Capítulo 2

156 6 0
                                    

Hoje é terça-feira ainda, que coisa! Denovo essa palhaçada! Cadê o sábado? O domingo? Seus lindos, eu quero deitar e assistir Netflix, não pegar um ônibus lotado em plena 6:30 da manhã!
Liguei para Karol:
-Alô, Amiga?-falei
-Oi amiga, fala.
-Passa aqui hoje, para irmos de ônibus juntas.
-Mano, são 6:00, eu nem sei se eu vou pra escola hoje!
-Ah, mas você vai sim.
Silêncio.
-Karol!-falei chamando sua atenção.
-Tá bom,  tá bom. Vou tomar banho daqui a pouco chego aí.
Desligo e vou tomar café.
Todo mundo num sono maravilhoso com borboletas e unicórnios e eu aqui, 6:00, na cozinha, comendo pão com presunto e queijo esperando a minha amiga chegar.
Ouço batidas na porta.
-Ai, finalmente!
Abri a porta achando que era Karol, mas não era ninguém.
-Ué, que estranho, as crianças nos trolando em plena "madrugada"?
Olhei pro lado e nada, olhei pro outro e nada. "Ué, ué, ué!" Só isso passava pela minha mente.
Olhei pro chão e ali tinha um envelope branco.
"Gente, o que será que é?" Eu pensava.
Até que Karol chegou.
Escondi o envelope na hora.
-Cheguei!-falou.
-Finalmente.-falei normalmente como se nada houvesse acontecido, mas por dentro eu estava confusa.
-Vamos?-falei tentando afastar aqueles pensamentos da minha cabeça.
-Vamos.
Coloquei o envelope dentro da mochila e fomos para o ponto de ônibus.
No meio do caminho...
-Britany? Você está bem? Você parece preocupada.
-Eu? Eu estou bem não se preocupe, só estou com sono.
-Okay então né.
Chegamos à escola e entramos na sala.
-Bonito né dona Britany. Chegando atrasada.
-Não enche Carlos!
-Nossa tá brava hoje, o que houve?
-Depois da aula eu te conto.
-Tá bom.
Eu e Karol somos amigas, mas eu e Carlos somos bem mais amigos sabe? Nos conhecemos desde pequenos então sabemos sobre tudo um do outro. É uma amizade de 17 anos, é muito tempo me aturando.
-Professora?
-Diga Britany.
-Posso ir ao banheiro?
-Vá.
-Você nunca vai ao banheiro durante a aula, esta passando mal?-perguntou Carlos.
-Não, não é nada demais. Já volto.
Assentiu.
Coloquei o envelope dentro da minha calça pela minha cintura e fui ao banheiro.
Estava muito ansiosa, o que era aquilo?
Entrei no banheiro em um dos toilettes e sentei no chão.
Olhei bem o envelope, não havia nada escrito do lado de fora.
-De quem é isso?-falei comigo mesma.
Abri o envelope e havia uma folha escrito em negrito (não era digitado, era escrito mesmo):

Querida Britany,
Há um tempo você deixou de dar satisfaço para a minha ausência em sua vida. Bom, você não sabe nada sobre mim, mas gostaria que você soubesse que te amo muito. Vi você crescer mas você nunca me notou porque nunca fui presente em sua vida. Mas quero que saiba que você sempre foi muito importante pra mim apesar de toda essa distância. Me desculpe por ser uma pessoa tão ausente em sua vida, minha intenção não era lhe magoar, e sim lhe proteger. Talvez você não entenda agora, mas um dia você vai me compreender e perceber que fiz isso para o seu bem.

Com amor, Papai♡

Fiquei pasma e sem reação. Meu pai? Não vejo meu pai desde que nasci, não sei nem ao menos como ele é.
Já havia passado cinco minutos. Tinha que voltar pra sala.
Quando cheguei ainda estava meio sem expressão facial, não estava acreditando em nada que estava acontecendo, estava tudo muito estranho.
-Britany?-falou Carlos.
-Oi.
-Você está bem?
-Estou, depois a gente se fala, vou terminar minha lição agora.
-Tudo bem.
No final da aula...
-Hey-falou Carlos.
Virei dando atenção.
-Vamos pra casa?
-Vamos.
Meus pensamentos estavam voando, nem eu sabia o que se passava na minha cabeça.
Pegamos o onibus e fomos para minha casa.

-Oi mãe.-cumprimentei ela.
-Oi filha, Oi Carlos como vai?
-Olá senhorita Collins, vou bem você?
-Ah eu vou bem, já lhe disse para não me chamar assim, me chame de Emma.
-Tudo bem, Emma.
Subimos para o quarto e fomos para a área que tinha do lado de fora e sentamos nas cadeiras ao lado da mesinha que havia ali.
-Tá, agora fala o que houve?
-Bom, hoje de manhã eu estava esperando a Karol chegar quando recebi este envelope.
Ele pega o envelope e observa bem.
-Não tem remetente.
-Pois é, isso que achei estranho.
Ele continua a observar a carta, ele olha na parte de dentro do envelope e fala:
-Olha isso!-a parte de dentro do envelope era um mapa desenhado e nele havia um lugar indicado.
-Oque será isso?
-Não faço idéia.
-Leia a carta.
Ele lê e fica pasmo também.
-Será que isso é alguma pista para você encontrar seu pai?
-Talvez.
-Briiiiitany, Carloooos, venham almoçar!-gritou minha mãe.
-Depois do almoço resolvemos oque vamos fazer okay?-falei.
-Okay.

Uma Comédia Romântica Diferente Onde histórias criam vida. Descubra agora