Mr. Pain

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— Você não pode estar realmente pensando em ir lá sozinho. É muito perigoso!

— Se eu não for sozinho podem fazer algo com Jungkook e eu não posso permitir que algo aconteça a ele — Taehyung falou para Namjoon enquando colocava uma jaqueta de couro preta por cima de sua camisa de gola alta. 

— Me deixa pelo menos dirigir o carro para você!

— Não! Ele pode estar me observando, não posso arriscar Namjoon, mas agradeço que queira me ajudar... ou isso quer dizer que você finalmente quer transar comigo?

— Jura que até em uma situação dessas você pensa em sexo?

— Sempre.

— Você não acha estranho que o sequestrador não tenha pedido dinheiro do resgate? Já pensou que ele percebeu que o Jungkook não vale nada e vai se aproveitar da sua ingenuidade de ir lá sozinho e te sequestrar porque você sim vale alguma coisa?

— Ok! Agora você me deixou preocupado. Eu deixo você ir comigo, venha num outro carro e fique um pouco longe, não deixe ninguém te ver, não quero nenhum risco desnecessário.

[...]

Ponte Gayang, 1:55 da manhã

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Ponte Gayang, 1:55 da manhã

O lugar onde usualmente pessoas usam para andar de bicicleta ou fazer corridas, naquele momento estava deserto. Estaria um total breu se não fosse pelas luzes que iluminavam os arcos da ponte. 

Taehyung não sabia o que fazer. Não tinha como ligar para o sequestrador e nem sabia onde o Namjoon estava, mas esperava que seu motorista tivesse uma boa visão para o caso de precisar iniciar uma perseguição. 

Olhando o relógio, Taehyung viu que faltavam apenas cinco minutos e isso apenas o deixou mais nervoso já que ele não sabia como iria ocorrer. Se Jungkook iria aparecer andando e bem, se do nada apareceria um carro e jogaria Jungkook como se fosse um saco de batatas, ou se, como Namjoon falou, ao invés de libertar Jungkook, iriam lhe sequestrar por sua ingenuidade.

Quando o relógio marcou duas horas, Taehyung começou a ouvir o som de alguém andando. Ele olhou para o lado, na direção do som e viu uma pessoa andando de forma estranha, arrastando a perna direita. Inicialmente, Taehyung não conseguiu reconhecer quem era, mas logo que a luz da ponte iluminou o corpo ele pôde reconhecer Jungkook. Min começou a andar na direção do garoto. Ele andava pois ainda estava desacreditado que Jungkook realmente estava ali, e andando em sua direção depois de todos aqueles meses em que esteve desaparecido. 

O som do rugido de um motor fez Taehyung parar de andar na direção de Jungkook que também havia parado de andar. O guinado que o carro fez ao cantar pneus soou alto e logo os faróis iluminaram a Jungkook.

 O guinado que o carro fez ao cantar pneus soou alto e logo os faróis iluminaram a Jungkook

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Tudo aconteceu rapido demais.

Num instante Jungkook estava ali, e no outro ele não estava mais. Seu corpo se ergueu, seus pés saíram do chão e ele rolou por cima do carro que não parou de acelerar em nenhum momento, nem mesmo quando passou por Taehyung, sem acertá-lo. 

Aquele havia sido o ultimo ato do sequestrador, ele não queria o dinheiro de Taehyung, ele queria arruiná-lo. 

Taehyung correu até onde estava Jungkook. Seu corpo inerte no chão. Os membros em direções estranhas, fraturados. Não havia sangue no chão, mas isso não significava que não havia uma hemorragia interna. Lágrimas se formavam nos olhos de Taehyung, ele queria abraçar a Jeon e não soltar mais, mas sabia que não podia, pois Jeon precisava de ajuda e nenhum abraço serviria de ajuda num momento como aquele. 

— NAMJOON! UMA AMBULANCIA! RÁPIDO!

[...]

Logo que a ambulancia chegou na cena do crime, ela transportou Jungkook o mais rapido para a emergencia do hospital mais próximo, e ao chegar ele entrou direto para o centro cirurgico, onde passou por dez horas de procedimento.

— O acidente foi grave, mas vocês conseguiram trazer ele a tempo. Mais um pouco e talvez não conseguíssemos salvá-lo. Ele teve muitos ossos quebrados e hemorragia interna. Uma das costelas perfurou o pulmão o que só deixou o quadro dele mais grave. Conseguimos deixar o paciente estável, mas para isso tivemos de induzí-lo ao coma — As palavras do medico entraram por um ouvido e saíram por outro. Taehyung não entendi uma unica coisa que ele dizia, ele só queria ver a Jungkook e ter certeza que ele estava bem, mas ele não esperava ver ao garoto daquele jeito quando o médico lhe deu a liberação para ver ao paciente. Jungkook estava deitado num leito. Suas pernas engessadas. Um tubo havia sido enfiado em sua garganta para haver a ventilação em seu pulmão. Vários aparelhos estavam ligados a ele para monitorar seu coração e a respiração. E ele estava recebendo bolsas de soro e sangue. 

Taehyung não aguentou ver aquela cena por mais de um minuto. Ele ignorou os chamados de Namjoon e correu para fora do quarto. Ele correu sem rumo pelos brancos corredores do hospital. Correu até suas pernas fraquejarem e ele precisar se apoiar em uma parede. Ele escorregou pela parede para o chão e abraçou suas pernas, começou a chorar com força, tanta que sua garganta doía e seus olhos ardiam.

[...]

Dias se passaram com Taehyung visitando todos os dias a Jungkook depois do trabalho e algumas vezes até antes de ir ao escritório. Ele sempre levava flores que ficavam decorando ao quarto de Jeon, esperando que quando ele acordasse visse aquele mar de cores.

Foi num desses dias que tinha tudo para ser como os outros, quando ia logo depois que acabava seu horario no escritório carregando um buque de flores azuis na mão esquerda, que viu seus planos mudarem drasticamente.

— Taehyung? — Alguém chamou seu nome. Uma voz que ele não ouvia há muito tempo e isso o fez erguer a cabeça rapidamente, comprovando que quem estava diante de si era Park Chanyeol, e pela ultima vez que soube algo de Park era que ele estava namorando (e sendo chifrado por) Baekhyun. Há muito sua relação com Park havia se distanciado, antes mesmo de ter trepado com o namorado do mesmo e vê-lo agora o deixou meio em dúvida de como deveria agir. 

— Ah~ oi, Chanyeon, como você tá? O que faz aqui?

— Eu estava visitando a Baekhyun.

— Ele está internado?! Ninguém me disse nada...

— Ele morreu Taehyung.

C O N T I N U A...

Mr. WORK [BTS]Onde histórias criam vida. Descubra agora