Rewrite The Stars

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Heey,

Eu deixei uma música aí na mídia e ia colocar ela no capítulo, mas não tem no spotify pq é de uma banda pequena. Acabei colocando outra música no lugar dessa, mas deixei ela aí pra vcs ouvirem depois se quiserem pq se encaixa perfeitamente com Camren dessa fic. Enfim, aí estão as musiquinhas, espero que gostem do capítulo e tenham uma boa leitura!

Science and Faith - The Script

Remove The Complexities - Peter Sandberg

Like a Knife - Secondhand Serenade

"Se recorda desses anos perdidos como se olhasse através de uma janela empoeirada. O passado é algo que pode ver, mas não pode tocar. Tudo o que vê agora está turvo e indefinido."

Play Science and Faith

As coincidências existem porque o mundo é muito diverso e quase uma dezena de bilhões de pessoas o habitam. Eventos aleatórios se dão, podendo causar semelhanças peculiares na vida de conhecidos. Pessoas com o mesmo nome, mesma data de nascimento, que se encontram no mesmo lugar mais de uma vez, entre muitas outras situações que nos fazem pensar se isso ocorre apenas por uma mera aleatoriedade do universo. Este ainda possui inúmeros mistérios que não fomos capazes de desvendar.

O tempo estava fechado em Los Angeles e as nuvens estavam carregadas, indicando a possibilidade de chuva. Lucy saiu da entrevista na Universidade da Califórnia e ficou algum tempo sentada no banco do pátio. Estava ali parada como se estivesse observando o movimento dos jovens e o céu cinza, mas estava totalmente dispersa.

Acreditou que não tinha ido bem e estava insegura com seu futuro incerto. Há poucas semanas tinha um emprego estável e um relacionamento, mesmo que não fosse sério. Agora ela não tinha nada. Não sabia que rumo tomar em sua vida e haviam inúmeras possibilidades. Poderia voltar para Chicago ou para Nova York, poderia ir para Nova Orleans, onde o seu pai estava ou ficar ali naquela cidade. Se ficasse em Los Angeles seria cômico de certa forma, pensou, pois sempre parecia seguir Lauren por onde ela fosse.

Quando eram pequenas ficaram amigas instantaneamente e à medida que foram crescendo descobriram interesses e ideais em comum. Lucy não era do tipo que se apegava às pessoas e tentava depender dos outros o mínimo possível. Com o tempo, descobriu que faz parte da necessidade humana ter companhias confiáveis. Lauren era uma das únicas pessoas no mundo que sabia de seus segredos mais íntimos e que podia compartilhar seus pensamentos sem se importar com a possibilidade de ser julgada. Quando tinham 12 anos prometeram ser amigas para sempre. Ficou feliz em pensar que era capaz de cumprir aquela promessa.

Entretanto, estava claro para ela que Lauren não era o motivo de estar ali. Talvez ela fosse uma das razões, mas não era a principal. Parou para se autoanalisar e percebeu que a causa de sua incerteza também vinha de outra pessoa. Dinah ainda não havia recebido notícias do resultado de sua audição, portanto, não sabia onde iria ficar. Se ficasse em Los Angeles, Lucy ficaria e se voltasse para Nova York, Lucy iria. Não sabia por quê. Identificou aquele pensamento e ficou com a boca entreaberta por um instante. Por que de repente queria seguir o rumo de Dinah?

Seu celular começou a tocar e, para a sua surpresa, ou não, era a própria ligando.

– Oi – atendeu.

– Adivinha quem é a mais nova participante de um programa de TV? – disse Dinah empolgada.

As covinhas ficaram visíveis no rosto da magrela quando ela contraiu os cantos dos lábios em um sorriso.

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