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_____Março de 2020_____

NOTAS INICIAIS:

Olá, tanto tempo depois! Estava com saudades ♥

Iniciei Hematomas em 2017 e é com muita alegria que venho aqui anunciar algo muito legal!

Hoje é meu aniversário, mas o presente é de vocês 💕 

Ao final do capítulo tem uma surpresa para vocês, espero que gostem.

AMO e rio HORRORES lendo os comentários que vocês fazem ao longo do capítulo, se pudessem deixá-los para eu dar umas risadas eu ficaria extremamente feliz!

Espero que gostem, meus queridos ♥ 

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O sol esquentava sua pele, que estava muito mais morena por conta da exposição diária naquela praia. À frente o mar se estendia numa imensidão azul e tranquila capaz de trazer de volta memórias longínquas daquele lugar.

As ondas preguiçosas molhavam a areia vasta com suavidade, indo e voltando em movimentos lentos. Toda a paisagem era iluminada pelos raios solares, que brilhavam e refletiam na água azul turquesa, criando flashes brancos e hipnóticos.

Depois de perder-se no barulho relaxante do mar por longos minutos, Marc sentou-se na cadeira que estava embaixo do guarda-sol, dizendo a si mesmo que tinha conseguido vitamina D o suficiente pelo resto da semana. Quando olhou para a espreguiçadeira em que Archie estava deitado, fez uma careta ao constatar que ele estava dormindo com um livro em cima do rosto.

Reparou que a pele branca de Archie estava vermelha, queimada por causa do Sol, o que deixou Marc decepcionado, pois não poderia marcá-lo nos pontos que queria, já que seria doloroso demais. Depois de pensar naquilo por um tempo, arqueou as sobrancelhas com as hipóteses que sua mente começou a elaborar. Archie poderia acabar gostando de uma dor intensificada, não?

Atrás de Marc a casa enorme, para a qual sempre ia nos verões, se estendia com imponência naquela manhã exuberante, uma construção grande e moderna na vastidão da areia. A brisa típica da praia entrava com força através das janelas enormes, fazendo esvoaçar as cortinas de alguns cômodos maiores. Havia pedido permissão aos pais para passar alguns dias ali, a qual eles concederam prontamente, felizes com o pedido e com a possibilidade de uma melhora no relacionamento com o filho.

Marc havia passado inúmeros momentos bons ali. As memórias que continham Rachel consistiam em cenas de ambos comendo sorvete, brincando com os gatos que por ali apareciam, jogando vôlei, construindo castelos de areia... Eram lembranças dolorosas e, ao mesmo tempo, bonitas. Se olhasse para qualquer canto daquela casa, seja para as floreiras da janela ou para árvore afastada, uma lembrança apareceria em sua mente, voltando não para assombrá-lo, mas para mostrar-lhe que a vida ali havia sido boa, e ainda podia ser, algo que constatou ao olhar de maneira terna para Archie.

Constatou que não conseguia deixar de comparar o passado com o presente e, portanto, era inevitável sentir-se melancólico ao ouvir, em sua mente, as risadas e as conversas que haviam ocorrido tempos atrás naquela casa. Algumas memórias eram tão nítidas que lhe causavam um calafrio, como as do avô ensinando-lhe a fazer contas mais avançadas de matemática, o pai cozinhando ao som de uma música antiga, a mãe tomando banho de sol na areia, os empregados preparando chás da tarde que eram verdadeiros banquetes... Tais momentos haviam passado num piscar de olhos, de maneira tão rápida que perguntava-se como era possível que não tivesse percebido a passagem do tempo enquanto eles aconteciam.

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