Uma Comédia Romântica Diferente

Capítulo 4

~Quinta-feira na escola

-Bom diaaaaaa, flor do diaaaa!-falou Karol vindo em minha direção.
-Nossa quanta animação. Oque houve?
-Lembra aquele intercâmbio de Gastronomia? Que eu sempre falei pra você desde os meus 14 Anos?
-Ah lembro.
-Pois então, como mês que vem eu farei 18 anos, minha mãe vai deixar eu ir no sábado já, como meus tios moram em Orlando, eu poderei ficar com eles.
-E você vai ficar quanto tempo fora do Brasil?
-Um ano e meio.
-Como é? Mas é muito tempo.
-Vai sentir saudade?-falou.
-Claro que vou, se não for você, quem é que vai fazer festa do pijama comigo toda sexta-feira comendo chocolate e lanches gordurosos?-falei.
-Ah sei lá. A gente da um jeito.
-Vai lá em casa amanhã então. Aí podemos fazer uma mini festinha.-convidei.
-Okay então.
Subimos para a sala. Karol é minha amiga desde os meus 12 anos de idade, ela é minha melhor amiga sabe? Mesmo que eu não tenha falado muito dela até aqui foi porque não tive oportunidade, até porque Karol vive cheia de compromissos. Mas Karol é uma pessoa muito legal sabe, engraçada, sabe oque quer, inteligente, e muito bonita também. É baixinha, magra, tem o cabelo castanho e liso, a pele clara e os olhos escuros, e também usa óculos oque não deixa de ser estiloso quando se sabe usar, não é? Porém tem uma carinha de criança...
Como sempre, me sentei à frente de Carlos. Enquanto a professora não chegava à sala me virei falei com ele:
-Carlos?
-Olá.
-Você está bem?
-Estou sim.
-Oque você tem?
-Só estou com um pouco de dor de cabeça, e sono.
-Vish.
-Toma esse comprimido, logo você melhora.
Ele tomou, com sempre sou uma pessoa muito cuidadosa.
-Agora descansa um pouco.
-Tá bom, valeu.
Durante todas as aulas Carlos dormiu.
-Hey-falei dando um peteleco em sua cabeça.
-Oque? Ham?-falou ele meio sonolento.
-Calma, o sinal acabou de bater, vamos pra casa.
Ele assentiu.
O abracei e fomos.
No caminho ele percebeu que passamos reto pela minha casa.
-Você não vai pra sua casa não?
-Eu vou cuidar de você. Sua mãe ta trabalhando e seu pai também, agora me explica como você vai se cuidar?
Ele deu uma risada fraca e fomos.
Chegando lá ele se sentou no sofá, subi para o seu quarto e arrumei os lençóis.
Ele se deitou.
-Vou lá em baixo fazer uma sopa tabom?-falei.
-Tá bom.
Dei-lhe um beijo na testa, porém me assustei, por que ele estava fervendo.
-Carlos acho que você está com febre.
-Será?
-Eu vou lá em baixo buscar a sopa.
Assentiu.
Desci e coloquei a sopa num prato mas ao subir, me deparo com Carlos dormindo. Eu ia acorda-lo mas ele estava tão bonitinho.
Me sentei ao seu lado e acariciei seus cabelos.
Dei-lhe mais um beijo na testa e desci, mas antes vi que apareceu um sorrisinho em seu rosto.
Desci e arrumei aquela pia, que antes estava limpinha, só foi eu chegar que a pia limpinha virou a pia cheia de coisas pra lavar.
Depois que fiz tudo me sentei ao lado de Carlos e abri novamente aquele envelope azul.
Li aquela carta denovo e fiquei perturbada assim dizendo. Na primeira carta, este homem, meu suposto pai, falava com todo carinho e amor, e nessa ela fala de uma forma mais "agressiva". Isso me deixava cada vez mais confusa.
-Está lendo denovo?-falou Carlos baixinho virando para o meu lado.
-Ah sim, dei uma olhada rápida.
Ele estendeu a mão como se estivesse pedindo.
Dei-lhe a carta e ele olhou atenciosamente.
-Notou algo de diferente?
-Olha, tem dois papéis aqui, Parece aqueles convites pra festa sabe?
-Sei. Oque isso pode significar?
-Temos que ir na casa 15 para descobrir.
Ele estava se levantando mas o impedi fazendo com que ele se deitasse novamente.
Ele me olha sem graça.
-Hoje não, hoje você vai descansar!-falei.
-Okay então.-falou revirando os olhos.
-Obrigado viu?-falou.
-Pelo o que?
-Por cuidar de mim.
-Esse é meu dever, somos amigos, não é?
-É, amigos...-falou meio cabisbaixo.
-Hey oque foi?
-Nada...
-Bom, sendo assim, já que você está melhor eu vou para minha casa, minha mãe deve estar me esperando...-falei isso porque o clima ia ficar pesado, então seria melhor eu sair.
-Tá bom...-falou sem expressão.
-Carlos é sempre bem humorado mas  quando ele quer ser frio ele não pensa duas vezes.
Ele me acompanhou até a porta.
Chegando lá eu o encaro por uns dois minutos. Já estava com dor de pescoço porque sou baixinha e ele é alto então é meio complicado olhar para ele nos olhos quando se está muito próximo.
-Vai ficar mesmo assim comigo?
-Não né!-então ele me abraçou e ficamos ali abraçados por algum tempo e então fui embora.
Ao chegar em casa recebo uma mensagem de um número desconhecido mas tinha a foto de uma menina.

-Oie, você é a Britany amiga do Carlos?
-Oi, sou sim porque?
-Ah não, nada não, é que dizem que vocês são bem amigos.
-Dizem é?
-É verdade?
-Sim é verdade porque?
-Ah tá, mas tipo assim, vocês namoram?
-Porque a pergunta?
-Porque eu queria saber se ele ta disponível.
-Mas tu é assanhada em guria, olha ele não está disponível, não pra você, entendeu?
-Como assim não pra mim? Ele nem me conhece!
-Não ligo, ele não quer nada contigo beleza? Tchauzinho!
-Grossa!

Deu vontade de discutir mas estava com preguiça e com fome.
Cheguei em casa e minha mãe estava no mercado.
Me deitei e recebi uma mensagem de Carlos:

-Britany?
-Oie
-Você conhece uma tal de Keilla?
-É uma morena de cabelo liso falso?
-É...
-Oque tem ela?
-Ela me chamou pra ir no cinema com ela.
-E você aceitou?
-Sim ué '-'
-Como assim você aceitou Carlos?????
-Ué qual é o problema?
-Qual é o problema? Carlos não tô acreditando que você aceitou ir ao cinema com outra garota que não seja eu!
-Ué! Mas ela só me chamou pra ir ao cinema, nada demais!
-Afs, tabom Carlos, tabom! Vai lá com a Keilla do cabelo duro vai!
-Se eu soubesse que você fosse ficar tão brava assim nem tinha aceitado!

Não respondi, aí que raiva. Mas tipo, eu nem sei porque eu estava sentindo tanta raiva dele, até porque somos amigos, só amigos.
Na verdade eu sinto um pouco de ciúmes dele sim mas, aí nem eu sei oque eu quero da minha vida direito. Decido me deitar e dormir um pouco.

Foto da karol na mídia♡
Querem foto da Britany e do Carlos? Deixem nos comentários sim ou não ♡