O começo da história

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o  c o m e ç o  d a  h i s t ó r i a


Aquilo não era algo normal que ela estava fazendo, porém era melhor do que nada. Os aluguéis em São Paulo estavam com preços extratosféricos, então morar sozinha em um apartamento de dois quartos, sendo um deles uma suíte, não estava fazendo bem ao bolso de Catarina Wollvensberg. Por este motivo ela estava entrevistando possíveis companheiros de apartamento — e no estado de desespero que ela estava, não importava muito quem, apenas que pudesse pagar metade do valor.

— Muito prazer, meu nome é Catarina— ela estendeu a mão ao próximo rapaz que se aproximou dela.

Bernardo Figueiredo, 27 anos, solteiro, gostava de cachorros, não tinha alergias importantes, comida de tudo, gostava de filmes e séries no geral. Cabelos e olhos castanhos, pele relativamente pálida e um tom triste em seu semblante.

Aquele seria o quinto naquele dia e ela não aguentava mais.

— Prazer, meu nome é... — ele apertou a mão dela, a voz rouca e os olhos um pouco perdidos.

— Bernardo, sim, eu sei, está no e-mail que você mandou de apresentação — ela voltou a sorrir, apontando para a cadeira ao lado deles — quer se sentar?

Ele deu de ombros e despencou na cadeira, pedindo um café expresso duplo sem açúcar. Ela respeitava pessoas que bebiam café sem açúcar mesmo que ela não conseguisse fazê-lo.

— Bem, me fale mais sobre você — ela pediu, mexendo em seu chá gelado de limão enquanto esperava que ele se recuperasse sua compostura.

Ele respirou fundo, apoiando seus cotovelos na mesa e encarando os olhos de Catarina com tanta intensidade que ela se sentiu incomodada, porém não conseguiu desviar o olhar do dele.

— Eu tive quase sete anos de namoro para minha ex terminar comigo. Ela trabalhava com casamentos e tudo mais, e disse, de repente, que eu estava apaixonado pela garota que trabalha comigo, Ana. E agora, um ano depois, ela está organizando o seu próprio casamento com um cara que cuidava das flores dos casamentos — ele falou com indiferença, não complementando o olhar desolado que o acompanhava a cada palavra que ele dizia — e meu melhor amigo, Luís, vai se mudar com a namorada, então eu realmente preciso de um lugar para morar.

Catarina ficou ali parada, com o canudo em sua boca, porém sem beber uma gota daquele líquido, pois história dele era surreal. Aquilo era quase uma trama mexicana com as reviravoltas, porém com ainda mais drama e um pobre rapaz sem ter onde morar.

— Olha, moça — ele falou, depois de recuperar seu fôlego e tomar seu expresso — eu sei que não estou em um dos meus melhores momentos, mas eu sei cozinhar e faço limpezas semanais no apartamento. Sou uma pessoa calma e, por mais surpreendente que possa parecer, sou uma boa companhia.

Novamente, ela estava sem palavras, pois mesmo com a história completamente errada e confusa do rapaz, ele ainda era o melhor candidato que ela havia encontrado até então. Se não fosse ele, ela teria que se contentar com uma garota e seus 4 quatro gatos — e os gatos definitivamente não gostaram de Catarina.

— Você fuma? — ela perguntou, tentando retornar ao seu roteiro de perguntas de prioridade.

— Não — ele bufou, cruzando seus braços, esperando que ela acabasse logo com aquilo.

— Faz muitas festas em casa?

— Não.

— Gosta de ouvir música enquanto cozinha?

Ele franziu o cenho para aquela pergunta, um tanto estranha, porém confirmou, dizendo que gostava inclusive de Ed Sheeran por causa de sua ex.

Depois de mais algumas perguntas de segurança, Catarina havia confirmado que ele era realmente o melhor potencial companheiro de apartamento que ela havia encontrado até então.

— Bem, Bernardo — ela sorriu, estendendo novamente a sua mão — como eu já olhei seu histórico e você não tem nenhuma passagem na polícia, nenhuma postagem estranha no facebook e o seu nome no google não aparece nenhum site pornográfico, então eu gostaria de lhe dar boas vindas. Vamos morar juntos.

Ao invés de apertar a mão dela, como era o esperado, ele soltou seu peso na cadeira, soltando sua respiração e agradecendo silenciosamente por aquela busca ter sido simples.

— Obrigada — ele tentou sorrir, mas falhou — você me salvou de dividir o apartamento com minha irmã, e suas duas filhas.

— Mas crianças são adoráveis — Catarina retrucou, sorrindo ao perceber o olhar horrorizado do rapaz.

— Elas eram adoráveis, porém hoje são pequenos monstrinhos comedores de bis e cortadores de gravatas.

— E eu não gosto de sapatos dentro de casa — ela acrescentou, como se aquela regra fosse fundamental para que ele decidisse se gostaria de morar com ela.

Aquilo, finalmente, arrancou um sorriso dele, mostrando que ele tinha um grande potencial de ser uma pessoa agradável — e bonito, uma pequena parte da sua mente a lembrou, porém ela tentou manter o rosto neutro para não trair seus pensamentos.

— Eu também não — e eles selaram o acordo com um aperto de mãos — quando posso me mudar?



— Eu também não — e eles selaram o acordo com um aperto de mãos — quando posso me mudar?

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A/N:

Esta é uma história novaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Mas Lívia, como você pode escrever essa se nem terminou de postar CD5? Bem, a história está na minha cabeça faz uns meses, porém eu ainda não tinha terminado de escrever o CD5, então esperei até que eu tivesse terminado aquela parte para poder começar isso e BAM AQUI ESTAMOS <3

Mas Lívia, como você pode escrever essa história se não terminou de escrever Wandor? Tsc tsc tsc #shame mesmo gente, to enrolando Wandor faz meses, mas é que estou em um pedaço complicado e só consigo ter criatividade nas madrugadas de sexta para sábado (vai entender) e nos últimos tempos estou dormindo (ah vá) neste horário, então pequei. Foi mal. Juuuro que etsou tentando compensar,

Mas Lívia, você vai postar as TRÊS juntinhas? naaaaaaaaaaah não! Essa história, como ainda é um baby e eu só tenho escrito esse capítulo sem vergonha mesmo, só vai sair mais para frente, mas eu gosto de testar meus horizontes, então vou deixar esse plot por aqui para ver se alguém gosta!

Então já estão ligados, né? Comentem aqui, mandem estrelas e compartilhem com os amigos, pq se o romance de CD5 demorou para florescer na história, esse aqui vai ser bem amorzinho com muito drama, comédia e aventura (aventura sim pq gosto). São dois jeitos diferentes de se contar histórias e essa é minha primeira tentativa plenamente brasileira, então espero que gostem bastante <3333

Beijinhos, até não-sei-exatamente-quando-mas-breve-espero-eu hehe a ideia é ter uma plot rápida, então sempre que eu conseguir escrever um pouco, vou postando aqui.

Beijinhos de novo e desta fez é verdade :*

Em apenas um anoOnde histórias criam vida. Descubra agora