• CAPÍTULO DÉCIMO.

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"A vida é algo tão pequeno comparado ao prazer de matar."

• Narrado por Maya•

Me deparo em uma rua sem iluminação descente, um beco esquisito com aquele ar sufocante de terror e eu estou andando completamente perdida sem saber o porquê de estar ali. 

─ Eu bati a cabeça e acordei no meio do nada?

Engraçado que não me recordo absolutamente de porcaria nenhuma, pelo menos estou vestida e sem ferimentos. O ar é bem pesado, e realmente estou ficando assustada enquanto me arrasto pelo beco escuro.

Sinceramente não entendo o porque continuo a andar por aqui, sendo que não faço a mínima ideia de onde estou e o medo está me dominando completamente. Me assusto quando um gato pula de um muro para um monte de lixo espalhado próximo a parede. Odeio gatos, além de serem preguiçosos eles sempre me assustam com aqueles olhares de "um dia eu te mato humano desprezível!".

Fico imaginando aonde esse maldito beco vai dar, se irei encontrar alguém, espero que não e também que sim, porém que não seja o desgraçado daquele assassino, e que diabos essa cidade está assim completamente deserta. Ao caminhar por mais alguns minutos vejo a frente uma silhueta de um sujeito, ele está em pé a minha frente. Percebo que em uma das mãos ele segura algo familiar a uma máscara e na outra tem uma coisa se mexendo, aperto mais os olhos e olho uma cobra se enroscando. Caramba uma cobra! Não consigo ver seu rosto, apenas um brilho avermelhado que sai de um de seus olhos. Ele vestia preto numa roupa bem social e charmosa.

Ele continua parado lá me encarando, eu me aproximo sem entender o porque. Meus pés tem vida própria? Não entendo, meu cérebro e coração dizem para mim dar meia volta pois estou quase me mijando de tanto pavor. Eu paro bem próximo a ele, e minha respiração começa a ficar pesada e me sinto cansada como se tivesse corrido uma maratona para chegar até aqui. Meu Deus, me ajude! Ele coloca o objeto, a máscara, em seu rosto, sorrir para mim e começa a andar em minha direção. Tento me virar e correr, gritar, entrar em desespero mas nada acontece, estou completamente paralisada olhando para o meu possível assassino.

Ele fica bem próximo a mim, sua respiração leve e calma e uma presença inquietante. Ele abaixa o rosto revelando um sorriso sinistro que me arrepia de ponta a ponta, se aproximando de meus ouvidos ele sussurra:

─ Maya, eu quero possuí-la. Viva ou morta.

Nesse instante eu dou um pulo da cama completamente em pânico, olhando ao redor percebendo que estou no meu quarto e estava tendo um sonho... e que SONHO era aquele? Eu olho para mim, para minhas mãos trêmulas de medo e noto que estou com os seios a mostra e sem calcinha, me toco percebendo que tenho um corte próximo onde fica a parte mais fina da calcinha, e ela está no chão também cortada. A porta do meu quarto está aberta e as luzes ligadas, sendo que eu dormir com elas desligadas e de vestido.

Com certeza alguém entrou aqui e fez isso comigo, eu não sou sonâmbula. Me visto e vou correndo verificar as portas e janelas do apartamento, está tudo trancado conforme deixei. Mas sinto uma pequena diferença na porta de entrada, o trinco está folgado... solto. Como se alguém tivesse desparafusado-o. Vou solicitar as câmeras e ver quem foi o engraçadinho. Mas aquele sonho... será que tem algo a ver com o que acabou de acontecer? Estou completamente preocupada, eu poderia ter sido estrupada!

Vou tomar um banho e esfriar a cabeça, tentar me acalmar e tomar um ótimo café da manhã. Me enrolo na toalha e me vejo no espelho, uma cara cansada e meus cabelos vermelhos todos desgranhados, sujos de um dia puxado de trabalho. Fico despida, sendo que eu já estava quase assim, e entro no chuveiro. A água quente derrama em meu corpo e me sinto aliviada, é como se o estresse e o medo fossem embora e uma calmaria me dominasse.

Escuto um barulho de algo quebrando na cozinha, saio correndo do banho pego minha arma no quarto e vou verificar. Chegando lá, percebo que a janela está quebrada por uma pedra jogada lá de fora e nela tem um papel envolto com uma frase escrita com a letra trêmula: "Maya, eu quero possuí-la. Viva ou morta.".

Meu coração dispara, meu corpo entra numa adrenalina inimaginável. Penso em possíveis situações ais quais eu poderia morrer ou até mesmo... pegá-lo! Isso! Vou pegar esse filho de uma puta, se ele acha que conseguirá me tirar do sério com esses joguinhos. Uma onda de coragem me consome e dou uns passos a frente, olho a janela e não vejo ninguém suspeito...porém percebo uma pessoa em pé parado entre outras muitas andando e me encarando lá debaixo, não consigo ver direito pois está longe e passa alguém na sua frente e ele desaparece completamente.

É incrível como as coisas estão acontecendo, uma atrás das outras e ao que parece tudo ligado. Não sei se entro em desespero ou maravilhada por isso. Uma cantada bem maníaca e uma ameaça de morte bem insana, sinceramente estou com os sentimentos e sensações a flor da pele. 

O celular toca, aquele som que emite quando recebo mensagem de texto, e pra falar a verdade nem quero saber quem é.

"Olá! Acho que te devo um café."

Ai que alívio, é ele. Meu coração quase saiu pela boca. Acho que vou responder e bater um papo, ontem e hoje foram dias difíceis demais para mim... apesar que o dia de hoje ainda não acabou, vou aproveitar o restante que me sobra.

"Bom dia! Sim, podíamos tomar agora."

"Seria ótimo, termina de se vestir e me encontra aqui fora."

Como assim "termina de se vestir e me encontra aqui fora"? Esse cara... é ele! Ele é o meu perseguidor! Espera um pouco... pensa bem Maya, esse sujeito falando isso... poderia ser o cara que acabou de fazer essas coisas comigo ou poderia ser aquele carinha que me salvou e tomou um café comigo, ou poderia ser exatamente o serial killer. Ou alguém fingindo ser um maníaco, ou algum tipo de psicopata que realmente não sabe dar em cima de uma mulher de um jeito mais sutil. É, vamos ver no que vai dar. Vou preparada para o que der e vier.

"Claro. Desço em um minuto."

"Achei que ficaria surpresa por eu saber onde você mora e como estar vestida."

"Eu até ficaria, mas acordei com o pé direito e isso não me abalaria pois quero tirar um assunto a limpo."

"Ótimo, iremos nos divertir."

Pra que ele foi dizer isso? Agora pedir toda a coragem que tinha. Merda! Vou me vestir e tentar alguma coisa diferente, sei lá, estou confusa, não sei o que fazer e nem como agir. Preciso de ajuda, mas não tem ninguém para me ajudar agora nisso, vamos Maya você consegue!

"Eu espero."

...

• Narrado por Eduard •

Depois que eu vi o cara lá em cima segurando uma pá e a mulher arremessada escadaria abaixo me vestir rapidamente, apesar que realmente eu queria ir até o fim com a transa. Jenni é extraordinariamente uma garota demais, me fez perder a cabeça muito rápido.

Jenni desce para onde a moça estar e eu subo em direção ao homem com a pá, ele continua lá em cima olhando vidradamente para baixo. Enquanto subo as escadas, correndo, fico imaginando o porque da Jenni ter gritado o nome de Maicon, sendo que o cara não parece em nada com ele. Esses irmãos são completamente estranhos e há algo que eles me escondem.

Me aproximo dele e percebo que sua face está congelada, e ele não respira. Está parecendo um fantoche ou uma marionete. Quando o toco, ele despenca escadas abaixo indo de encontro a quem estar lá em baixo, nesse instante eu percebo o que acabou de acontecer e grito:

─ Jennifer!!!

~ ~ †

Olá! Como vão? Eu fico ansioso quando publico um capítulo, fico curioso demais para saber as opiniões daqueles que lê. Espero que estejam gostando, e deixem um comentário com uma crítica por favor.

Mudei a capa novamente, acho que essa combinada mais com o livro, e já sabem quem é o assassino?

Abraços e até a próxima!

~ M.C.

MASK OF MADNESS [1º Versão do livro, sem revisão.]Onde histórias criam vida. Descubra agora