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*votem para um próximo capítulo!

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Jade on

Eu fiquei parada, não tive reação, era um beijo calmo, ao mesmo tempo desconfortável, eu não estava me sentindo bem com aquele beijo.

—Por que você fez isso? —Falei empurrando ele e tocando meus lábios.

—Me desculpa. —Ele falou baixo e ajeitando o seu loiro cabelo bagunçado.

Peguei o meu skate que estava apoiado atrás da porta e sai correndo com ele na mão.
O meu melhor amigo me beijou. Estou perdida completamente nesse internato, esse só é o meu primeiro dia. Eu fiz uma "colega", dei uma lição em uma loira/Patrícia e o meu melhor amigo me beijou.

Nesse momento eu só queria ser a Elena e fugir com o meu Damon pra bem longe.

Fui pro refeitório e peguei um pacote de Doritos, sentei na última mesa, isolada de todos.

—Ta bravinha, tá? —Minha irmã vem com o grupinho novo de amigas dela, que inclui a Patrícia.

—Da pra fingir que não me conhece por favor? —Perguntei concentrada no Doritos.

—Eu vim perguntar, o que você achou da minha maquiagem nova, a Pati que fez! —Ela falou animada.

Olhei pra cima, pra visualizar o filhote de demônio que estava na minha frente, sombra azul que sobe até as sobrancelhas, as quais aparentava que tinha passado carvão. Sem contar no batom avermelhado todo borrado.

—Parece que você quer roubar o cargo do Patati Patatá! —Falei com deboche.

—Vai se fuder. —A Jaque falou irritada.

—Parece que a vaca lambeu o seu cabelo! —A Patrícia falou apontando pra mim e o grupinho de putas dela começou a rir.

—Mentira, não me lembro de você ter lambido ele ! —Falei com um sorriso falso no rosto.

∆∆∆

O Alex tentava falar comigo mais eu fugia do assunto, não queria pular no pescoço dele.
Ele não intendi, eu nunca tive a vida perfeita como todos pensam, a Jaque sempre foi a preferida, meu pai nunca foi tão presente, minha mãe me rejeita, sempre fala que seria melhor se só a Jaqueline tivesse nascido.

Quanto tínhamos três anos, no natal, eu pedi um Bob Esponja de pelúcia, a Jaque pediu uma boneca de trezentos reais. Adivinha, ela ganhou a boneca e eu ganhei uma carta de uma das empregadas de casa.

Todos os meus livros de ficção, romance, terror etc... FORAM TODOS JOGADOS FORA por minha mãe, só porque eu ficava mais de cinco horas trancadas no meu quarto lendo.

O que ele e mais ninguém sabe, é do meu envolvimento com gangues.

—Você vai cair e eu vou começar a rir. —Falo ao ver Eloísa em cima do meu skate, estamos na pista.

—Não vou cair não —Ela fala tentando se equilibrar.

Sinto o meu celular vibrando. Tiro ele do meu bolso e não reconheço o número, é desconhecido.

—Que é! —Atendo o celular grossa.

—Como sempre bem simpática né Jadinha? —Ouço uma voz masculina, a única pessoa que me chama de Jadinha é... Não pode ser.

—Fernando? —Pergunto assustada.

—Bim bim bim, acertou —Falou com deboche. —Volta pra nossa família, estamos com saudades. —Falou.

"Família", não acredito que ele se referiu a gangue que o Gustavo fundou como "família".

Flashback on

—Que nome estranho! —Falo rindo.

—Eu gostei, teremos a nossa gangue, que vai se chamar The greens. —Falou se jogando na minha cama.

—Isso me lembra muito Gta! —Falo me deitando ao lado dele.

—Vamos na nossa rua, o resto do pessoal está lá. —Falou se sentando na cama. —Quero te apresentar a eles. —Continuou.

—Mas aquela rua também são dos Reds, pelo o que eu sei essa é a nossa gangue inimiga! —Falei me sentando e encarando ele.

—Eu te protejo, não vou deixar eles te fazerem mal! —Falou e me abraçou.

Ele é o meu amor, o irmão que eu nunca tive, eu me sinto segura com ele, minha vontade de morrer diminui.

∆∆∆

—Gente, essa é a Jade, a nova integrante da nossa gangue, agora ela faz parte da nossa família. —Gustavo falou animado.

Eu conheci o Gu com quatro anos, ele sempre me ajudou com os problemas de casa, ele me intendia.

Todos me deram as boas vindas, um menino não tirava os olhos de mim.

—Oie, eu sou o Alex. —Falou se aproximando.

—Oi —Falei sem importância.

—Aiii!! —Alguém bate na minha bunda.

—Meu nome é Fernando. —O menino atrevido falou.

—Você não tem amor a vida? —Perguntei nervosa.

Flashback off

—Eu não vou voltar a gangue que você roubou do Gustavo, seu assassino! —Sussurrei e desliguei.

—Você está bem? —Eloisa pergunta.

—Por enquanto sim! —Falei trincando o maxilar.

Eu só queria o Gustavo agora pra me abraçar, eu nunca precisei da proteção dele. "Você é o meu Hulk"
Ele sempre me falava isso, ele sempre me falava que a minha força poderia mover um caminhão.

Mas sem ele por perto eu me sinto tão frágil quanto uma formiga.

Continua...

|SUICIDA em um INTERNATO|Onde histórias criam vida. Descubra agora