Capítulo 1

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Era um dia ensolarado, os pássaros cantavam, saí de casa, estava atrasada quando vi ele, o homem do qual passaria o resto da minha vida ao lado, ele era loiro e tinha os olhos claros.. Para tudo, achou mesmo que eu ia encontrar o amor da minha vida assim? Que Cliché. Faça-me o favor, sou brega mas nem tanto assim.
Vamos recomeçar?
Não, não estava um dia ensolarado, estava chovendo, chovendo muito por sinal. Eu estava na escola, na aula de matemática, meu celular estava com 20% de bateria quando alguém vem e toca em meu ombro. Será que era o amor da minha vida? Não! Era minha amiga Karol pedindo minha caneta emprestada. Agora me explica quem usa caneta na aula de matemática? Que preguiça que eu estava, estava morrendo de sono, porque acordar 5:30 numa segunda-feira? Me explique.
Virei para a carteira de trás e olhei para Carlos, meu melhor amigo.
Fitei-o com os olhos.
-Carlos...
Meu Deus que menino lerdo!
-Diga.
-Oque você está fazendo?
-A lição ué! Sou um garoto estudioso. Diferente de você.
-Nossa, assim você machuca meus corações!
-Já te disse pra parar de falar que você tem dois corações. Você não é o Doctor Who!
-Mas eu sou filha dele, então eu tenho sim dois corações, se bobear tenho até três!
-Como você tem três corações e ainda assim não se apaixonou por ninguém?
-Querido Carlos, entenda, ninguém me quer não!-demos muitas risadas, fomos expulsos da sala.
-Está vendo o que você fez?-falei para Carlos com tom de ironia.
-Eu? Você que ficou enchendo o saco, estava fazendo minha lição, todo concentrado aí você vai e me tira a atenção. Sua "tiradora de atenção".
-Ai, ai, esse Carlos é engraçado.-Isso que é amizade, rir com os amigos da sua própria desgraça. A gente da risada para não chorar.
Ficamos a aula inteira do lado de fora da sala. Quando a professora saiu e nos viu sentados do lado de fora nos encarou e fez uma cara estranha até que falou em tom de mistério:
-Vocês dois... Não sei não em.
Gente oque foi aquilo? Nos encaramos e demos risada.
Voltamos para a sala.
Depois de algumas aulas já eram 11:30.
-Ai finalmente vou sair daqui. É muito chato ter que suportar esses professores falando enquanto eu podia estar dormindo.-falei para Carlos.
-Britany, me responde uma coisa?
-Claro.
-Porque você só fala besteira?
-Ah, sei lá. Acho que aprendi com você.
-Como assim? Senhorita Britany Collins, não me insulte desta forma.
-Me desculpe senhor Eduardo Mello.
-Besta.
-Você vai me acompanhar até em casa né?
-Vou né zubumafu.
-Bom saber.
Man, o Carlos é o melhor amigo que alguém pode ter, ele me paga açaí! Isso não tem comparação. "Ah, mas o meu melhor amigo sempre dá o ombro dele pra eu chorar e me consola quando eu preciso!" Tá, mas o seu melhor amigo te paga açaí? Não? Então pronto, o meu melhor amigo é o melhor amigo que alguém pode ter.
Estava o maior trânsito, estava frio e garoando porém eu preferia ir na chuva ao ter que ir de ônibus e pegar um transito enorme.
-Vamos andando.-falei o puxando para fora da cobertura do ponto de ônibus.
-O que? Está louca é?
-Não, mas vamos à pé.
-Porque?
-Porque sim, vamos.
Fomos à pé mesmo.
No meio do caminho.
-Nossa tá chovendo né?-falei com um sorriso bobo.
-Não Britany, o céu tá chorando!-falou ele bufando.
-Nossa! Assim você machuca meus corações!
Revirou os olhos.
-Carlos, você vai mesmo ficar bravo comigo?
-Não estou bravo. Estou com frio.
-Ei! Quem tem que falar isso sou eu!
Revirou os olhos novamente.
-Me abraça então menino chato!
Ele me encaro com uma expressão do tipo "eu te odeio e te amo ao mesmo tempo" e me abraçou. Fomos andando até minha casa abraçados debaixo daquele minúsculo guarda-chuva.

Diagnóstico do meu dia:
Situação: Expulsão de Britany e de Carlos da sala de aula.
Decisão: Britany inventa de ir para a casa à pé debaixo da garoa com Carlos.
Consequência: Britany e Carlos ficaram encharcados porque um caminhoneiro desalmado passou ao lado da calçada em cima de uma poça fazendo com que espirrasse água em Britany e Carlos.
(Esse diagnóstico não terá sempre)

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