Better part of me "Lolita"

7*

Pv. Alycia...

Depois do beijo que Eliza me deu,  fiquei sem entender,  eu não comentei com ninguém,  mais joguei uma em Maria,  ela me falou que Eliza nunca beijou uma lolita,  e se alguma se atrevesse a tocar nela,  era morta na hora,  sempre era ela quem tocava,  sempre era ela quem dominava, mais quando nos beijamos minhas mãos foram sem controle para a bunda dela,  e eu apertei com vontade,  ela deveria ter me matado,  mais não matou.

Se ela não gostava de ser dominada, não gostava de beijar uma lolita,  porque me beijou?  E porque me deixou tocar nela?  Tudo isso estava me confundindo,  tudo isso era muito confuso para mim,  ela não me procurou mais depois daquele dia,  me tratou mal até,  me chamou de vadia de um jeito diferente de quando estavamos juntas na cama,  disse que tinha nojo de mim  e não quis mais me levar para o quarto, eu não achava ruim, era até melhor, mais confesso que ouvir ela dizer que sentia nojo de mim, foi meio estranho.

Já era tarde,  eu estava com sede,  e com fome,  abre a porta lentamente e o segurança estava como uma estátua me olhando com uma sobrancelha arqueada, sorri sem graça.

-Estou com sede e fome.  Ele revirou os olhos e fez um gesto com a cabeça para que eu  o acompanhasse,  passei por ele e desce as escadas quase que correndo,  entrei na cozinha feito um furacão procurando algo na geladeira.

-Você estava mesmo com fome.  Ele fala engraçado, tirei a cabeça de dentro da geladeira sorrindo sem graça.

-Com fome?  Perguntei tirando um bolo de chocolate e colocando sobre a bancada,  ele hesitou  por um tempo,  e negou com a cabeça.
-Deixa disso,  essa casa tem muita comida.  Coloquei um pedaço de bolo para ele e um para mim,  nos servi com suco e sentei na bancada para comer.

-Eu gosto de você sabia.  Ele soltou do nada me fazendo sorrir.

-Obrigada.

-Não,  falo sério,  não só porque me ofereceu comida,  te acho engraçada,  na verdade todos os seguranças acham.

-A é?  Pergunto brincalhona.

-Sim,  principalmente pela manhã quando você sai para correr.

-Olha só,  ficam  rindo da minha desgraça não é,  acorda pela manhã é um saco.

-Já percebemos que você não gosta,  seu entusiasmo em correr é quase inspirador.  Sorri do comentário dele.
-Olha,  eu não gosto do que ela faz com você.

-Tudo bem.  Disse reprimindo meu suspiro.

-Não,  não está,  você está sendo forçada a ficar aqui,  diferente das outras meninas que viam porque queriam,  seu tio foi um filho da puta em te oferecer como pagamento.

-Conhecia meu tio?

-Eu trabalhava com ele no jardin oeste,  avisei para não se meter com a chefe,  mais ele teimoso,  só sinto muito mesmo.

-Tudo bem,  ela nem me procurou mais.

-Sinto muito mesmo.  Ele falou terminando de comer.

Coloquei tudo na pia e peguei uma garrafa de água,  Eliza sempre tinha muitas garrafinhas de água,  não sei porque,  entreguei uma para ele que bebeu tudo de um vez e jogou no lixo,  sorri o parabenizando pelo feito e ele fez um movimento em agradecimento,  quando estavamos voltando para o quarto a porta foi aberta e uma Eliza entrou quase se comendo com outra,  estanquei na escada.

-Fudeu.  Disse baixinho me gelando por inteira,  ela saiu cambaleando e sorrindo com a outra mais logo seus olhos cruzaram com os meus e eu vi o espanto neles por eu está ali,  mais logo ela olhou para trás de mim,  alguns degraus a baixo,  o segurança,  desconcertado,  ela voltou seu olhar mortal para mim e eu vi o ódio vivo neles,  estavam pegando fogo,  ela fechou as mãos em punhos e eu por reflexo olhei para onde ela estava olhando,  me encolhe quando vi que só estava com um shortinho que não tampava nada e uma blusa que mostrava metade da minha barriga,  eu não tenho culpa se ela comprou roupas de dormir tão pequenas.