O terrível diário de uma garota

Fim do ano!

       No início de dezembro a madame deixou eu e o Pedro convidarmos dois amigos cada um, claro que eu convidei a Bia e a Lari. Ele convidou o Cristian e um garoto chamado Breno.
         Estava triste, porque meus pesadelos só aumentavam e não tinha o Pedro mais me ajudando, meu melhor amigo... Bia e Lari eram ótimas amigas e me ajudavam com os meus medos, só que o Pedro não!
       Nem sei quantas vezes chorei aquela noite. Por causa desses pesadelos e ao longo da minha vida, começamos a ir na igreja, me ajudava bastante, me tranquilizava.
          No dia que eles foram aqui  em casa ficou dois grupinhos, o das meninas e o dos meninos. A madame estranhou e quis ajudar achando que era apenas vergonha. Não adiantou em nada mas..
      Nesta noite Lari me falou que gostava do Pedro, eu fiquei vermelha de raiva e comecei a gritar com ela dizendo que ele era meu melhor amigo e perguntando para ela como ela teve coragem de falar isso para mim, todos ouviram. Sem saber o que fazer subi ao meu quarto chorando, era ciúmes porque eu não estava muito bem com o Pedro e ela queria se aproximar dele, achei que ela só estava sendo minha amiga para ficar perto do Pedro.
        Ela ficou na sala perto do Pedro! A Bia perguntou a graça e ela disse que eu tava com fogo, mas falou onde era meu quarto. Desabei para a Bia, contei tudo o que acontecia e me fez bem melhor, estava guardando tudo só para mim.
          Bia disse para mim acalmar, lavar o rosto, que ja voltava, ela contou a Larissa e ela só disse que era verdade que só era minha amiga por causa do Pedro, ele ouviu e falou para ela ir embora .
      No quarto eu chorava, quando ouvi alguém bater na porta, achei que era a Bia, na verdade era o Pedro, ele disse que a Bia havia contado tudo a ele. Não sabia o que falar, virei pro outro lado fingindo ignorar, ele disse que ainda era meu melhor amigo, só que quando comecei a andar com a Bia e a Larissa, ele se sentiu excluído e fez outros amigos. Entendi já que também senti isso.
       Nos abraçamos e pedi para ele chamar a Bia, Larissa ja havia ido embora e Breno  foi junto de carona.
       Bia pediu para sua  mãe que ficasse mais. Pedro não teve um ataque, o que era um milagre!
        Vimos um filme de comédia, sobre um cachorro que falava.
         Bia foi embora, fui dormi mais, comecei a chorar do nada, vi uma sombra na parede que  saiu, era um homem sangrando ja falei as palavras mas não adiantou nada! Corri e fui ao quarto do Pedro falei para ele, corremos até o quarto da madame.
      Ela falou para pararmos de bobagem! Quando ele atravessou a parede ela deu um grito, que fiquei surda!
        O espírito  de onde estava fez a madame encostar na parede. Congelei, passando na minha cabeça:

- Mais alguém que eu amo vai ser morto?

        Falei novamente aquelas palavras dando um berro maior que o da madame.
      Ele soltou ela e começou a chorar muito sangue e sumiu.
       Agora sim! Ela finalmente acredita! Havia conseguido!
     Passamos uns dias em casa pois havia uns feriados da cidade, resolvemos ir viajar!
     Estava feliz, nunca havia viajado por lazer. Íamos a um lugar de calor, a mãe do Pedro estava ainda em choque e colocou câmeras noturnas na casa inteira.
       A Bia viu com a mãe dela para levar ela também e ela conseguiu fazer a mãe deixar.
       A Bia e eu dormimos no mesmo quarto, Pedro teve um quarto só para ele e as mães dormiram em um quarto enorme que tinha duas camas de casal uma para cada uma.
     Chegamos exaustos e dormimos, dia seguinte fomos a piscina, parquinho, caminhamos e conhecemos as crianças do hotel.
       Achei estranho estava conversando com uma menina na praça, só havia nós duas lá e quando Bia e Pedro chegaram onde eu estava, me perguntaram:

- Julie porque está falando sozinha? Esta maluca? Começaram a rir.
 
E eu respondi com ironia:

- Claro! Claro que não, não viram a menina aqui? Bem, acabou de sair!

    Eles falaram que não havia ninguém ali, antes estavam me observando falar sozinha.
     Me acharam maluca, falaram que isso já era coisa da minha cabeça e que era o choque de ver muitos espíritos. Fiquei furiosa e sai andando,os ignorando.