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Oie! Demorei mas saiu!!

OBRIGADA PELAS 900 VISUALIZAÇÕES!! 👏❤🙃

ALEX ON
Acordo, e posso ouvir o barulho dos aparelhos. Sinto uma forte dor é uma dificuldade em abrir os olhos! Percebo a presença de alguem.

-O que aconteceu? -Falei com a voz baixa e sem forças.

-O senhor foi baleado na região da barriga, a cirurgia foi um sucesso e sua recuperação será lenta e longa. -Falou uma enfermeira arrumando o meu soro.

Abro os olhos.

A claridade me incomoda então fico piscando até me acostumar.

-Tem uma visita, é uma menina, olhos azuis! Posso deixa-la entrar? -A enfermeira perguntou me ajudando a sentar.

Jade.

Já que estou melhor vou fazer uma brincadeira com ela.

Tive uma ideia!

A enfermeira tinha em média uns 25 anos, cabelos pretos, lisos e longos! Parecia uma índia.

-Nossa, você é muito bonita -Disse e ela ficou vermelha.

-Obrigada... -Falou toda, toda.

-Ei, te dou vinte pratas se você me fizer um favor! -Falei e ela concordou com a cabeça. E eu comecei a cochichar no ouvido dela.

JADE ON
Estou acabada e com olheiras. Não tenho notícias do Alex a um tempo.

Vejo uma enfermeira caminhar na minha direção e o meu coração gela no mesmo instante.

-Senhorita -Ela falou e eu me levantei -Família do Alex Santos? -Ela perguntou

-Sim, sou! Ele está bem? -Perguntei eufórica.

-Senhorita, eu lamento muito! Fizemos o possível...

Ela continuou a falar mas o meu corpo não ouvia! Eu entrei em choque total.
Isso não pode estar acontecendo! Ontem estava tudo indo bem, e agora isso?

O que o universo tem contra mim?

Com os olhos cheios de lágrimas, saio correndo do hospital! O meu ponto de chegada? Nem eu sei! Só queria sair dali.

No meio da minha correria esbarrei em alguém!

-Puta que pariu -Rosnei baixo

Olhei pra cima e vi um menino, com o rosto bem famíliar! Pedro!!

-O que aconteceu, por que está correndo desse jeito? -Pedro perguntou me ajudando a levantar.

-Não é da tua conta - Falei e limpei as minhas lágrimas com as mãos trêmulas.

-Você não está bem, vem cá! -Ele falou me puxando pra um banco de cimento que faz parte da bela e florida praça!

-Qual é o problema? - Ele perguntou colocando uma mecha do meu cabelo pra trás da orelha.

-Eu ainda estou viva -Sussurrei e juntei os meus joelhos junto ao peito.

-Não fala assim, toda vida tem altos e baixos -Disse ele encarando o nada.

-A minha só tem baixos! -Me levantei e comecei a andar, mas dessa vez devagar e com um destino na cabeça.

A cada passo eu tentava abominar a ideia de suicídio, mas eu não consigo. O Gustavo estava enganado, eu não sou e nunca fui forte. Sou apenas mais uma que a humanidade conseguiu matar!

Respirar não significa estar viva, eu lutei por pessoas que me amavam, mas o universo consegui tira-los de mim.

Chegando na ponte me sentei na beira, tirei o meu casaco e deixei os meus pulsos amostra. E ali eu desabei no choro, deixei o vento levar os meus cabelo pro lado que ele quisesse sem impedir com as mãos.

Eu preciso de um colo. De alguem que chegue, fique, e diga: Estou aqui com você, pode desabafar. Mas os dois anjos que me davam essa possibilidade de fuga desse mundo se foram.

-Pare! Pare de chorar, pare de chorar... -Repetia mentalmente.

Eu não me considerava do mundo, era como se todo dia ele dissesse: Saí, você não é daqui!

É difícil se olhar no espelho todos os dias e se ver como um lixo. Eu me sinto como um nada...

Tudo isso é tão lento. Tão pesado. Tão triste.

O que mais me matou, foi aquela velha sensação de não me sentir importante pra ninguém.

Me levantei, sabendo que dessa vez o Alex não me salvaria. E abri os braços.

Gu, estou chegando...


|SUICIDA em um INTERNATO|Onde histórias criam vida. Descubra agora