Game over, Hanna.

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Três meses depois...

Abri meus olhos lentamente, sentindo uma pequena dor em minhas costas. Senti a mão de Matt pousada em minha barriga e sua respiração fazendo cócegas em meu pescoço. Outra pontada surgiu novamente, um pouco mais forte que a primeira. Sentei na cama, esperando que passasse, era normal isso, já que eu estava no fim da gestação, porém dessa vez veio o mais forte que conseguiu, fazendo-me soltar um urro de dor. Matt acordou assustado, olhando para mim. Senti algo escorrer entre minhas pernas.

- Matt – falei com a voz falha – a bolsa estourou.

- Calma – Matt segurou minha mão, acariciando ela.

- Você quer que eu fique calma como? Está doendo – gritei.

- Um minuto, vou por uma roupa e pegar as bolsas.

- Não temos um minuto caralho!

- Hanna – Matt parou olhando para mim – fica calma – ele se aproximando, depositando um beijo nos meus lábios – provavelmente, eles não vão nascer aqui e nem no caminho, não se preocupe.

- O que houve? – Taylor apareceu na porta, coçando seus olhos.

- A bolsa estourou. Me leva para o hospital, porque o Matt vai demorar!

- Sério? – Taylor me olhou espantado – Matt, termina de pegar as coisas, vou levando ela para o carro.

- Okay.

- Ai que lindo, os bebês vão nascer – Mackenzie falou dando alguns pulinhos.

- É, espero que saiam logo, porque está doendo – resmunguei já sentindo uma lágrima escorrer.

Matt havia me colocado em uma cadeira de rodas e me empurrava rapidamente entre aqueles corredores, enquanto a minha dor só aumentava. Eram tantas contrações, que eu só queria ficar deitada, rolando de um lado para o outro.

- Hanna – a doutora parou na minha frente.

- A bolsa estourou – Matt olhou para ela.

- Vem por aqui – Alice falou indicando o caminho.

Ela abriu a porta de um quarto, indicando a cama que eu poderia me deitar. Matt me ajudou e se sentou ao meu lado, segurando minha mão. A doutora anotava algo em sua prancheta rapidamente.

- Vai ser parto normal, porém caso você não consiga, vamos rapidamente para a cesariana.

- Certo – resmunguei.

- Bem, vamos ver a sua dilatação. Dependendo de quantos seja, terá que esperar.

- Tudo bem – sussurrei.

Ela fez o que era necessário e eu não havia nem 3 centímetros, teria que esperar por um bom tempo. Matt estava com sua mão em meus cabelos, acariciando-o lentamente, enquanto ele sussurra em meu ouvido que tudo ia ficar bem.

A doutora aparecia no quarto a cada hora, para ver se já tinha como eu ir para sala de parto. As dores não iam embora, e aquilo já estava me cansando. Apertei fortemente a mão de Matt, enquanto eu sentia outra dor vindo.

- Está doendo – senti uma lágrima escorrer, enquanto olhava para ele.

- Eu sei – Matt aproximou seus lábios do meu – porém eu estou aqui pra cuidar de você e te dar toda força necessária. Se possível, retirar essa dor de você.

- Então tira – dei um sorriso fraco.

- Eu te amo – Matt sorriu.

- Te amo – dei um rápido beijo nele.

O melhor amigo do meu irmão.Onde histórias criam vida. Descubra agora