Mr. Induce

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Y O O N G I


O quarto branco estavam​ mal iluminado, a cama estava bem no centro, debaixo da única janela do cômodo. Por onde a luz da lua entrava, iluminando a única outra alma viva presente naquele quarto entre os lençóis de seda negros que se moviam como as ondas do mar à noite quando o corpo se movia enquanto seus sonhos tomavam seu subconsciente. E como eu queria ser parte de seus sonhos.

Me aproximei devagar, sem fazer nenhum ruído que pudesse atrapalhar seu sossego. De perto pude ver melhor seu rosto enquanto dormia. Seu corpo. Sua pele cor de oliva. O formato de seus lábios. Seu nariz. Como partes de seu corpo ganhavam mais destaques que outros na pouca luz. E ainda entre todas as sombras você consegue brilhar Taehyung.

Cheguei mais perto de onde ele dormia placidamente. Me agachei, apoiando um joelho no chão e me arrisquei a beijá-lo. Sentindo a textura e o gosto de seu labios por um breve segundo antes de me afastar.

— Hyung — Ele falou abrindo os olhos lentamente, me encarando com tranquilidade.

E foi quando acordei com o solavanco que o carro deu. Por conta da festa de Jin, acabei dormindo pouco e o fato de ter sonhado com Taehyung, num cochilo de nem vinte minutos, sonhado com algo que não tive coragem de fazer na noite passada só aumentava minha inquietação

Namjoon parou o carro na entrada do restaurante e saiu para abrir a minha porta. Soltei um suspiro ao sair, ajeitando o nó da gravata antes de abotoar o blazer e entrar no restaurante. Joohyun já me aguardava, e levava uma taça de bebida aos lábios como se comemorasse algo, mesmo que ainda fosse horário de almoço.

Me aproximei notando o sorriso falso que ela direcionava a mim no caminho, puxei a cadeira e desabotoei mais uma vez o blazer antes de me sentar.

— Já fez os pedidos?

— Não, estava te esperando.

— E porque o Möet & Chandon?

— Meu bel-prazer

— Um capricho, então. — Um garçom se aproximou, ele era bonito, não tinha o que reclamar e uma pequena tarja com o nome Taemin escrito nele o identificando entre os demais empregados, ele anotou o pedido, dando um sorriso para tentar ser simpático e se retirou — Para quê me chamou? — Decidi ir direto ao assunto.

— Antes de mais nada, quero sua opinião para as flores que usaremos na cerimônia. — Ela falou e ei revirei os olhos, um hábito que aparentemente eu tinha com ela.

— Brancas.

— Brancas?

— Eu gosto de branco. Se não quer minha opinião não faça essa cara quando ouvi-la — Faleo revirando os olhos pela segunda vez em menos de meia hora para a expressão de desgosto no rosto de Bae que rapidamente se recompôs, provavelmente com medo de alguém tirar alguma foto dela daquele jeito

— Que sejam brancas então, nos casaremos na primavera. Já agendei o salão e o mestre de cerimônias. Minha assistente vai mandar para aquele seu empregado até o fim do dia.

— E o que mais?

— Tem certeza que quer conversar agora? Pode perder a vontade de comer se eu lhe falar agora, e sabe, é importante comer e não perder as energias, ainda mais você que tem uma empresa a dirigir.

— Se você se importasse tanto, falaria de uma vez. Melhor do que ficar olhando para sua cara sem ter qualquer motivo.

— Eu sou bonita, quer mais motivo?

Mr. WORK [BTS]Onde histórias criam vida. Descubra agora