♢9♢

163 13 4
                                    

Joana

         A Diana não parava de olhar fixamente para uns rapazes que eram bem giros, será que ela conhece algum? Têm algumas parecenças com aqueles da foto no outro dia e deu para perceber que eram muito especiais. Gostava que a Diana se conseguisse abrir mais comigo. Sei que às vezes ela se vai a baixo e fecha-se em copas e eu quero ajudá-la.

Diana

        Eram eles. Quão bonitos estão,  e o André,  ele está tão bonito. Ainda tem aquele brilho nos olhos, que saudades tinha de ver aquele brilho. O Afonso, aquele pateta, está tão parecido ao irmão. Será que estão bem? Como será que vão os pais deles? Eles eram tão bons comigo. Eles não estão sós, têm duas raparigas com eles. Quando dou por mim vejo uma das raparigas beijar o André,  porquê que sinto parece o fim do mundo? A Joana olha-me preocupada e diz:
           - Diana, que se passa? Olha para mim, conta-me.
           - Não,  não é preciso. Isto foi só um pouco de areia que me entrou para o olho.
           - Diana não me mintas. Eu sei que se passa algo contigo, mesmo que escondas. Os olhos são o espelho da alma e a tua alma precisa de ajuda.
           - Joana, eu não quero te meter nisto.  Eu estou habituada a isto, a sofrer sozinha. Eu não gosto de maçar pessoas.
           - Diana eu sou tua amiga, eu quero-te ajudar. -quando ouvi isto está deu-me um abraço, um abraço que não sentia à anos. Um abraço verdadeiro.

Continua

Small Doses ▪ André SilvaOnde histórias criam vida. Descubra agora