JADE ON
Eu sabia que iria morrer, já tinha aceitado isso.
Eu sentia mais dor a cada dia, mas não contava a o Azrael.
Já se passou uma semana desde que saí do hospital, talvez essa tenha sido o semana mais feliz da minha vida.
Eu e Azrael fomos no parque de diversões e foi maravilhoso ouvir ele gritando quando íamos na montanha russa.
Eu até roubei o algodão doce de uma criança, mas depois do Azrael insistir eu devolvi.
-Eu não vou -Falei me sentando.
-Vai sim, você me arrastou pra esse lugar. Se eu for pular você também vai -Falou Azrael me fazendo ficar em pé.
Sim, eu convenci Azrael que não poderia morrer sem pular de paraquedas. E cá estamos nós...
-Eu não vou mais, eu tenho câncer -Falei fazendo drama.
-Jade com medo? -Azrael perguntou com deboche.
-Eu não tenho medo de nada -Falei.
-Prove -Me entregou o equipamento.
-Nunca me desafie -Falei colocando o equipamento.
-Ta bom senhorita sem medo -Debochou.
-Vem me falar que você não tem medo de nada
Entrei no helicóptero.
-Eu já fui até o inferno Jade, é meio difícil ter medo de alguma coisa quando você já se viu o demônio -Disse com um olhar sombrio.
Fiquei em silêncio.
-Eu ainda tenho tantas perguntas -Falei com brilho nos olhos.
Ele entrou no Helicóptero e apertou a minha mão.
Meu celular começou a tocar, era o Alex. Eu atendi já esperando as broncas, ele já sabia do meu câncer.
-Ta tudo bem? —Azrael pergunta.
Assenti.
-Voces já receberam as instruções, quando for pra pular eu faço um sinal e pula um de cada vez —O instrutor falou e concordamos com a cabeça.
O helicóptero começou a subir, e eu comecei a suar frio.
-Se você ter um treco do meu lado, eu te dou uns tapas —Azrael brinca.
Reviro os olhos.
-Ok, quem vai primeiro? —O instrutor pergunta.
Eu apontei pro Azrael, e ele apontou pra mim ao mesmo tempo.
-Eu não vou primeiro —Ele se defendeu.
Solto um suspiro.
-Eu vou —Reviro os olhos com a idéia.
Me levantei e fui até a beira do helicóptero que entrava um vento muito forte bagunçando o meu cabelo.
Tomei coragem e pulei.
Me senti como se estivesse em cima do meu skate, era uma sensação de adrenalina misturada com nostalgia. Eu me senti como se finalmente os meus problemas tivessem sumido.
Ativei o paraquedas, uma pressão estranha me levou pra cima, fiquei boiando sobre o ar, pudia ouvir os gritos do Azrael e anotei na minha cabeça para não me esquecer de zuar ele quando chegarmos no chão.
-Uhul —Gritei quando meu pé entrou em contado com o gramado.
O outro instrutor me ajudou a tirar o equipamento.
Olhei pro céu procurando o meu anjo. E comecei a rir quando vi ele com a boca aberta gritando, quando ele estava quase chegando no chão ele começou a balançar as pernas, perdendo o equilíbrio.
Por consequência disso, quando ele encostou no chão, não conseguiu correr e veio sendo trazido pelo paraquedas arrastando a cara no chão.O instrutor correu para ajuda-lo e quando eu só ria.
-Para sua palhaça —Gritou -Eu comi grama —Falou me fazendo rir mais.
Me joguei no chão ao seu lado, já sem fôlego.
-Deixa eu limpar seu rosto —Me aproximei o encarando.
Passei a minha mão pelo o rosto de Azrael de forma delicada tirando a grama, o seu rosto perfeito de maxilar marcado e olhos pretos, me fez pensar. Eu amo o Azrael, como irmão.
Ele é como o meu irmão mais velho. Não sinto atração sexual por ele, eu o amo como eu amava o Gustavo.
-Jade —Me chamou já de pé -Vem, eu te ajudo —Me estendeu a mão me ajudando a levantar.
Abri um sorriso em agradecimento.
-Vem, tenho uma surpresa —Me puxou.
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|SUICIDA em um INTERNATO|
Teen Fiction"As vezes paro e penso: Por que não me matei ainda?" Uma menina que se tortura com os próprios pensamentos, que sente medo de ser feliz. Os seus pais rejeitaram a sua existência de uma forma tão cruel. O seu melhor amigo foi assassinado...