It's All Coming Back To Me Now

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Heey,

Esse é o final de Synesthesia. Tudo que eu queria falar está nas considerações finais lá embaixo. Ficou um textão, mas adoraria que lessem tudo. Enfim, espero que aproveitem o capítulo e tenham uma boa leitura! E já que esse é o final bora comentar bastante, né mores!

Musiquinhas:

Home - Rhodes

Still Faling For You - Ellie Goulding

Synesthesia - Peter Sandberg

Can't Live Without Your Love - Ross Copperman

"O homem viaja o mundo inteiro em busca daquilo que precisa e volta à casa para encontrar." George Moore

Camila estava em seu estúdio. Perdia a noção do tempo e passava horas ali quando decidia trabalhar. Só lembrava que estava com fome quando seu estômago fazia ruídos avisando-a. Estava concentrada nas partituras e em suas cores. Se moveu na cadeira rotatória para alcançar o teclado na bancada ao lado e começou a tocar. 

Seus dedos deslizavam sobre as teclas e as notas dançavam no ar. Todo o conjunto fazia uma harmonia tão completa que tocava diversas vezes à procura de algum erro. Quando viu que conseguia tocar repentinamente sem identificar falhas, apenas aproveitando a música e a disposição das notas coloridas, decidiu que a música estava pronta.

Tocava a melodia mais uma vez, mas seu equilíbrio foi interrompido. 

– Ei, estou saindo e volto daqui a pouco – a voz amarela disse. Dinah havia surgido na porta do cômodo de surpresa. Ela ainda estava hospedada na casa da latina e ficaria por mais alguns dias até achar algo para alugar. 

– Vai sair com a Normani? – Camila perguntou. 

– Não... – respondeu mexendo em seus cabelos longos e dourados. 

– Aonde vai então?

– Por acaso você é minha mãe? – Dinah indagou. – Não sei que horas volto. Quer que eu esteja aqui até às dez? – brincou.

– Ok, desculpa...

– E acho que eu deveria agir como sua mãe agora. Sai desse estúdio e viver um pouco! – exclamou em tom de reclamação.

– Só estou terminando a ideia que tive para uma música do filme. Tenho medo de ela fugir, sabe... – deu de ombros e abriu um sorriso. 

Dinah revirou os olhos e se despediu. Camila voltou a encarar a bancada cheia de equipamentos. Decidiu gravar a música para ouvi-la. Havia acordado de manhã, depois da noite do jantar, pensando em um padrão sonoro em sua mente. Tomou café da manhã e subiu para trabalhar. Ficou horas produzindo. 

Não havia se dado conta, mas havia um padrão na forma que ela fazia as composições da trilha sonora do filme que trabalhava. Da última vez, havia chegado em casa depois de conversar com Lauren. Ficou pensando na cena que a morena havia mencionado e nas palavras ditas pelo verde esmeralda explicando o seu significado. E naquele momento, pensava no que sentiu durante todo o jantar em sua casa. Um frio na barriga, seu peito cheio de ar e as correntes elétricas passando pelo seu corpo em alguns instantes. Com a mistura de sensações, era capaz de criar uma melodia. A arte nascia na forma de som e na forma de cores. 

As filmagens começavam a dar início. Os atores estavam reunidos no set e Lauren estava em um dos cenários. Ela queria acompanhar o que pudesse e Roger, o diretor, aceitava suas sugestões abertamente.

– Eu até que gostei das atrizes – Lauren comentou.

– É, acho que elas têm uma química boa. Estou com um bom pressentimento sobre isso – ele respondeu encarando as duas ao fundo conversando.

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