• CAPITULO SEXTO.

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"Os seus medos são os meus desejos."

Após a reunião acabar, Maya volta para seu apartamento para poder pensar com mais clareza sobre seus rascunhos. A turbulência dos escritórios são uma fadiga para sua concentração. Como ela ficou encarregada de voltar ao lugar do crime, ou seja, a boate novamente, ela precisa reorganizar seus pensamentos, pois foi naquele lugar que ela quase foi morta.

• Narrado por Maya •

Caramba, esse Eduard me mandou voltar para aquele lugar. Que saco! Ele não levou em consideração como fui assediada ali, aquela humilhação... e se aquele sujeito ainda estiver trabalhando lá? Sinceramente, sou uma Agente do FBI, porque o receio? Vou voltar lá e enfrentar o medo, vou levá-lo preso, por assedio e tentativa de estupro. Pensando bem, Eduard é muito sacana, ele fez isso só para que eu enfrente meus medos ou só para ele achar aqueles corpos e ficar com toda a glória? Talvez...

Já revirei esses papeis, anotações que fiz a respeito de tudo que ocorreu ao meu redor. É cada coisa fora de lugar, que parecem que foram coladas lá de propósito! Aqueles números ordenados no céu da boca de cada vítima, é uma afronta a inteligência da polícia. Esse assassino quer mesmo brincar conosco, ele realmente sabe exatamente o que está fazendo, detalhe por detalhe. Eu, particularmente, invejo a sua sagacidade.

Meu celular vibra com o chegar de uma mensagem. Não gosto de deixa-lo com som, prefiro o silêncio ao ficar ouvindo o "tagarelar" de cada chamada.

"Boa tarde. Gostaria de outro café?"

Por essa eu não esperava. Aquele bonitão querendo me ver novamente? Até que seria uma boa ideia vê-lo novamente, pois fiquei realmente curiosa com aquele sumiço dele. Aquele ar misterioso, e lógico tentar agradecer por me tirar daquela enrascada.

"Olha, o sumido apareceu. Como fez aquele truque de mágica? Tinha algum alçapão debaixo daquela cadeira?"

Eu as vezes pareço uma idiota quando se trata de homens, não sei me comportar e nem o que dizer.

"Você além de linda, tem um ótimo senso de humor, pena que meu habitat não me permita sorrir espontaneamente."

Uau! Esse sabe como mexer comigo, será que ele já me conhecia? Sério, tenho que revê-lo! Ah, mas antes tenho trabalho a fazer naquela boate.

"Hum. Bem que eu gostaria de "sair" com o meu cavaleiro de armadura reluzente, mas tenho trabalho a cumprir."

"Certo, te vejo na boate."

"Como é?"

Sem resposta, agora esse sujeito está começando a me assustar! Já não me basta estar desconfiada de tudo ao meu redor, agora tem um louco me vigiando! Mas, até agora ele só me fez bem, talvez não seja nada demais, talvez seja apenas minha paranoia...

A noite chega e estou pronta para agir, agir entre aspas, porque não sei o certo a minha reação ao encontrar esse cara lá, e ainda por cima aquele garçom desgraçado. Estou indo para prendê-lo, ou será que é o impulso pelo desconhecido, misterioso e enigmático "admirador psicopata"?Me arrumo com um vestido preto, nada chamativo, coloco minha calibre 22 camuflada na minha coxa, e o supressor na bolsa. Cabelos soltos e um óculos sem grau, para completar o disfarce. Vou levar comigo alguns homens para ficarem de tocaia pelo lado de fora, caso haja algo suspeito ou alguém tente escapar, ou vai que dê algo errado...

MASK OF MADNESS [1º Versão do livro, sem revisão.]Onde histórias criam vida. Descubra agora