Sophie

30 7 5
                                    

        Acordo e devagar vou abrindo meus olhos, vejo minha mãe olhando fixamente para mim com um chapéu de festa na cabeça e segurando um bolo onde se lia Parabéns.

- Bom dia querida! Sabe que dia é hoje? - ela dizia sorrindo para mim.

- O aniversário do papai?

- Nossa filha! - disse uma voz vindo de trás de minha mãe.

- Pai?

- Meu aniversário foi a três meses Sophie! - ele me olhava com uma cara de decepção.

- Ah... é mesmo. Então é o seu niver mãe?

- Também não. Terra chamando Sophie! 27 de Setembro! É o seu dia querida! - ela sorriu para mim e entregou o bolo. - feliz aniversário! Agora vá se trocar que você terá visitas.

- Visitas? Quem?

- É o Matheus.

- O que ele vem fazem aqui?

- Te ver. - disse meu pai me olhando de lado. - Juízo garota, juízo.

- Pai, eu já tenho idade pra namorar e não precisa se preocupar com meu juízo, ele sempre estará em bom estado.

- 14 anos não é idade pra namorar. - ele me respondeu.

- 15 pai, agora 15!

- Acho que ele quer te levar pra sair. - mamãe sorriu pra mim - coloque uma roupa bem bonita.

        Fui me trocar, coloquei a minha blusa branca que nela estava escrita "i'm crazy!", um short curto que eu gostava, um casaco de couro preto e minha bota alta. Não era minha melhor roupa, mas era o que eu gostava e me sentia bem nela. Apenas joguei o cabelo pro lado e baguncei ele um pouco, depois de uns 10 minutos Matheus me liga.

- Theus?

- Oi, creio que seus pais te falaram que vou passar aí pra gente sair, ou então aquele olhar do seu pai foi um aviso para que eu nunca mais pisasse na sua casa.

- Tsc... bobo. Eles me avisaram, mas você não precisava passar aqui.

- Eu queria te ver.

- Eu sei.

- Está pronta?

- Estou.

- Ok, vou te buscar aí. Daqui a 5 minutos te encontro, beijos.

- Tchau.

        Não demorou muito ele chegou. Estava vestindo uma calça jeans, uma blusa preta com um casaco cinza e um tênis preto e branco.

- Está linda.

- Hm... valeu. Onde vamos?

- Você quem escolhe. Aonde quer ir?

- Eu não sei, você que me chamou.

- Eu precisava te ver, ué... - ele se aproximou e me beijou. - Que tal a praia?

- Teve essa ideia agora não foi? até porque não está vestido adequadamente para ir a praia.

- Quem se importa? O que os outros pensam ou deixam de pensar não me interessa. O importante pra mim é estar com você.

        Sorri e então ele segurou a minha mão e me arrastou para fora de casa. Fomos no carro do pai dele, o motorista nos levou. Parecia uma viagem, demorou umas 2 horas, ficamos ouvindo música no fone e claro, ele com o braço em meu ombro e eu olhando a paisagem pela janela.

***

        Chegamos. O motorista nos deixou em meio a areia e foi estacionar o carro, não tinha muita gente na praia, apenas no máximo umas 7 pessoas. Já se via o pôr do sol, tiramos nossos sapatos e fomos andando de mãos dadas e sem rumo com os pés na areia molhada e fofa.

A Barreira Entre Nós (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora