também, abrimos a carta e pude ler, estava escrito novamente a mão:

Querida Britany,
Parece que leu minha primeira carta e seguiu as instruções da mesma. Garota esperta. Olhe a sua volta, você se sente observada? Não? Então tente se policiar em relação a isso, alguém está te observando. Beijos♡

Com amor Papai ♡

D

Dentro havia uma chave, e atrás estava escrito 15.

Olhei para Carlos e falamos em uníssono:-Será que

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Olhei para Carlos e falamos em uníssono:
-Será que...-estávamos nos referindo a casa da qual havíamos acabado de sair.
-Vamos voltar para aquela casa?-perguntou torcendo para que a resposta fosse não.
-Amanhã.-falou Carlos.
-Tá bom, vamos voltar, está escurecendo.
-Vamos.

Voltamos, ele me deixou em casa.
Eu estava meio abalada com tudo aquilo, realmente era tudo muito estranho, nunca tive uma experiência assim. Parece aqueles filmes de mistério, e ainda mais se tratando de meu pai, é meio estranho, minha mãe nunca falou dele, na verdade acho que nunca perguntei, talvez seja por isso.

-Você está bem?-perguntou Carlos quando desci da moto.
-Estou..
-Ai, finalmente vocês chegaram, entre Carlos, jante conosco.-falou minha mãe nos olhando da porta de casa.
-Se não for incômodo.-falou.
Já era 22:00 quando Carlos decidiu ir embora, minha mãe queria que ele ficasse mais, até porque ela gosta muito dele, Carlos é uma pessoa que sabe puxar assunto, por isso nossas conversas duram muito mais tempo do que o normal, e por isso ele sempre sai tarde da minha casa.
Acompanhei Carlos até a porta de casa.

-Você vai ficar bem?-perguntou Carlos.
-Acho que sim.-falei de cabeça baixa.
-Não fica assim tá? Nós vamos conseguir resolver tudo isso tabom?
Assenti. Ele me abraçou com aqueles abraços de urso que você nunca quer sair sabe? Tipo aqueles que duram mais de 2 minutos. Olhou em meus olhos e me deu um beijo na testa.
-Até mais Britany.
-Até mais Carlos.
Acenei e ele subiu em sua moto e foi para sua casa.
Quando entrei em casa novamente só se via o brilho no olhar da minha mãe e um sorriso do tamanho do universo.
-Mãe?
-Quanta enrolação!
-Como é?
-Se casem logo, vocês se amam!
-Mãe! Somos amigos!
-Mas filha, tudo começa com uma amizade, e olha que essa começou a um bom tempo m! Ninguém vai chegar em você do nada e te pedir em casamento.
-Mãe! Para com isso, já falei, somos só amigos.-falei dando risada e subindo as escadas a caminho de meu quarto.
-Essa amizade vai dar casamento em!-falou minha mãe de lá de baixo.
-Boa noite Senhorita Emma Collins!-falei de lá de cima num tom de brincadeira.
-Boa noite senhorita Britany Collins!

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