Bom coração, péssimos dias

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Eu estava em um barzinho.

Sentada em uma mesa.

Com o Cory na minha frente.

Uma bebida com algo de voodka estava no meu copo.

Eu não sabia o que eu fazia ali. Estava arrependida de ter vindo, mal o conhecia. Devia ter ficado em casa, comendo pipoca e bebendo litros de refrigerante. Cory me encarava com um pequeno sorriso no rosto. O que ele esperava que ia acontecer?!

- Eu tenho que ir embora...

- Mas acabamos de chegar!?

- Eu sei, mas tenho aula amanhã, não posso faltar – dei um sorriso de lado.

- Quer que eu te leve?

- Não é necessário, vou ligar para o meu irmão – peguei minha bolsa e levantei de imediato da mesa – outra hora a gente se fala. Tchau Cory.

- Tchau Hanna – ele apenas acenou e voltou seus olhos para seu copo.

Sai rapidamente para o lado de fora daquele lugar. Disquei o numero do celular do meu irmão, esperando que ele atendesse logo.

Ligação Iniciada

- Alô?

- Matt? Cadê meu irmão?

- Está no banho Barbie.

- Você poderia vir, por favor, me buscar?

- Tudo bem...

- Serio que você aceitou?

- Sim, já estou indo, onde quer que você esteja – ele riu e desligou.

Ligação Finalizada.

Sentei em um banco que havia na frente daquele lugar. Não demorou muito e Matt parou do meu lado. Uma de suas mãos estava para trás. Tentei ver o que era, mas ele riu da minha cara.

- Não precisa ser tão curiosa – ele sorriu e retirou um boque de rosas de trás de suas costas – me desculpa Barbie. Eu estou tendo uma péssima semana, acabei descontando em você... Bem, tive que me redimir, te fiz chorar duas vezes.

- Espero que não esteja me comprando – ri.

- Até tentaria, mas acho que você levaria para o lado mimado, então não.

- Eu não sou assim – sorri.

- Sinto muito, mas é – ele riu – você poderia, por favor, pegar as flores, está cansando meu braço – ele esticou até mim.

- Obrigada – revirei os olhos, mas logo depois sorri.

- Vamos para a casa – ele se virou de costas, indo na direção que ele tinha vindo.

Segui-o até onde estava o carro. Não demorou muito e já estávamos no apartamento. Taylor não estava em casa. O silencio enorme reinava naquela casa. Peguei minhas flores e coloquei em um jarro em cima da mesa. Tomei um rápido banho, vestindo meu pijama. Amarrei meu cabelo em coque froxo.

- Quer pipoca Barbie? – escutei Matt gritando da cozinha.

- Quero – sentei-me no sofá – me serve!

- Sai folgada – ele riu.

Matt se sentou ao meu lado no sofá, com um grande balde de pipoca em seu colo. Peguei algumas jogando no rosto dele.

- Coma, não jogue em mim, se não vou jogar toda essa pipoca em você.

- Cadê o refrigerante? Não se come pipoca sem refrigerante!

- Está na geladeira. De mais ou menos 10 passos, e vire à esquerda. Você dará de frente com ela – ele deu um sorriso sínico.

- Ai idiota – sorri – ei, o que você é?

- Tirando lindo? - sorriu

Certo, eu não poderia negar isso. Matt era o tipo de cara que toda garota queria ter. Cabelo preto, sorriso perfeito, pele bem branca. Seus músculos ficavam apertados com sua camisa branca.

- Não nesse sentido – sorri – sua profissão...

- Sou médico.

- Ah que maravilha. Então se eu ter um infarto aqui, você me salva?

- Vou pensar bem. Faria um lanche, depois salvaria...

- Credo! – dei um tapa no seu braço.

- Está na hora da Barbie ir dormir – ele pegou o balde de pipoca e jogou na minha cabeça – amanhã te levarei na escola.

- Matt vem limpar – gritei-o.

- Limpa você, eu vou é dormir – ele apareceu no começo do corredor – melhor limpar logo, antes que o Taylor chegue – ele riu e saiu correndo antes que eu atirasse meu chinelo em sua cabeça.

(...)

Escutei meu celular despertando, fazendo-me acordar do meu ótimo sono. Passei a mão nele, deixando-o cair no chão. Escutei dois toques na porta. Aposto que já estava atrasada. Levantei, tomei um rápido banho e fui escolher que roupa vestiria. Coloquei uma calça jeans, uma blusa de frio e por ultimo meu salto alto. Passei uma leve maquiagem, para esconder um pouco do meu rosto de acabada.

- Hanna, vai logo – Tay abriu a porta do meu quarto – vamos sair em 5 minutos. Comprei seus materiais – ele jogou uma bolsa em cima da minha cama.

- Obrigada – sorri.

O segui para fora do quarto. A casa cheirava a café. Matt estava preenchendo algumas garrafas térmicas com ele.

- Quer? – ele me olhou.

- Sim, com leite.

- Certo.

Matt parou o seu carro na frente da escola. Abri a porta e acenei para os dois que sorriram, mas logo saíram rapidamente dali, me deixando sozinha naquele lugar que também se tem o nome de inferno ou o mais comum, escola. Respirei fundo e comecei a caminha em direção a entrada. Quase fui atingida por 3 skatistas e uma bola, mas por sorte consegui me desviar, porém uma delas não deu certo, uma bola de basquete bateu em minhas costas, me jogando para frente.

- Desculpa ai loira – vi um menino vindo correndo em minha direção – deixa eu te ajudar a levantar – ele esticou sua mão na minha frente

- Sai daqui – gritei dando um tapa em sua mão – não preciso da sua ajuda.

- Certo – ele pegou sua bola e sai andando.

Peguei minhas coisas e entrei na escola, precisava pegar meu horário. Trombei com alguém, que fez meus materiais cair.

- Desculpe não te vi... Hanna?

- Cory – dei um sorriso de lado.

O melhor amigo do meu irmão.Onde histórias criam vida. Descubra agora