Capitulo 20 - Emília Creek e Miguel Seth Clair

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A noite havia sido pequena, meu corpo estava precisando de longas horas de sono, levantei tarde, pelo barulho a fazenda já estava funcionando, me sentei na cama e esfreguei meus olhos.

— Mas um belo dia. _Me levantei coçando a cabeça caminhei até o banheiro escovei os dentes, voltei para o quarto, estava um dia frio então vesti um moletom e desci direto para a cozinha.

Emilia estava sentada tomando um café e lendo o jornal vestida com a minha blusa, me sentei ao lado dela.

— Belo vestido Creek, bom dia Bianca. _Bianca estava a arrumar as coisas pela cozinha, então me cumprimentou com um sorriso. Peguei um pão e servi o copo com suco de laranja e comecei a comer.

— Ficou um pouco largo em mim, isso deve ser porque o dono é meio gordinho. _Ela mostrou língua, passei a mão em seu cabelo o bagunçando.

— Meio gordinha é você. _Falei com a boca cheia, ela me deu um tapa no braço e começou a rir.

— Come ai calado menino. _Ela então se levantou caminhou até a pia e lavou sua xícara, realmente minha blusa caiu muito bem nela. Logo que terminei de comer me levantei.

— Emília sinta-se em casa, já que agora essa é a sua casa, daqui a pouco vamos buscar suas coisas, só tenho que resolver uma coisa. _Ela assentiu com um sorriso fraco, sai da cozinha.

A essas horas Charlie estava correndo por ai, caminhei até o estábulo e fiquei o esperando olhando os cavalos. Demorou alguns minutos então ele chegou.

— Miguel, o que você quer? _Ele tirou os fones e ficou me encarando.

— Emília vai ficar aqui por alguns dias, algum problema? _Cruzei os braços.

— Quando não podemos confiar em qualquer um isso não significa que você pode trazer a primeira donzela indefesa para casa Miguel, não é porque você está perdido e ela tem um belo corpo que ela possa ser confiável. Eu não confio nela, mas se você quiser saiba que isso pode nos matar. _Ele suspirou e se afastou.

— Ela é minha responsabilidade, eu cuido disso. _Falei alto para ele ouvir.

Voltei para casa, Emília estava na sala já vestida para irmos até a casa dela, passei por ela e dei um sorriso, subi até meu quarto, troquei de roupa colocando uma calça azul, uma camiseta branca e um tênis branco, desci, peguei a chave do carro e estendi a mão para ela.

— Pronta para isso? Se não quiser ir, posso buscar para você. _Fui caminhando ao seu lado até o carro.

— Estou pronta, preciso fazer isso por mim e pela minha mãe. _Ela então entrou no carro, dei a volta no mesmo e entrei, dei partida no carro e então partimos.

— Vai dar tudo certo, você está bem agora. _Sorri a olhando pelo retrovisor ela sorrio de volta.

Chegamos na casa de Emília, tentamos abrir a porta mas estava trancada, então empurrei com uma certa força e então ela abriu.

— Ainda não sei se vou acostumar com esses seus dotes. _Ela riu baixo e entrou.

A casa estava toda bagunçada, como no dia anterior, subimos direto para o quarto de Emília, ela então pegou algumas malas e começou a guardar suas roupas, peguei então seus materiais do colégio e o notebook. Por último ela pegou o celular e objetos de uso pessoal, peguei as malas dela deixando apenas uma mochila para trás, fomos caminhando para fora do quarto.

— Só mais uma coisa Miguel. _Emília caminhou até a cozinha e pegou uma faca.

Por alguns segundos pensei que ela iria tentar me esfaquear, mas ela pegou uma caneta e uma agenda em cima da mesa de centro e começou a escrever.

Entre o Céu e o InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora