Heey,
Esse capítulo é o caminho pra introduzir uma nova fase da fic. Podem relaxar que não tem tiro nenhum (ainda).
Musiquinhas:
Colors - Barcelona
Coming Alive - Kodaline
Setembro, 2017
– Camila, eu não consigo achar a minha sala – Lauren falou no telefone com certo nervosismo. Ela estava em um ambiente completamente novo e estava um pouco intimidada. Já havia passado algum tempo desde que esteve em um lugar cheio de jovens com mochilas nas costas, grupos separados de amigos, professores e quadros de aviso. Era um clima semelhante ao do colegial, mas, ao mesmo tempo, diferente. Agora era o começo do resto da sua vida.
– Lolo, eu acabei de te deixar aí! – Camila exclamou. Suas aulas começariam apenas no dia seguinte, então pôde levar a namorada até a NYU. Também a buscaria na volta para lhe dar todo suporte no primeiro dia de aula.
– Eu sei... – respondeu e respirou fundo. Na verdade, ela só tinha ligado para ouvir a voz reconfortante da latina mais uma vez para encorajá-la.
– Tenta perguntar a alguém. Não deve ser tão difícil assim achar a sala.
– Ai! – queixou-se e olhou à volta. Havia pessoas apressadas, a maioria estava animada, já outras, nem tanto e algumas pareciam tão perdidas quanto ela ou até mais.
– Ei, lembra o que eu disse. Você é maravilhosa, brilhante e essa universidade é pequena demais pra sua grandeza – Camila afirmou.
– Ok... – suspirou e esboçou um sorriso. Avistou um garoto alto de pele albina, dreads curtos no cabelo e uma jaqueta jeans pendurada na cintura. Ele olhava o quadro de avisos na parede ao seu lado e pensou em falar com ele. – Acho que eu consigo. Vou desligar, Camz. Te amo, beijos!
Depois de encerrar a chamada, o rapaz olhou pra ela e sorriu. Então aproveitou para perguntar:
– Oi, você sabe onde é a sala 117?
– Olá! – ele respondeu animado. – É ali no outro corredor. Estou indo pra lá também... Literatura, né?
– Isso! – confirmou entusiasmada. Finalmente havia achado alguém para não se sentir tão sozinha.
– Qual é seu nome?
– Lauren Jauregui e o seu?
– Shaun Ross – ele respondeu e franziu os olhos encarando-a. – Espera, você que escreveu aquele texto na The New Yorker?
– É, sou eu... – respondeu envergonhada. Ainda havia alguma repercussão do texto, mas não esperava que o associassem diretamente à ela. A produção era elogiada pelo seu conteúdo, mas raramente relacionavam à autoria. Era uma surpresa ser reconhecida, pois achava que não era memorável.
– Mana, você arrasou demais! – Shaun disse colocando uma mão no ombro de Lauren e estalou os dedos da outra.
– Obrigada! – sorriu corando seu rosto e encolheu os ombros.
– Sério! Você me fez mandar mensagem pra um boy que eu estava querendo.
– Mentira?! E aí?
– Bom, acabou que ficamos umas vezes, mas ele não me quis depois. Segue o baile! – respondeu gesticulando e Lauren riu. – E o que a inspirou a escrever aquilo? Alguém que partiu seu coração?
– Não, nada disso. Foi só meio que uma observação da realidade. E meu coração estava sendo tomado por alguém naquele momento... Agradeço que não teve nenhum daqueles protocolos.
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Synesthesia
FanfictionSeu número 2 era laranja, sua quarta feira era rosa e podia ouvir a cor dos sons, da música e das vozes. Camila Cabello, uma jovem com sinestesia, tinha a capacidade de ver o mundo de outra forma e mais colorido. Mal esperava que um dia encontraria...