MASK OF MADNESS [1º Versão do livro, sem revisão.]

• CAPÍTULO SEGUNDO.

• Narrado pelo Assassino •

Uma casa de estripes dessa é um lugar bom para arejar a mente, tomar alguns drinks e evitar cometer outra insanidade daquelas. Depois que encontrei aquela máscara minha vida virou um inferno e não consigo me controlar quando ela assume o controle.

—     Mais um drink senhor?

—     Sim, por favor.

—     Desculpe a indelicadeza, mas adorei a cor dos seus olhos.

Lá vem mais uma, essas mulheres se deixam cair facilmente para apenas um rosto bonito. Não vou dar importância, só um sorriso indelicado deve bastar para que ela me ignore e vá embora.

—     Obrigado, mas têm um segredo obscuro neles.

—     Segredo? Interessante... gosto de segredos. Se você esperar o expediente acabar posso ficar tentada a descobrir qual segredo seria esse.

Merda, o que foi isso que eu acabei de dizer? Será que já não me controlo mais? Apesar que colocá-la amarrada pelas mãos em um gancho daqueles de matadouro enquanto a "acaricio" e escuto seus gritos de agonia seria muito excitante, seria excepcional. PORRA! Que pensamentos são esses?

—     E eu esperarei de bom grado, enquanto tomo mais alguns drinks.

—     Tudo bem, só não exagere para poder guardar um pouco da sua lucidez para mim.

—     Lucidez? O verdadeiro prazer vem quando estamos no ápice da loucura.

—     Com certeza meu bem. Muito prazer, me chamo Angélica.

—     O prazer será todo meu.

Agora é a hora de ir embora, ela se afastou de mim, mas que droga de nome é esse? Angélica? E porque eu ainda estou aqui? Já me decidir a ir embora, mas não consigo sair do lugar. Merda, merda, merda, de novo não!

Este lugar é belo, tem um cheiro agradável e bem diferente dos outros lugares. Esse espelho me refletindo é o que me incomoda, meu reflexo sempre mostra meu verdadeiro rosto e será que as demais pessoas vêm isso ou enxergam o disfarce? Acho que não, caso contrário eles já teriam gritado ao me olhar. Que porcaria é essa máscara?!

Não entendo o porquê dessa vontade incontrolável de saciar esse desejo imoral! Será que minha vida vai ser resumida a isso? Brigar com essa porcaria, matar qualquer um para me encontrar com ela novamente? No começo foi uma necessidade, mas agora nem consigo mais lidar com isso e estou perdendo o controle, será que me viciei?

Tenho que me conter, me controlar! Tenho que sair daqui e deixar essa garota viver! É uma pena se acontecesse algo de ruim com ela. Ruim? Mas desenhar em seu corpo com uma lâmina seria uma benção! Ela é tão linda e seu rosto pendurado seria uma ótima vista!

—     Vamos?

—     Você esperou mesmo!

—     Claro, ou você acha que eu deixaria um convite desses escapar?

—     Nossa, você é tão forte, bonito e sabe muito bem como tratar uma mulher.

—     Você ainda não viu nada. Não imagina o que lhe espera.

—     Adoro suspense, espero que você seja bom acariciando uma mulher assim como é bom falando.

—     Você irá descobrir em breve, entre no carro.

Outra vez isso acontecendo, meu corpo age por conta própria, será que estou possuído? Mas que droga! Apesar que quero muito fazer isso com ela...