Capítulo 8

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Laura narrando:

Bom, se passou uma semana. Estava saindo do hospital acompanhada de meus pais nesse exato momento. Durante essa semana fiquei internada com uma gripe forte, não obtive notícias dos meus "novos amigos", se é que posso chama-los assim, afinal, não os conheço direito e.....

—Filha?– chamou mamãe estalando os dedos em frente dos meus olhos e me tirando de meus pensamentos

—Desculpe, não estava prestando atenção – disse entrando no carro

— Nós percebemos, só perguntamos se você quer comer algo, ou se quer ir direto para casa– disse entrando logo em seguida

— Não é por nada não, mas eu quero ir para casa, descansar um pouco sabe – na verdade, não estava cansada, queria apenas entrar em meu quarto e ficar perdida em meio aos meus pensamentos

—Tudo bem então – me lançou um meio sorriso, e então papai saiu com o carro, indo em direção de casa.

***

Estava em meu quarto procurando meu celular, não me lembro onde deixei ele, já liguei para ele, e pelo o que tudo indica, ele esta descarregado.

—Que droga – murmurei me jogando em cima dos vários travesseiros que estavam no chão. Escutei batidas leves na porta da sala e logo em seguida uma movimentação calma. Escutei também vozes, mas não consegui distinguir de quem era.
Escuto então leves batidas na porta de meu quarto.

—Entre – murmurei soltando um suspiro. Estava de costas para a porta então não vi quem era, continuei procurando meu celular no meio daquela bagunça, até que escuto ele me chamar....

—Er, oi Laura!– disse meio tímido passando a mão nos cabelos indicando que ele estava meio nervoso. – Você esqueceu o seu celular no carro do Eduardo – me estendeu o celular, mas não era o meu.

— Ah! Oi Lucas, tudo bem? bom, obrigada, mas esse não é o meu celular – disse soltando uma risadinha

— Ops, esse é o meu, o seu esta aqui– disse pegando meu celular no bolso de sua calça e guardando o dele.– Desculpe, fiquei sabendo que estava internada, a culpa foi minha que fez você sair naquela chuva forte – disse olhando para baixo e repetindo o ato de passar as mãos no cabelo.

— Sem problemas, eu iria para o hospital de qualquer forma– disse começando a ficar tímida também.
Então ele me estendeu o celular para me devolver, e  quando fui em sua direção acabei tropeçando em um dos vários travesseiros que estavam no chão. Já esperava sentir a dor de quando caísse no chão, mas ao invés disso senti braços fortes me segurando, aconteceu tudo muito rápido, assim que meus olhos se encontrou com os dele papai abriu a porta do quarto.

—Mas o que esta acontecendo aqui? – perguntou espantado. Com o susto que levamos Lucas me solta e eu acabo caindo de cara no chão.

—Evitando disso acontecer pai– falei tentando me levantar — Ai!

— Você ta bem? – perguntou os dois de uma só vez

— Claro, eu estou acostumada a cair todos os dias de cara no chão ne – disse me levantando sem nem tentantar disfarçar o tom de ironia em minha voz – relaxa

— Vou deixar vocês dois conversarem. Me desculpa filha, não foi por querer – falou fechando a porta

— Me desculpe, não devia ter soltado você – disse tocando em meu braço, me causando arrepios ( eu em, o que meu corpo esta pensando? Deve ser o vento frio que entrou pela janela)

—Er, tudo bem, só não peça mais desculpas, por favor – disse indo em sua direção e pegando de sua mão meu celular, e automaticamente nossos dedos se tocaram. – Obrigada por trazer meu celular, estava procurando por ele.

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