Na Mira Do Lobo

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A vida não é justa com todo mundo, aliás, ela não é justa com ninguém , mesmo. Mas com algumas pessoas ela até se esforça um pouco mais para não ser.

Isso acontece com o fato da relevância, algumas pessoas são mais importante do que outras. Isso não é um fato. Porém não dá para colocar na cabeça de alguém o contrário. É quase psicológico. Uma pessoa pode ser geneticamente programada para ser achar inferior à alguém.

Não importa o que digam, não importa que provem o contrário. Não importa praticamente nada. Ela só acha. Apenas isso.

Mas não à culpem. Não! Há um certo sentido. Se você foi criado ao lado de um irmão ou irmã, por exemplo. Você certamente vai ser deixado de lado algumas vezes. Não importa se você é mais velho ou mais novo. Em algum momento você será deixado de lado.

Mas no caso, no caso de Hope isso é quase uma regra. Ela TEM que ser deixada de lado, pois sua irmã mais velha sempre teve uma relevância maior. Ela sempre precisou de uma atenção absurda. E isso feria Hope profundamente. Era uma ferida que nunca cicatrizou...

Naquela tarde, ela ficou em casa. Na verdade, esquecida. Após suas mães saírem correndo atrás de sua irmã. Ela não sabia ainda o que estava acontecendo, então logo pensou que seria por alguma bobagem que a Liz tivesse se metido.

Hope tinha apenas onze anos mas já era uma criança extremamente madura, em vista do que outras crianças de onze anos eram. Por conta disso, sempre se atraiu por crianças ou adolescentes um pouco mais velhas do que o seu convívio permitia. Sua melhor amiga, por exemplo, tinha dezesseis anos.Jude Portman. A garota mais porpular do colégio:

...
- Então quer dizer que você está sozinha em casa hoje? - perguntava Jude, pelo celular.

- Sim.. Não sei onde minhas mães estão.. Mas deixaram um bilhete dizendo que iriam voltar tarde. -respondeu Hope, desanimada.

- Hm... Sabe o que poderíamos fazer?

- O que?

- Dar uma festa nessa mansão imensa que você chama de casa. - Respondeu Jude, animada. Apesar de Hope estar furiosa com suas mães, de imediato ela achou que aquilo seria demais e que talvez, poderia se meter em problemas. Olivia sempre proibiu as meninas de fazerem festa em sua casa. Essa sempre foi uma regra.

- Eu não sei não, Jude. Quer dizer, não quero problemas pra mim.

- Larga disso.. A gente faz uma festinha de duas horas. Depois a galera vai embora e a gente arruma o que bagunçaram. Eu ajudo você. E suas mães nem vão saber. Vaiiii... Por favor...

- Você não vai chamar muita gente, vai? - perguntou Hope, preocupada.

- Claro que não!

- Ah... Ok, então! A gente faz essa festa.

- VOCÊ É DEMAIS, HOPE!

- MASSSSSSSS... Você vai ter que me ajudar depois, já está avisada.

- Ok.. Ok... Vou avisar pra galera e depois já vamos prai!

- Ok... Xau.

- Tchau, fofinha.

Não demorou muito e Jude já estava estacionando seu convercivel na porta da mansão Bucker. A patricinha ruiva, entrou pela porta da frente carregando duas sacolas cheias de cerveja.

Ela as botou em cima da mesa de mármore e gritou para que sua amiga descesse :

- HOOOOOPE? ! CHEGUEI!

A garota de cabelos pretos desceu as escadas vestindo uma calça rasgada nos joelhos e uma blusa preta escrito NIRVANA na frente. Hope possuía a beleza de sua mãe ,Olivia. Mas os olhos claros e o charme eram de Alice. Uma mistura um tanto perigosa. Pois com a idade que tinha, os seus um metro e sessenta e oito, faziam toda a diferença quando o assunto era o interesse do sexo oposto.

Only Wolf 4 - AlcatéiaOnde histórias criam vida. Descubra agora