Capítulo 22

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Enquanto o carro cruza uma ponte, em direção a casa de Christian, quer dizer, nossa casa, relembro o que Christian me disse assim que saímos do hospital:

"— Já mandei colocar nossas malas no jatinho, não vejo a hora de chegarmos em casa e fazer amor com você, na nossa cama, nossa banheira."

Me arrepiei toda com essa promessa. Já fazia vinte dias desde o meu acidente, já estava bem, depois de passarmos por tanta vontade de ficar juntos, enfim vamos poder nos perder um no outro.

Ele está segurando minha mão, tão forte, parece nervoso, me lembro do dia que saímos para jantar a primeira vez, acho que está com medo da minha reação.

O carro para em frente a um grande portão, vejo Taylor falar algo no celular e logo ele está aberto. Entramos e Taylor para o carro em frente a uma linda mansão.

— Nossa casa.- ele fala e aperta minha mão, sorrio para ele confiante, mas por dentro estou me derretendo de medo.

Desce e abre a porta para mim. Desço com a sua ajuda e olho em redor, há um lindo jardim, e um enorme prado coberto com uma grama que parece serem de tecidos de tão finos e brilhantes.

— Costumávamos dar uns amassos lá.-  fala baixinho ao meu ouvido, apontando com o olhar para o prado, olho para ele escandalizada, seu olhar é ardente e seu sorriso cativante.- mataremos a saudade em breve, venha.

Passamos por um terraço, olho em volta, é tudo tão lindo, olho para o lado e vejo que há uma piscina ao lado da casa, caminho até lá e meus olhos brilham, não me lembro se sei nadar, mas gosto de água.

— Passávamos horas aqui.- olho para ele e sorrio, estou adorando aprender coisas sobre mim, coisas bobas que fazíamos, mas que parecem serem importantes para ele.

Me abraça e me beija, sinto tanto carinho nesse beijo, é como quase um agradecimento por estar aqui.

Me abraçando pelos ombros, me leva para dentro de casa, quando abre a porta, reparo que a sala é muito mais linda e luxuosa, que pensei que fosse, mas é aconchegante, sinto cheiro de casa, amor, proteção. Meu corpo estremece e ele aperta mais meus ombros.

— Oh meu Deus!- escuto uma voz feminina vindo de algum lugar da sala, olho e vejo uma senhora loira de olhos azuis, ela vem secando os olhos, parece emocionada.- Bem vinda de volta Anastásia.- fala.- meu nome é Gail, sou sua governanta.

Minha? Olho dela para Christian que está sorrindo.

— Oi, obrigada pela recepção.- falo sorrindo, me lembrando da minha educação, estendendo a mão para ela que aperta sorrindo.

— Gail, vamos subir e descansar prepare alguma coisa, comeremos quando descermos.- Christian fala.

— Sim, senhor.- ela fala sorrindo e voltando de onde veio.

— Ela te adora.-  fala.

— É percebi.

Me puxa para uma escada, começamos a subir e meu coração acelera no peito. Estou em pânico com o que vou encontrar, não sei a razão, mas tenho medo de algo.

Ele abre a porta e me pega no colo, sorrio com isso.

— Bem vinda ao nosso quarto.- e me coloca no chão.

Ando um pouco por ele, admirando a decoração em vermelho e marrom, muito quente, eu penso, mas gosto. Olho para a cama enorme e com lençóis de cetim vermelho, penso em quantas depois de mim passaram por ali, ou antes, não sei.

Ele anda e fica de frente para mim, segura meus braços, me obrigando a encara-lo, lógico que ele lê meus pensamentos.

— Comprei essa casa depois que me separei, minha mãe me ajudou com a decoração. Depois você veio morar comigo, deu uma mudada nas coisas a deixando do seu jeito, inclusive esse quarto, você amava vermelho. E mesmo antes de você, nunca havia trazido ninguém para cá, já disse, prezo minha casa e minha família.

50 Tons- De Volta ao PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora