As Ruas De Miami

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Dias se passaram e Liz ainda continuava vendo Cherry, com frequência. Tanto dentro de Albizu quanto à encontros que as duas se submetiam.

Apesar de não ser quem Liz desejava, a garota era bonita, extrovertida e carinhosa de tal forma, que fazia a jovem loura, ainda que por pouco tempo, esquecer de Ana.

Cherry investia todo o seu charme para cima de Liz e desejava com fervura que a loura à amasse tanto quanto ela amava Ana.

Naquela noite, estrelada e quente, as duas se entrelaçavam em beijos quentes dentro do carro de Cherry. Liz gostava de beija-la, mas a outra certamente queria mais do que isso.

Cherry beijava o pescoço de Liz, enquanto descia suas mãos pelo corpo do loura:

- Hey... Vá com calma! - Dizia Liz, entre um beijo e outro.

- Você me deixa cheia de tesão, sabia? - Perguntou Cherry, ainda beijando o pescoço da loura. Com uma das mãos, ela tentava insistentemente, abrir os botões da calça de Liz.

- Cherry... Ei.... Não... Espera!

- Qual é Liz... Já faz mais de uma semana que estamos só nos beijos. - Disse Cherry, ofegante. - Você não acha que já ta na hora, não?

- Mas eu não quero, Cherry! - Exclamou Liz, séria. Mas sua ficante não deu ouvidos e continuou à tentar tirar as roupas da loura.

- NÃO! EU JÁ FALEI QUE NÃO QUERO! - Gritou Liz. Ela empurrou Cherry para o outro banco e saiu do carro arrumando sua roupa.

- LIZ?! VOLTE AQUI! - gritou Cherry, pela janela. Mas a loura também não deu ouvidos a ela. O caminho até sua casa era longo e apesar de saber que as ruas de Miami eram perigosas, qualquer coisa era melhor do que ser forçada à fazer algo que ela não quisesse.

Já eram quase uma hora da manhã quando Liz entrou em uma rua totalmente deserta. Não havia nenhum carro, nenhuma moto, ninguém andando pela rua. NADA. Não havia absolutamente nada.

Um pouco assustada, Liz continuou andando pela calçada, um tanto apressada. Não via a hora de entrar em alguma avenida movimentada.

Mas algo à assustou, um barulho de passos fez Liz olhar para trás. E na esquina de onde ela tinha vindo, um homem alto e encapuzado estava parado à observando andar.

A loura voltou andar, agora um pouco mais rápido do que já estava andando, e ao perceber que o homem à estava seguindo, Liz não viu outra alternativa além de correr.

A loura era rápida e correu dentre uma vala que ela achou pelo caminho, para o seu azar o homem também era muito habilidoso na arte de correr. E sem muitos esforços, o homem já à alcançava.

Por ser magra, Liz conseguiu atravessar por um buraco em uma cerca, que ela viu em seu caminho. Essa cerca dava para o quintal de uma casa abandonada e estranha.Sem saber por onde ir, ela resolveu entrar na casa e se esconder em algum lugar cômodo.

A casa estava escura e toda empoeirada. Havia móveis velhos por toda parte, e em um dos quartos, Liz viu um guarda-roupas, onde ela se enfiou com rapidez.

Um barulho de porta se abrindo fez com que o coração de Liz paraliza-se, e por uma fresta, ela viu o homem procurando por ela. A loura fez um enorme esforço para não emetir nenhum som, ou o menor barulho que fosse. Até mesmo sua respiração ela controlou, já que estava ofegante e cansada.

Ouvi-se outro barulho e um som de alguém tentando gritar. Outros três homens apareceram carregando um rapaz amarrado. Um dos cara, com raiva, mandava que o rapaz não gritasse. Mas ele não o ouvia, talvez fosse o desespero ou algo assim.

O rapaz gritava socorro,com todas as forças que lhe restavam. Então, o homem que seguia Liz, bateu com o cotovelo em seu pescoço, fazendo com que o rapaz desmaia-se.

A loura, ao presenciar tudo aquilo, começou a chorar baixo. Com uma das mãos ela segurava a própria boca e com a outra, tentava encontrar o seu celular: Eu o deixei dentro do carro de Cherry! - Ela pensou.

O rapaz foi arrastado inconsciente pela casa,e Liz ouviu um dos homens perguntando sobre ela :

- Você conseguiu achar aquela garota?

- Não, ela correu pra rua de cima! Não se preocupe, ela não viu nada.

- Melhor que não tenha visto mesmo! - Disse um dos homens - VAMOS! BOTEM ELE ALI MESMO!

- Sim, chefe! - Respondeu um outro.

Liz percebeu que todos haviam entrado em um dos quartos e tentou sair do guarda-roupas sem fazer o menor barulho. Dentro do quarto que ela estava havia uma janela, por onde ela tentou passar.

Antes de sair, ouvi-se vários tiros, e numa pressa desesperadora, Liz acabou quebrando um pedaço de madeira que estava na janela. Imediatamente ela pulou para o outro lado e saiu correndo, e logo atrás, um dos homens à seguiu rua abaixo.

Liz estava desesperada e sem olhar para os lados atravessou a avenida correndo, tentando fugir do homem. Um carro freiou bem antes que atropela- se a garota, e para sua sorte, Liz reconheceu a pessoa dentro do carro.

Ana abriu a porta e correu até onde Liz estava, no chão:

- Liz?! - Perguntou Ana, assustada - Eu te machuquei?

- Vamos sair daqui... Tem.. Tem um homem querendo me matar. - dizia Liz, aos prantos.

- QUE?

- Me tira daqui!

- Vem, entra no carro! - Exclamou Ana, ao ajudar Liz se levantar do chão. As duas entraram no carro e pelo retrovisor, Ana viu um homem sacando uma arma e apontando em direção ao carro dela.

A moça deu partida no carro e saiu em disparada antes que os tiros acertassem elas. Já longe do local, Liz ainda chorava muito e estava totalmente assustada com que havia presenciado naquela noite:

- O que aconteceu? - Perguntou Ana. Mas Liz se mantinha quieta, apenas chorava enquanto olhava através da janela do carro. - Hey?! Pode confiar em mim.

- E-Eu.. Eu vi eles mantando um cara...

- E aí aquele homem tentou te matar?

- A-Aham...- Respondeu Liz, ainda nervosa.

- Temos que chamar a polícia...

- Não.. Eu só quero esquecer tudo isso. Por favor. - Disse Liz, chorando. - Por favor, Ana. Vamos esquecer tudo isso.

- Tudo bem, você precisa descansar e amanhã a gente vê o que faz. - Dizia Ana, tentando acalma-la - Quer que eu te leve para casa?

- Não! Eu não quero dormir sozinha hoje.

- Bom.. Você pode dormir na minha casa.

- E a Mille.. Ela não..? - Perguntou Liz, preocupada.

- Não se preocupe com ela! Vamos para minha casa. Não vou te deixar sozinha.





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Only Wolf 4 - AlcatéiaOnde histórias criam vida. Descubra agora