Small Doses ▪ André Silva

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Diana

      Mais um dia, mais um dia em que não fiz rigorosamente nada da minha vida. Como poderia ser eu tão diferente dos outros jovens mas tão parecida a eles? Ninguém sabe deste problema que tenho, ninguém imagina sequer as coisas que se passaram na minha vida. Melhor amiga? Já tive mas quando precisei ela lá não estava. Somente uma pessoa lá esteve mas não sei se ele se lembra de mim pois já se passaram imensos anos. Acho que a razão de ter este vício é porque é uma das maneiras de ficar mais aliviada. Eu não grito, eu não esperneio.  Quando algo se passa eu fecho-me em copas e quando chega às horas da madrugada, aí a solidão faz com que tudo sobressaia. De porta fechada somente com a luz do meu candeeiro, eu fico lá,  sentada no chão frio juntamente com uma garrafa na minha mão e as lágrimas a rolarem-me pelo rosto. Pergunto-me se serei a única a passar por isto, será que sou a única que não consegue enfrentar os problemas e chora com a dor dos mesmos.

      Ainda não me apresentei mas sou a Diana e tenho atualmente 18 anos. Podemos dizer que sou uma rapariga bastante normal, cabelo e olhos castanhos com uma pele bronzeada devido ao Verão em que nos encontramos (apesar de não ir muito à praia). 

       Mas quero contar-vos um bocadinho de o que vivi para chegar a este momento, a esta altura decisiva em que me encontro. Vou começar por contar-vos desde pequenina os meus melhores momentos até chegar às memórias tão recentes como as de ontem à noite que me destroem completamente.