(Poema) Apaixonados

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Tento inúmeras vezes passar para o papel,

Aquela sensação de adesão,

Completa e absoluta,

Que senti ao tocar teus pensamentos.


Essa mente,

Poetisante mente,

Me faz relembrar a sensação,

De toque com choque do seu olhar.


Agora,

Há alguns segundos indefinidos de distância,

Daquela bela lembrança,

Sinto toda a abrangência e a exigência,

Que sua falta me faz.


Ando por aí,

Meio perdido,

Meio iludido,

Pensando em te reencontrar.


Combinamos sua experiência com minha ingenuidade,

Em um doce gesto de afeto,

Com toda serenidade,

De uma breve troca de olhares.


Brinco todo dia com as palavras,

Na esperança de que uma delas,

Consiga me fazer reviver,

A sensação de me pertencer a você.


Brinco como criança,

De contar histórias exageradas,

De momentos duvidosos,

Que sequer estive propício a sentir.


Sinto idem como uma criança,

Ao relembrar o arrepio e a vertigem,

Do momento inesperado e aguardado,

De quando me permiti sorrir.


Corro pelas ruas vazias da cidade,

Ignorando minha pouca idade,

Na tentativa de te encontrar.


Nas memórias,

Sinto a impotência,

Do uso dessa escassa linguagem,

Quando tento lhe retratar.


Sei que tudo é distante,

Mas em um instante,

Parece que volto a ti.


Flutuo e pelo vento fluo,

Procurando por alguém que já se foi,

E sinto esse vazio no peito,

Mas não me permiti desistir.


Insisto em desenhar a complexidade,

E a variedade em canção,

Que compõem a vastidão,

Desse aperto no meu coração.


Conto meus botões e conchas,

Esperando o tempo passar,

Para que um dia eu possa enfim reencontrar,

Aquele a quem dedico minhas contas.




Filosofia De Uma AdolescenteOnde histórias criam vida. Descubra agora