• CAPÍTULO QUINTO.

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"Somos os nossos próprios pensamentos, o que há no exterior é apenas ilusão."

Os médicos dizem que o quadro de saúde de Maicon é estável e que logo ele poderá ir para casa, mas precisará de cuidados psicológicos.

Eduard fica intrigado com tudo o que aconteceu com Maicon, pois ele apenas falou aquelas coisas sem sentido e apagou novamente. Ele fica imaginando o que teria acontecido com o seu companheiro de trabalho.

─ Preciso ir ao escritório, hoje é a reunião para analisarmos os resultados da ultima operação, mas antes tenho que encontrar algum amigo ou parente de Maicon para ficar aqui com ele.

Eduard liga para o recursos humanos e pede que encontrem alguém ligado a Maicon para que ele possa entrar em contato e avisar o que está acontecendo.

─ Senhor, tem o número de uma tal de Jennifer. Na ficha dele diz que é sua irmã.

─ Me passe o número, preciso falar com ela.

Eduard faz o contato com a irmã de Maicon e a comunica sobre o acontecido, eles combinam de se encontrar no hospital ao qual ele está sendo atendido.

─ Prazer, sou a Jennifer.

A irmã de Maicon é uma fotógrafa que está se formando em advocacia, ela é jovem e tem um aspecto rebelde e sedutor.

─ O prazer é meu, sou o Detetive Finger mas pode me chamar de Eduard.

─ Onde está o meu irmão? E como ele está?

─ Ele já foi atendido e está descansando.

─ Que bom, mas o que houve com ele?

─ Eu o encontrei em um parque caído próximo a uma árvore, ele estava totalmente acabado e sujo como se estivesse vivendo nas ruas por meses.

Eduard percebe que a moça não emite nenhuma reação ao escutar as suas palavras, sua expressão é normal como se o que ele acabou de dizer fosse algo comum acontecendo com Maicon.

─ Ele disse algo?

─ Disse, mas não me recordo. Vou deixá-lo com você, pois preciso voltar ao trabalho.

─ Tudo bem eu entendo e obrigada por tudo.

Depois da conversa, Eduard segue para o escritório um pouco atrasado para a reunião.

─ Bom dia, desculpem o atraso.

─ Senhor, onde está o Maicon? Pergunta um dos agentes.

─ Ele está hospitalizado, e ficará afastado das investigações por um tempo. Então, o que temos?

Maya começa contando sobre os números encontrados nas bocas das vítimas e fala sobre sua teoria de que ainda falta mais corpos a serem encontrados. Esta informação deixa todo o grupo estarrecido e preocupados, pois percebem a grandeza da situação e de como o assassino é cauteloso e perspicaz.

─ Ele está sempre a um passo a nossa frente. É o que diz Eduard olhando seriamente para Maya.

─ Exatamente. Mas agora temos algo mais concreto do que apenas cenas de quadros de mau gosto.

─ Concordo, temos como caça-lo agora. Ontem eu fui na boate onde a última vítima, Angélica, trabalhava e ninguém o tinha visto por lá e o mais estranho foi quando fui atacada pelo garçom ninfomaníaco, ele disse algo sobre esse assassino...

─ O que ele falou? Pergunta Eduard com um ar apreensivo.

─ Ele deixou a entender que conhecia o assassino ou pelo menos já o tinha visto, mas estava morrendo de medo. Eduard... Como você me encontrou? Eu estava desmaiada pela pancada que levei, mas quando acordei vi somente você no lugar.

MASK OF MADNESS [1º Versão do livro, sem revisão.]Onde histórias criam vida. Descubra agora