Sophie? Sophie? Sophie?!
Karl!
________________________________{SOPHIE}
O garoto saiu de novo. Porém, dessa vez, eu resolvi segui-lo. Eu estava curiosa para saber aonde ele iria. Era 19:15h quando saímos. Ao que parece eu consigo sair da casa se estiver acompanhada dele.
O menino fechou a porta da casa e subiu em cima da moto e eu fui junto.
Rodamos algumas horas até que chegamos a uma casa. Uma casa até bem parecida com a minha, porém, estava totalmente desfigurada, por assim dizer, caída em pedaços e destruída. No lado de fora as flores do jardim estavam muchas e, não sei como eu sabia mas, fedia a morte. O garoto pegou a mochila, que estava em sua costa, e tirou dela uma lanterna. Ele a acendeu e abriu a porta da casa.{KARL}
Certo. Estou aqui novamente, de volta à casa de Sophie. Está frio, como sempre. É a terceira vez que venho aqui e dessa vez estou determinado a achar uma pista do porquê que ela morreu. Está tudo como eu deixei quando vim aqui na segunda vez, sinal de que ninguém veio aqui.
No térreo não tinha nada. Isso eu já tinha certeza, pois verifiquei toda a parte de baixo e não havia nada de mais.
Então, chegou a hora de vasculhar tudo no andar de cima. Subo as escadas devagar, ainda hesitando um pouco. Degrau por degrau, o som dos meus pés tocando o chão ecoa pela sala. Eu respiro fundo e ando pelo corredor. Chego no final dele e toco na maçaneta da porta do quarto de Sophie. Fico ali parado em frente a porta. Aperto a maçaneta, mas não tenho coragem de abri-la. Encosto minha cabeça na porta e fico olhando para o chão. Uma lágrima desce pelo meu rosto.
Pensei que estava pronto, pensei que conseguiria. Mas ainda dói muito saber que eu a tinha perdido. Ainda dói muito saber que eu não estive perto, não estive com ela quando mais precisou. Dói mais do que eu pensei que doeria. Ainda não superei. Isso é certeza.
Então, enxuguei a lágrima e me virei para o quarto dos pais de Sophie. Caminhei em direção ao quarto e entrei. Iluminei com a lanterna e comecei a procurar pistas sobre como ela teria morrido ou se tinha algum culpado por isso. Parecia estar totalmente bagunçado.
Decidi começar pela cama. Estava toda empoeirada e os lençóis, de sabe-se lá quantos anos, ainda estavam jogados. Sacudi eles e os larguei no chão. Rodiei a cama procurando quaquer coisa que não me soasse familiar. Tirei o cochão e o deixei encostado na parede. Observei cada canto e não achei nada. Coloquei o cochão de novo na cama e segui para as prateleiras. Tinha livros, medalhas e mais outras bugigangas. Fiquei uns 20 minutos apenas mexendo na pratileira. Hora de ir pro guarda-roupa. Ele também estava todo empoeirado. Eu já estava me preparando para verificar todas as roupas que haviam lá quando eu abro as duas portas do meio do guarda-roupa e vejo ossos, aparentemente de duas pessoas porque haviam dois crânios. Ossos, certamente, de humanos! Seria Sophie um daqueles cadáveres? Eu me perguntava, aflito.
Fiquei perplexo e dei uns passos para trás. Passou uns segundos e então resolvi revirar os ossos. De acordo com o tamanho dos ossos o cadáver não era de Sophie. Um alívio pairou sobre meu corpo, porém, era bem provável que aqueles ossos eram dos pais de Sophie.
Como eu já sabia que os ossos eram dos pais de Sophie, eu fechei o guarda roupa e desisti de procurar algo ali.
Eu tinha que ir no quarto dela, provavelmente eu acharia algo suspeito lá. Eu sai arrepiado do quarto dos cadáveres e fui rumo ao quarto de Sophie. Um, dois, três! Abri a porta de uma vez e capotei para dentro. Estava tudo exatamente como anos atrás, tudo exatamente como eu me lembro.{SOPHIE}
Não consegui subir para o primeiro andar então fiquei revirando as coisas no térreo. Achei um objeto que não acreditei que estaria em um lugar assim. Era um pano que minha mãe me deu quando eu tinha 3 anos. Antes eu usava como edredom e dormia junto à ele, porém, eu fui crescendo e comecei a usá-lo enrolado em meu cabelo. Eu sabia que era isso. O que meu pano faria ali? Só tem uma explicação pra isso.
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A Barreira Entre Nós (FINALIZADO)
Teen FictionEsta é uma história em que envolve drama, mistério e romance. Karl está a procura de um antigo amor que um dia fora tirado dele sem lhe dar o direito de dizer não. Descontentado com a separação, Karl volta a sua antiga cidade e descobre que Sophie...