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A venda nos olhos de Archie impediu-o de enxergar. O quarto estava frio e, por isso, seu corpo estava todo arrepiado.

As pernas estavam dobradas, flexionadas e encostadas no abdômen. Os cabelos espalhados pelo colchão, alguns fios molhados pelo suor.

O rosto tingia-se num vermelho escarlate cada vez maior conforme era tocado. Tremeu de frio, mas inexplicavelmente gostou da sensação.

Não viu quando Marc abocanhou seu membro, apenas sentiu e arqueou as costas de prazer.

Mordeu os lábios com a sucção. Tentou soltar as mãos, presas atrás das costas pelas cordas, mas não conseguiu. Era delirante. Gemeu e a boca abriu-se mostrando num ângulo melhor os lábios vermelhos molhados de saliva.

O membro pulsou dentro da cavidade e queria explodir ali mesmo, derramar-se num gemido longo e satisfatório... Mas sabia que Marc jamais deixaria aquilo acontecer.

A língua do outro passou por toda sua extensão, demorou-se na ponta e engoliu-o de súbito, fazendo-o gritar. Sentiu os dentes dele roçarem na sua pele e um arrepio de excitação passou pelo corpo.

Quando Archie achou que não ia aguentar mais, que iria chegar ao clímax, empurrou mais o quadril para cima, desejando mais contato com a boca que lhe satisfazia. Marc parou o que fazia no mesmo momento.

Viu Archie contorcer-se na cama e adorou vê-lo suado, resmungando e gemendo baixinho de frustração.

—Você só vai gozar só quando eu deixar, sussurrou.

O garoto assentiu com a cabeça obedientemente. Era como se a vida lá fora tivesse parado e só importasse o que acontecia ali no quarto. 

Marc admirou-o por mais alguns segundos, afinal, Archie estava do jeito que gostava de vê-lo:  vendado, estirado na cama, amarrado, vermelho e suado. As cordas entravam e marcava a pele do garoto, que com certeza ficaria com marcas após o ato.

Sorriu com malícia e deu um tapa nas coxas dele, que sobressaltou-se com o toque e estremeceu.

Era um daqueles dias em que Archie delirava e dizia coisas desconexas, pois percebeu que ele não conseguia nem proferir uma frase com sentido.

Marc virou-o no colchão, deixando-o de barriga para baixo, e desamarrou as cordas lentamente. Alguns nós foram difíceis, apertados, mas não teve pressa e gostou de retirar um a um, admirando as marcas expostas.

Deixou-o com as mãos amarradas atrás das costas.

Os nós mais apertados haviam estado nas coxas e deu alguns tapas leves onde os hematomas apareceram, fazendo o garoto gritar e encolher-se. Gostou daquela reação porque ele se empinou mais na cama, uma vista e tanto para seus olhos sádicos.

Quando terminou de desfazer os nós, guardou as cordas na caixa de sempre e colocou-as dentro do armário. 

Os joelhos de Archie doíam e os braços também. Estava com o corpo inteiro dolorido, mas era bom. Uma sensação pulsante tomou conta dos locais onde Marc havia batido e suas articulações arderam e tremeram de cansaço.

Archie sentiu o próprio corpo inteiro e quente, ansioso por mais. 

Ficou quieto quando Marc terminou, não ousando mexer-se nem para esticar as pernas.

A venda nos olhos foi puxada e enxergou finalmente, levando alguns momentos para distinguir o contorno do outro. 

Subitamente, Marc puxou-o pelo braço para o chão, obrigando-o a ajoelhar-se . Os olhos verdes encararam-no, aturdidos e piscando por conta da claridade. Sorriu e acariciou o rosto delicado abaixo de si.

HematomasOnde histórias criam vida. Descubra agora