Depois que George me mostrou os prazeres do sexo, nossos encontros foram constantes. George sempre me levava à cidade em que ficava o teatro onde John via suas peças, ás vezes saía sozinha e transava com os senhores que gostassem de minha pessoa. Não resisti e até Alcock seduzi na noite passada e ele usou seu membro com perfeição. E tive a conclusão de que homens mais velhos são perfeitos na arte do sexo.
Bom... nem todos, já que ouvi uma vez John dizer que a prostituta do rei Charles usava as mãos, os dedos, as coxas e a boca, mas o membro que ela tanto anseia nem se mexe. Precisava ver isso de perto, então tratei de me arrumar para ficar linda e cheirosa para o rei.
George me comprava vestidos, mas eu não os usava na frente de John pois ele podia desconfiar, usei um vermelho que acentuava minhas curvas dando um ar de mistério, George dizia que essa cor combinava com minha pele e olhos. Como John não ligava pra mim, eu sai rumo ao palácio do rei Charles II. Ele estava em seus aposentos, a porta estava aberta e quando ele me viu tomou um susto.
—Vossa majestade. - ela o reverência.
—Vívian? O que faz aqui? - disse olhando para adolescente dos pés a cabeça.
—Vim visitá-lo ou não posso?
—Pode, entre. - sorriu e a garota entrou - Se está aqui vejo que seus estudos na França acabaram.
—E você ainda acredita nas mentiras que John conta sobre meu paradeiro? - ambos sorriram.
—Não, não confio em John. - pegou uma garrafa com vinho e colocou em sua taça - Lamento por sua mãe. - bebeu o vinho - Não descobriram quem a envenenou? - perguntou curioso.
—Não, eles não tem ideia de quem e por que ela foi morta. - disse com a voz triste.
—E como anda sua convivência com seu pai? - disse se sentando na cadeira e colocando sua taça na mesa.
—Lorde Rochester você quer dizer, ele não quer que eu o chame de pai. - disse e foi pra janela olhar a tarde fria que se passava - Ele continua a me bater, xingar, humilhar e ainda tenho que ser escrava da vadia da Elizabeth que na minha opinião é uma boba achando que John vai ser fiel a ela. Imagine, John não foi fiel a minha mãe que ele amava tanto, ele seria a Elizabeth com quem foi obrigado a casar? Jamais!
—Não entendo o motivo dele trata-la desse jeito.
—Eu sou negra e por isso ele acredita não ser meu pai.
—John continua sendo o mesmo de antes. - disse vendo alguns papéis.
—Se não for ousadia da minha parte perguntar, mas majestade do que se tratam esses papéis? - perguntou se aproximando da mesa.
—Dívidas, eu já teria as quitado se seu pai não me fizesse ficar constrangido perante o embaixador enviado por Luís XV com uma sátira sobre meu reinado, virei piada perante os franceses. - disse furioso.
—Eu posso ver?
—Claro. - a menina viu os papéis e ficou espantada.
—São quantias altas!
—Sim, agora tenho de bajular os franceses para conseguir dinheiro. - disse bebendo mais um gole de vinho.
—Não vai, eu vou me encontrar com Luís XV e lhe pedir uma quantia bem gorda para vossa majestade pagar suas dívidas. - sorriu - Já que John diz que estudo na França então pedirei à Luís também que parem de fazer piadas com seu nome. - os dois riram.
—Só você pra me fazer sorrir. - ele olhava para a garota e depois para os papéis - Estou quase perdendo a razão com isso.
—Vossa majestade não tem noite de sono?
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Vívian
Ficção HistóricaJohn Wilmot casou-se com a brasileira Bárbara e tiveram uma filha chamada Vívian, a criança nasceu com tonalidade mais escura e por esse motivo não teve o amor do pai. Após o falecimento da esposa por envenamento, a filha teve lúpus e ele a aba...