O nosso país sem dúvida é um dos países mais festeiros no planeta, por outro lado, não há quem goste mais de festas do que o adolescente. Ao contrário do que dizem algumas pessoas, não é pecado um adolescente participar de uma festa (um aniversário, uma confraternização ou um casamento, por exemplo) desde que atentemos para o que diz o apóstolo Paulo "portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus" (I Coríntios 10.31) mas e quanto às festas populares? Bem, desde criança fomos ensinados, na escola, sobre as festas populares do nosso país: Carnaval, São João e Hallowen (essa importada dos EUA). Muitos chamam tais festejos de 'cultura' e que não há mal nenhum em participar delas, pois são apenas inocentes brincadeiras, mas será?
Antes de se fantasiar de Pierrot & Colombina (personagens carnavalescos), Matuto/Caipira ou de Bruxinha, é importante desvendarmos as origens de tais festas, onde muito embora nem mesmo os historiadores cheguem a uma conclusão de onde de fato se iniciaram esses festejos, em uma coisa teremos que concordar, você verá que todas as origens remotam a práticas pagãs. É importante definir ainda que 'gospelizar' a festa não a torna santa, aliás, foi assim que começou a derrocada de Israel no antigo testamento (Juízes 2.17) e da igreja primitiva, lá no século IV d.C. onde para atrair a atenção dos romanos para o cristianismo, os imperadores começaram a fazer 'versões' das festas pagãs do império, o resultado disso a história conta: A igreja virou 'católica romana', distorceu praticamente tudo que Jesus e os apóstolos ensinaram e levou muitos ao inferno.
CARNAVAL
A origem do carnaval é incerta. Historiadores apontam para comemorações pagãs em homenagem aos deuses egípcios Ísis e Ápis; na Grécia e na antiga Roma eram festivais repletos de músicas, danças e disfarces. Antropólogos afirmam que o carnaval seria uma espécie de 'ritual de reversão' no qual "os papeis sociais são invertidos e as normas de comportamento são suspensas" (Fonte: Wikipedia.org/wiki/carnaval em 26/06/2017).
Quem popularizou a festa no ocidente foi a igreja católica. Depois de muitos debates entre os líderes dessa igreja, ficou definido que o carnaval (do latim carne vale, ou 'adeus carne') seria uma festa realizada 40 dias antes das comemorações pascais, ou seja, 40 dias antes da páscoa todos poderiam dar vazão a todos os desejos carnais afim de que conseguissem passar a quaresma (ou 40 dias) em jejum de carne vermelha, bebedeiras e festejos.
No Brasil, o carnaval provavelmente foi trazido pelos portugueses por volta do século XVII. Inicialmente no Rio de Janeiro, pouco a pouco a festa foi se espalhando e hoje é comemorada intensamente em cidades como Recife, Salvador e até na sóbria São Paulo. Nos 04 dias de comemoração, o país para em obediência ao festival da carne, prejudicando a economia do país que para de produzir e vender nesses dias. O carnaval também é um dos períodos mais violentos do ano, com altos índices de assaltos, arrastões, pancadarias, estupros e acidentes nas estradas. Também é alto o índice de depredações nos transportes e prédios públicos. Muito embora o carnaval dê uma alavancada no comércio turísticos das cidades onde é comemorado, tal sucesso não cobre os prejuízos de ônibus apedrejados, vítimas de tiros e facadas, gravidezes indesejadas e contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (HIV, gonorreia, sífilis e HPV).
Em resposta ao carnaval, desde os anos 90, muitos ditos evangélicos têm criados músicas e festas para que os cristãos se sintam brincando o evento ou para atrair a atenção daquele carnavalesco que quer aceitar a cristo, mas sem deixar de aproveitar a festa. Há sempre com o falso pretexto de que 'é melhor brincar na igreja do que no mundo', entretanto, quando lemos a origem e os motivos do carnaval, fica claro que não podemos jamais imitar tal celebração.
FESTAS JUNINAS (SANTO ANTONIO, SÃO JOÃO [BATISTA] E SÃO PEDRO)
São chamadas assim as festas comemoradas no mês de junho e que celebram o nascimento destes populares 'santos' católicos: Antonio (um padre português do século XIII d.C.), Pedro (o apóstolo de Cristo) e João Batista (primo de Jesus e precursor do Messias), no entanto a origem remonta às CELEBRAÇÕES PAGÃS, anteriores ao Cristianismo, realizadas no solstício de verão (Festas das mitologias persa e hindu reverenciavam as divindades de Mitra como um símbolo do "Sol Vencedor") em 21 de junho, no Hemisfério Norte – em que se comemorava a colheita. Na Europa, por volta do mesmo período 'junino', eram celebradas festas a deuses da natureza e da plantação, como por exemplo, o deus Adônis. O site brasileiros.com afirma que "Com a expansão do Império Romano e a consequente disseminação do Cristianismo, as celebrações pagãs foram revestidas pelo manto da Igreja Católica, tornando-se festas de santos. A de São João foi uma delas". (Fonte: brasileiros.com e brasilescola.uol.com.br). A igreja Católica (sempre ela) importou a festa e designou que 24 de junho seria comemorado o dia de São João Batista (isso mesmo, aquele que batizou Jesus e morreu decapitado por Herodes). No Brasil a festa foi trazida pelos colonizadores portugueses, mas terminou aderindo a traços de outras culturas, a francesa com suas quadrilhas, por exemplo. Hoje é uma festa comemorada em todo território nacional, mas principalmente no nordeste brasileiro, onde os sertanejos, que sofrem com a falta de chuva na região, aproveitam para pedir/agradecer aos santos.
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Manual do adolescente cristão
EspiritualComo ser atualizado, moderno, antenado, sem deixar de ser Cristão? Nessa obra abordaremos assuntos do universo adolescente, sob a ótica da Bíblia Sagrada!