Lágrimas

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Matt P.O.V

Avistei Lara entrando dentro do nosso apartamento. Bateu um desespero em mim. Quando vi já era tarde, Hanna estava no chão, saindo sangue de sua cabeça. Abaixei-me do seu lado rapidamente. Ela estava com um sorriso fraco em seus lábios. Seus olhos fecharam lentamente.

- Não Hanna, por favor, fique acordada – dei leves tapinhas em seu rosto.

- Lara, fora da minha casa – Taylor gritou, abrindo a porta – depois nós acertamos com você. Não vai ficar um osso no lugar.

- Isso foi uma ameaça Taylor? – ela encarou ele.

- Entenda como quiser biscate.

- Vocês vão ver só. Essa criança não vai dar as caras nesse mundo. Escute bem minhas palavras, você ainda vai ser meu Matt.

- Vai embora daqui Lara – gritei. Senti algumas lágrimas já descendo – Taylor, precisamos levar ela para o hospital, agora.

- Claro – ele abriu a porta, dando espaço para que eu passasse com ela.

Descemos rapidamente até o estacionamento. Coloquei-a deitada no banco de trás. Acelerei o máximo que eu conseguia, estava entrando em pânico, caso ocorresse um aborto forçado. Parei de qualquer forma na frente do hospital. Peguei-a no colo, correndo até a recepção.

- Renata – parei na frente da recepcionista meio ofegante – é urgente.

- Doutores – ela ficou em pé – vou chamar uma maca agora mesmo – ela discou alguns números.

Alguns médicos veio correndo, acompanhado da maca. Deite-a, seguindo-os pelos corredores. Taylor se jogou em uma das cadeiras que havia ali. Segurei a sua mão, enquanto andávamos por aquele corredor, na esperança que ela acordasse.

- Matt, o que aconteceu? – Felipe olhou para mim.

- Ela foi empurrada contra uma cadeira. Bateu a cabeça e ela está grávida.

- Corre gente, ela está grávida, pode ser grave. Matt, já chamamos você.

- Certo.

Solte-a, acompanhando-a com meu olhar. Eles a levaram rapidamente por aquele imenso corredor, virando em outro, que ia para a sala de raio-x. Voltei para a recepção, sentando ao lado de Taylor, que mexia em seu celular.

- Você está bem? – ele me olhou.

- Na medida do possível – dei de ombros – só sei que não posso perder ela nem o bebê.

- Quando foi que minha irmã ficou tão importante para você? – ele soltou uma risada nasal.

- Eu também queria saber – sorri.

Os minutos ali pareciam se arrastar. Não parecia um minuto havia 60 segundos, mas sim 120. Já havia levantado tanto daquela cadeira e dado uma volta, que os outros médicos iam acabar me grudando na cadeira. Sentei-me novamente naquela poltrona dura. Bufei de raiva por ainda não ter tido nenhuma noticia. Taylor parou ao meu lado, entregando-me um copo de café.

- Valeu – sorri.

- Está precisando. Você sabe muito bem como isso é demorado.

- Eu sei, mas nunca estive desse lado.

- Nem eu – ele riu – Felipe está vindo – Taylor respirou aliviado.

- E ai Taylor – Felipe o cumprimento com um toque de mão – a Hanna está bem, porém, ela entrou em um estado gravíssimo de gravidez de risco. Por conta da outra queda e por mais o acontecimento de hoje. Poderiam dar o aviso ao pai? – ele nos olhou.

O melhor amigo do meu irmão.Onde histórias criam vida. Descubra agora