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× STAY ALIVE ×
“A seringa”

...

— Onde você estava antes de tudo acontecer?

Cruzei as pernas e apoiei minhas mãos cutelosamente sobre a mesa extendida entre mim e Lee Hye. Estavamos dentro de um galpão abandonado e estranhamente afastado do acampamento. Totalmente dependentes da fraca iluminação.

— Em casa, dormindo. — Murmurei.

— E onde estava a sua família?

Emiti um grunhido baixo de desaprovação. Não gosto de pensar no que poderia ter acontecido com a minha família, porém, Lee Hye me faria questão de relembrar cada detalhe daquela noite embaraçosa. Eles estão bem Lalisa, eles ainda estão vivos.

— Não sei.— Respondi cabisbaixa, era doloroso demais ressoar essas memórias dolorosas.

— E você — Apontou, e me encolhi na cadeira.— Foi mordida?

— Não...

— Jay, verifique-a!— Exigiu.

Um homem que eu sequer havia reparado, estava parado atrás de nós caminhando até mim com um instrumento em mãos. Seus olhos vivos demonstravam inteligência, confiança, determinação e algo mais, algo sombrio, algo... maligno. Algo que me fez tremer da cabeça aos pés.

Verificar?

— Sim, não fique acoada. Não iremos fazer mal algum.

— Mas eu disse que não fui mordida!

— Todos dizem isso minha querida.— Minha expressão se contraiu. Lee Hye se levanta de seu posto atual.— Fique calma, é apenas uma verificação.

O homem tirou algo de seu bolso, agarrando o meu braço em seguida com certa força que me fez gemer de dor.

— EU DISSE QUE NÃO PRECISO!— Eu não sabia porque estava gritando com Lee Hye. Ela só queria ajudar, mas eu estava assustada.

Ela se aproxima tocando delicadamente o meu rosto, acariciando minha bochecha com o polegar.

— Vai ficar tudo bem, eu prometo.— Em seguida Saiu.

Fiquei desesperada quando o homem voltou sua atenção para mim. Estava claro que não ficaria tudo bem.

— Quieta.— Pigarreou, e inutilmente me remexi sorrateira sobre a cadeira de metal.

Ele amarrou meus pulsos. Percorreu um objeto de metal por toda extenção do meu tronco, meus braços, ombros, cintura, e deslizou até minhas pernas nuas. Estava com medo, aquilo me causava arrepios e um desconforto amedrontador. Suas mãos grandes apertaram com força meu joelho retirando o objeto da minha pele.

— Parece que alguém foi arranhada.— Ele soltou meus pulsos e retirou um frasco azul de seu traje branco.

Ele segurou uma seringa e sugou o líquido do frasco azul. Imediatamente me afastei, tremeluzindo meu corpo.

— Qualquer toque, seja unha, saliva tosse, ou mordida que expõe seu sangue. Você está totalmente vuneravel a passagem do Cordyceps.— Suspirou.— Precisa disto se quiser se proteger.

— Eu tenho certeza que não preciso disso.

— Você quer morrer?— Seu tom se tornou exalto convicto de sua própria fisionomia maligna, suspirei pesadamente.

— Se eu não injetar isso — Pausei — quer dizer que eu vou me tornar…

— Não. — Interropeu.— As glândulas que protegem seu corpo de qualquer invasão, são capazes de explusar o vírus, pelo menos boa parte dela. Entretanto, você ainda tem um ferimento aberto.

— É só um arranhão!— Bufei.

— Garota você é burra, ou finge ser?— Arquejou — Sabe o poder que tem essa vacina?

— Quem me garante isso?

O homem aperta minha coxa com uma corda limitando a circulação do meu sangue.

— Eu garanto isso, idiota.

E por fim senti a aguçada agulha afundar na minha pele. Tentei gritar mas nenhum som saiu da minha boca, minha mente rodopiava, tonta. Tive a sensação de que ia desmaiar. Não pude mais resistir. E novamente senti meu corpo cair... cair... e cair...

☆☆☆

Desculpem a demora :v

🌌Pergunta: Onde você se esconderia em um apocalipse zumbi?

❝Stay Alive❞ + jjk  HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora