Adrenaline

3.5K 375 469
                                    

Heeey,

Já aviso que vcs vão amar. Acho que esse é o capítulo que eu mais passei os sentimentos que queria passar. Só isso mesmo, boa leitura e fiquem com essas musiquinhas maravilhosas:

Save As Draft - Katy Perry

The Story Of Us - Josie, Tyler Ward

Quizás - Enrique Iglesias

Addicted - Enrique Iglesias (vcs sabem que quando eu cismo com um artista eu coloco todas as músicas possíveis mesmo né)

Play Save As Draft

Lauren não estava preparada para lidar com aquela situação. Não sabia como fazê-lo. Queria ter que desabafar sem mencionar o quanto doía. O que mais desejava era não precisar reabrir suas feridas. Não queria falar com Dinah, pois tinha medo de ouvir a confirmação de sua boca. Não queria falar com Lucy, pois sempre ouvia o que não queria. Não queria falar com Shaun, pois sabia que ele iria querer levá-la para todas as festas possíveis. E também não queria ficar sozinha com seus próprios pensamentos.

Já perdeu as contas de quantas vezes abriu a conversa de Camila e começava a escrever, mas apagava. A última mensagem mandada havia sido semanas atrás. Era a foto de um cachorro parecido com Nugget que a latina enviou e Lauren respondeu brevemente. Seus pensamentos eram bipolares. Ao mesmo tempo em que decidia que agiria normalmente, estava ansiosa e agoniada para o encontro que sabia que iria acontecer alguma hora. E também sabia dentro de si que a hora estava próxima.

Seguiu pela Quinta Avenida na frente do Central Park e entrou no prédio luxuoso. Falaria com a pessoa que sabia que a acolheria. Ally sempre foi a mais compreensiva e tentava fazer de tudo para os outros se sentirem melhor. Sem contar que fazia os cookies mais deliciosos.

I write it, erase it, repeat it

Eu escrevo, apago, repito

But what good will it do to reopen the wound?

Mas de que vai adiantar reabrir a ferida?

So I take a deep breath and I save as draft

Então eu respiro fundo e salvo como rascunho

Subiu o elevador e tocou a campainha. Estava demorando para que alguém atendesse, então tocou novamente. A porta abriu e seu coração acelerou. As batidas eram tão fortes que queria verificar se o órgão não estava saindo de seu peito, mas não conseguia nem mover seus olhos.

Poucas vezes na vida se lembrava de que o coração era capaz de bater daquela maneira. Sua matéria preferida não era biologia. Não sabia que seu nervo oftálmico levava para o seu cérebro a informação que fazia com que uma grande quantidade de adrenalina corresse em sua circulação, fazendo seu coração bater mais rápido. Não sabia que seu sistema nervoso autônomo simpático era responsável pela taquicardia e dilatação de suas pupilas naquele momento.

Nada disso importava, ela apenas sentia, nem sequer pensava. Todos os seus pensamentos haviam escapado.

– Lauren – a figura latina disse com o canto de seus lábios se curvando em um sorriso que tentava conter.

Teve que se segurar para não fazer tudo o que estava pensando. Queria sair correndo dali, queria abraçá-la, queria lhe dar um tapa, queria gritar. Queria tudo ao mesmo tempo.

SynesthesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora