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Oie seus lindos!

*Votem e comentem bastante para um próximo capítulo.

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  Jade on

  —Mãe, posso ir na frente? —A Jaque pergunta pra minha mãe toda dengosa.

  —Melhor não, vai atrás! —Minha mãe fala firme.

  —Eu não quero ir com a Jade do meu lado! —Ela fala me olhando com nojo.

  Dei o dedo do meio e entrei no carro de vez, espero que o Alex já tenha chegado lá, não vou aguentar ficar sem ele, não gosto de fazer amizade com pessoas, na verdade eu nem gosto de pessoas.

  —São só duas horas de viagem, você aguenta Jaque, eu intendo deve ser difícil ficar perto de uma menina estranha como ela! —Minha mãe fala e a Jaque segura o riso.

  Eu não me importo com as opiniões dos outros sobre mim, o que dói mais é saber que o pessoa que está falando isso é a minha mãe, eu tento ignorar, mas não, não é fácil saber que a sua irmã é melhor em tudo. Talvez teria sido melhor se só ela tivesse nascido, ou de alguma forma eu ter morrido por falta de oxigênio ou algo do tipo, sinto que a minha presença é inútil, eu sou uma pedra no caminho das pessoas.
  Eu minto, eu sempre menti sobre sempre estar com casaco, mal sabe os outros o que as mangas compridas escondem.
  Como diz o ditado "se todos falassem a verdade as ruas estariam cheias de lágrimas", opa calma aí, acho que ouvi esse ditado em PLL!

  —E aí bastardinha! —Minha querida irmã fala aí entrar no carro.

  —Nós somos gêmeas animal, sai do carro vai, sua burrice me incomoda. —falo dando uma empurradinha nela.

  —Sai você idiota! —Ela responde.

  É nesses momentos que eu acabo gostando mais dos animais, a humanidade me dá nojo!

  Peguei a loira oxigenada a qual eu chamava de irmã pelo braço com força, deixaria uma marca vermelha, com a outra mão eu vou com tudo pra dar um tapa naquela cara cheia de maquiagem. Mas infelizmente meu pai segurou meu braço.

  —Menina louca! —Ela grita saindo do carro.

  —Pra mim já chega! —Falei calma e sai do carro com o meu skate na mão.

  —Pra onde você vai? Estamos quase atrasados! —Meu pai fala furioso.

  —Pra Nárnia! —Grito já em cima do skate pegando impulso!

  —Alô, marrentinha? —Alex atende o celular e pergunta.

  —Você já está nesse inferno de escola?

  —Estou arrumando a minha mochila de tintas pra poder voltar! Por quê?

  —Você sabe que eu te amo né!! —Falo falsa.

  —O que vc quer? —Ele pergunta grosso.

  —Vem me buscar aqui na praça, aquela atrás da rua do meu condomínio.

  —Daqui a dez minutos estou ai!!

  Desligo o celular. Esses foram os dez minutos mais longos da minha vida, fiquei pegando as folhas que caiam das árvores e despedaçando cada uma.

  —Finalmente!! —Falei ao ver que ele chegou

  —Vamos logo, se não vamos chegar atrasados!

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  —Pode entrar —Uma voz feminina e cansada pode ser ouvida depois de bater na porta.

  —Bom tarde senhora Smith! —Minha mãe fala sorridente.

  —Boa tarde sonhora... —Ela deixou que a minha mãe continuasse.

  —Claudia, pode me chamar de Cláudia!!

  —Oh sim, senhora Cláudia, recebi o seu recado, estamos felizes em receber as suas filhas em nossa escola.—Ela fala colocando os seus óculos que antes estavam em cima da mesa.—Fale um pouco sobre elas.

  A sala da diretoria se destacava um pouco do resto do colégio, tinha tons mais escuros, sua mesa era grande e cheia de papéis, tudo muito elegante.
Eu e a minha irmã estávamos sentadas em um sofá que ficava no canto de sua sala, eu estava com os pés pra cima apoiados no braço do sofá e a Jaque com a perna cruzada é um sorriso falso.

  —Bom, a Jaqueline é um sonho de filha, estudiosa, obediente um amor, sem contar que faz amizade super fácil. —Minha mãe fala animada.

  —Então come ela —Pensei

  —Agora a Jade é o grande motivo de estarmos aqui, ela é muito encrenqueira, nem se comprar a Jade... —Ela continuou a falar.

  Levantei, fui a mesa da diretora, peguei o papel da minha inscrição que tinha o número do meu quarto, esbarrei no ombro da minha mãe de propósito e sai da sala, sai quase rindo imaginando a cara de vergonha da minha mãe.

  —Ai menina, olha por onde anda embuste! —Falei depois de uma menina loira esbarrar em mim.

  —Olha você! —Ela responde se levantando.

  —Quem foi amor? —Um menino chega falando com ela e ajudando ela levantar.
  Eu reconheci ele, é o Pedro, o menino que quase matei sufocado.

  —Jade! —Ele arregala os olhos.

  —De onde você conhece essa menina? —A loira pergunta ignorando a minha presença.

  —Eu vi ele agarrando uma menina fora do celégio! —Minto, andando em direção ao meu quarto, deixando eles lá.

  —Vai pro inferno menina!!! —Ele grita para que eu possa ouvir.

  —Se eu for pro inferno, vai ser pra roubar o trono do capeta! —Grito de volta.

  O meu quarto é o 203, abria a porta cometendo o maior pecado da minha vida, esqueci de bater. Quando entrei vi uma cena que não pode ser desvista. O que eu acho que é a minha colega de quarto estava gemendo debaixo de um menino!

  —Vadias normalmente trancam a porta! —Falo assustando eles.

  O menino vestiu a sua roupa e saiu correndo, a menina tinha o cabelo todo enrolado e se vestiu muito rápido.

  —Da próxima vez bate!! —Ela fala brava

  —Não vou bater pra entrar no meu quarto! —Falo me tacando na cama que estava livre!

  —Ebaa, finalmente uma colega de quarto, muito prazer meu nome é Eloísa, mas todos me chamam de Elo! —Ela fala estendendo a mão pra me comprimentar.

  —Meu nome é Jade, não gosto de apresentações e não vou durar muito tempo aqui! —Falo me sentando na cama e deixando ela no vácuo.

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  Depois de dormir a tarde inteira, resolvi ir na cantina, tinha um grupo de pessoas sentados na mesa central.
  Era tipo um self service, as coisas ficavam em prateleiras e você pegava o que queria comer.
  Escolhi um Doritos, adoro Doritos.
Fiquei sabendo que aqui tem uma sala de jogos, ela fica perto da pista de skate, esse lugar não é o pior da minha vida.
 
  A sala de jogos é bem colorida e alegre.

Que nojo.

  Tinha uns puffs daqueles que afunda, me deitei em um deles.

  —Você viu o Pedro? —A menina loira  do acidente mais cedo perguntou pra mim.

  —Vou ver se ele está no meu bolso! —Respodi irônica.

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  Continua...

 

|SUICIDA em um INTERNATO|Onde histórias criam vida. Descubra agora