Broken Roots

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Heey,

Queria dizer que esse foi um dos capítulos que mais gostei de escrever e espero que gostem dele tanto quanto eu. Não esqueçam de votar etc e boa leitura pra vcs!!

Musiquinhas:

Say You Won't Let Go - Daniel Jang (Vionlin Cover!)

Problem Child - Simple Plan

"A família é o lugar onde as mentes entram em contato entre si. Se essas mentes amam umas as outras, o lar será tão bonito quanto um jardim florido. Mas se essas mentes entrarem em desarmonia umas com as outras, será como uma tempestade que destrói o jardim." Buda

Lauren foi para o seu quarto logo após matar as saudades de seu pai. Seu abraço caloroso era o que precisava no momento, mas seus minutos de paz duraram pouco e sua mãe já estava batendo em sua porta. Tentou ignorar as batidas iniciais, mas viu que ela não desistiria e resolveu ceder. Destrancou a porta e saiu de perto, voltando a se deitar na cama. Clara entrou no aposento, fechou a maçaneta e voltou-se para filha.

– Eu não sei nem por onde começar a expressar o quanto estou decepcionada com você.

– Se você veio aqui me importunar no meu quarto só pra reclamar, então pode sair por onde entrou – Lauren a desafiou.

– Isso não é jeito de falar comigo! Como ousa fazer algo que sabe que sou contra? Você não deveria ter feito isso e você sabe. Espero que se arrependa! – Clara levantou a voz.

– Eu não me arrependo. Eu me arrependo de estar aqui e ter que te aguentar. Fui pra lá justamente pra fugir de você. Parece que não entende... É tudo culpa sua!

– Culpa minha? Eu sempre fiz de tudo por você, Lauren. Deixa de ser ingrata.

– Eu não sou uma bonequinha que você controla. Eu cresci. Tenho desejos, vontades e ambições próprias. Você já fez sua parte de me criar, me ensinar o que é certo ou errado e investir em mim, como você tanto fala. Agora eu sou a responsável por mim mesma, mãe. E se você não me aceita, pelo menos me respeita. É o mínimo que pode fazer – Lauren expeliu tudo que estava dentro de sua garganta.

– E quais ambições você tem? Até pouco tempo não sabia o que queria da vida e duvido que saiba agora. Você está perdida, Lauren! E você não é responsável por si mesma enquanto não pagar as próprias contas. Eu não posso te proibir de ficar com aquela sujeita, mas eu não quero saber disso na minha frente.

Lauren sabia que a mãe estava certa. Ela estava realmente perdida. Estava tentando se achar naquele mundo cheio de possibilidades, mas nenhuma parecia para ela. Deu uma risada sarcástica, pois, como na maioria das vezes, a mãe não seguia uma argumentação lógica e respondeu:

– Nem pelas suas costas, pelo visto... E a sujeita tem nome!

– Você está muito abusada para o meu gosto! – exclamou apontando o dedo para Lauren. A encarou e suspirou como se estivesse cansada da discussão. – Eu já não sei mais o que fazer com você, Lauren... Eu sinceramente não sei.

– Só me deixa em paz. Só isso que eu peço.

Clara se virou e começou a andar até a porta resmungando, quando Lauren a interrompeu.

– Espera, acho que precisa ler isso. Já não tenho mais nada a perder – disse alcançando um papel em cima da mesa de cabeceira e esticou para que a mãe o pegasse.

O papel foi arrancado de sua mão por Clara. Ela o pegou e saiu do quarto em passos brutos. Era a carta que escreveu depois da morte da mãe de Lucy. Encontrou o objeto em suas coisas quando chegou em Miami e imaginou que Camila havia colocado ali. Quando viu ignorou o fato e nem comentou sobre. Mas agora estava em sua casa e encontrava a necessidade e a coragem de mostrar aquilo.

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