Is it Love? - Ryan

Carter Corp

Empresa Carter... Bem vinda/o a uma das empresas mais influentes em Nova Iorque! Edifício todo de vidro, um verdadeiro arranha-céus, marcado com o nome do seu fundador em letras maiúsculas. Letreiro preso por quatro parafusos. Tudo de outro mundo... Tudo o que há ali faz-te lembrar que fazes parte de algo em grande, e, ao mesmo tempo, de uma juventude que resolveu doar a sua vida ao trabalho...

Esta sou eu. Dianne. Aceitei trabalhar como assistente de comunicação já a alguns meses. Eu trabalho juntamente com o Matt.

Demo-nos bem desde o começo, ele tornou-se um grande amigo, graças aos nossos gostos em comum.

Estamos sob a direção do nosso gerente que eu nomeei "Don Juan", o Gabriel Simons. Digo "Don Juan" porque aqui não há uma só mulher que não tenha caído no seu charme, um dia ou outro... Fora eu e a Lisa, é claro.

Lisa. A secretária que eu sem querer acabei por sujar quando entornei o meu café, no primeiro dia, e alguém que jamais me tratou mal, tanto que hoje ela é a minha maior confidente.
Esta noite toda a gente aqui está alegre, já que hoje é o aniversário da empresa. E eu acho bem. Acho que é uma boa iniciativa. Entre os canapés de salmão e algumas taças de champagne, pude conhecer pessoas de outros setores, já que nas Empresas Carter não falamos de salas, e sim, de andares. Cada tipo de trabalho está num andar diferente. O meu é o 42º andar. Dois dos andares foram ocupados para a comemoração e nós tivemos direito a petiscos preparados por um dos melhores e mais recomendados chefes da cidade. Uma delicia!
A festa já acabou. Já são onze e meia da noite, estou aqui no rés do chão com a Lisa e o Matt.

Lisa: Hey! Querem ir a uma balada no Starlite?!

O Starlite é o nosso ponto de encontro para relaxar um pouco depois de um dia em cheio. É sobretudo o lugar preferido da Lisa, que adora dançar. E eu também gosto de dançar. Nós damo-nos muito bem juntas. E ainda temos o Matt que normalmente tem de nos seguir e dar uma de guarda costas.

Dianne: Não sei.. Bebi champagne a mais e...

Lisa: E aí? Eu também! Sabes que os táxis existem Dianne! Vê bem!

A Lisa anda rapidamente a bater com o seu salto alto e a abanar os seus bracinhos para chamar um táxi. O Matt respira fundo e olha para o céu. Não te deixes enganar pelo seu ar angelical. Por detrás dessa doçurinha morena esconde-se uma verdadeira fera. O táxi para perto dela. Ela olha para nós com um sorriso diabólico.

Lisa: Olha o trabalho! Vamos! Tragam esses traseiros até aqui!

O Matt dá-me um sorrisinho de canto acompanhado com um certo conformismo. De repente percebo que me esqueci de alguma coisa...

Dianne: Porra, esqueci-me da minha bolsa lá em cima!

A Lisa faz uma cara de insatisfeita. Diz para o taxista seguir o seu caminho. Parece que ele gozou connosco, não tenho a certeza... É o charme nova iorquino sem duvida...

Lisa: Vai lá... Nós esperamos por ti.

(Isto está sempre a acontecer), reclamo por dentro. Será que alguma vez tenho realmente atenção em alguma coisa? Um dia ainda vou perder a minha cabeça... Bom, se eu quero ser tolerante comigo mesma, eu diria que o maravilhoso champagne escolhido para servir na empresa não me ajuda muito a controlar totalmente as minhas ações.
Chegando á entrada do prédio, um vigia impede a minha passagem

Vigia: Não podes passar está fechado.

Dianne: Esqueci-me da minha bolsa lá dentro, só preciso de um minuto...

Vigia: É um bom argumento mas... não! Ninguém mais vai entrar. Ninguém mais vai sair.

Eu mostro-lhe o meu... ah não... ele está na minha bolsa... não dá.
Eu olho para o troglodita sem poder fazer nada. Ele não vai facilitar as coisas, vejo isso nos seus olhos... Ele está claramente treinado para não amolecer, mesmo sob tortura.